Você já ouviu falar que cada cosmético tem um grau diferente? Sabe a diferença entre eles? Primeiramente, vamos explicar o que são os cosméticos.
Cosméticos são produtos constituídos de substâncias naturais ou sintéticas que tem como objetivo principal a limpeza, proteção, correção e manutenção de diversas partes do corpo, como, pele, cabelos e unhas. Antigamente, os cosméticos tinham como principal função disfarçar defeitos físicos, sujeira e mau cheiro. Atualmente, os efeitos e objetivos dos cosméticos estão mais amplos.
Nos últimos anos foram criados cosméticos capazes de exercer funções mais complexas que podem tratar a pele, mucosa, couro cabeludo e outras partes do corpo.
Ao se falar desse assunto,é muito importante lembrarmos sobre o conceito de cosmetovigilância, que consiste nas atividades relativas à detecção, avaliação, compreensão e prevenção dos efeitos adversos e quaisquer outros problemas associados ao uso de cosméticos, produtos de higiene pessoal e perfumes. Através desse conceito, foi descoberto a caracterização dos produtos em Grau 1 e em Grau 2, uma vez que ao se lançar um produto no mercado tem-se a preocupação com os possíveis efeitos adversos ao consumidor.
A indústria de cosméticos atualmente é um dos maiores segmentos econômicos mundiais e está sempre inovando, tanto nas formulações como nas práticas de fabricação. Os cosméticos podem ser vendidos em várias formas, como, cremes, soluções, emulsões em água ou álcool, óleos vegetais, ceras e outros. O Brasil se encontra em primeiro lugar na lista de países da América latina que lidera a produção de cosméticos. No mundo, o mercado de cosméticos está estimado em aproximadamente U$90 bilhões, que se dividem em vários setores do segmento.
No ano de 2014, o Brasil foi considerado o terceiro maior mercado de cosméticos no mundo, com mais de 2.000 empresas atuantes. No mesmo período, o país ficou em primeiro lugar em relação a desodorantes, em segundo lugar em relação aos capilares, protetores solares, produtos masculinos e infantis, e em terceiro lugar em relação a maquiagens.
No ano de 2019, mesmo com o cenário pandêmico, o setor de perfumaria e cosméticos se reinventou para atender os clientes. Segundo dados do Euromonitor International, o setor de cosméticos movimentou no ano de 2020 cerca de US $23 bilhões, e obteve um crescimento de 4,7%.
Todos os cosméticos precisam passar por um controle sanitário, o mesmo é realizado pela Câmara Técnica de Cosméticos (CATEC) da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Isso é feito para os fabricantes terem o registro (autorização de comercialização), o qual é muito importante pois assegura e fiscaliza a fabricação, rotulagem e venda dos produtos, para que tenham uma boa qualidade, eficiência e segurança para os consumidores. Houve, nesse setor, um importante passo que foi a implantação do sistema de cosmetovigilância, que é um sistema de pesquisa que permite o aperfeiçoamento de produtos no setor.
Os cosméticos ainda podem ser enquadrados em quatro categorias, que são, produtos de higiene, produtos de uso infantil, cosméticos e perfume. Além disso, os cosméticos podem ser classificados quanto ao seu grau de risco podendo ser Grau 1 e Grau 2.
Independente do grau de risco que o cosmético se encontra, o mesmo deve ser seguro. Quando referimos a segurança de um produto cosmético, este deve apresentar ausência razoável de lesões significativas, mas sabe-se que não existe 100% de segurança em nenhuma formulação química.
Como visto, existe uma classificação quanto ao risco do cosmético, definida por conta da probabilidade de ocorrência de efeito colaterais não desejados devido ao uso inadequado dos produtos.
Graus de risco
No Grau 1 de risco se enquadram aqueles produtos que possuem propriedades mais simples, consideradas mais básicas, que não possuem um detalhamento no modo e restrição de uso. A ANVISA possui uma lista com aproximadamente 52 produtos que se encaixam nesse grau de risco, sendo alguns desses produtos, perfumes, esmaltes, óleos corporais com a função única de hidratação e outros.
No Grau 2 de risco se enquadram aqueles produtos que necessitam de comprovar segurança e eficiência, além disso precisam detalhar o modo de uso e as contra indicações. Atualmente, na lista da ANVISA encontram-se cerca de 63 produtos que se enquadram no Grau 2 de risco, como exemplo de cosméticos desta classe têm-se, os itens de maquiagens, colônias infantis, produtos antirrugas, protetor solar entre outros.
Ainda na classificação de risco, o Grau 2 pode se dividir em duas categorias: os cosméticos isentos de registro e os cosméticos registráveis. A categoria de cosmético que é isento de registro trata-se de produtos em que o apelo não é o principal, ou seja, onde possui uma matéria prima agregada, como o FPS (Fator de Proteção Solar) em base corretiva. No caso, esse agregado não exerce o efeito principal, já que a finalidade do uso é a uniformização da pele. Já os produtos registráveis são aqueles onde o apelo feito no produto realiza o efeito principal e é necessário comprovar essa eficiência. Um exemplo desse produto é o protetor solar.
Existem ainda os dermocosméticos que contêm ativos farmacológicos em sua composição, esses produtos possuem foco na beleza, mas também na saúde da pele. Devido às substâncias presentes na formulação desses produtos eles podem ser utilizados na redução de rugas, flacidez, manchas e outros. Por esses motivos tais cosméticos são classificados como Grau 2.
A diferença entre os graus de risco do cosmético é que enquanto os produtos de Grau 2 precisam apresentar muitos documentos de comprovação, os cosméticos de Grau 1 não necessitam de tanta burocracia. Vale ressaltar que ambos produtos, independentemente de seu grau de risco passam por análises laboratoriais, mas os produtos de Grau 2 passam por algumas análises específicas para comprovar a sua segurança e eficácia.
Por que então se preocupar com a classificação dos cosméticos?
Essa preocupação é necessária para sua marca, pois para seu produto alcançar e ganhar espaço no mercado, ele precisa estar registrado na Anvisa, que é o órgão federal responsável por estabelecer as normas para o registro (autorização de comercialização), fabricação, rotulagem e venda desses produtos. Além do mais, precisa também está seguindo as normas, pois os órgãos de vigilância sanitária ficam responsáveis pelo monitoramento e pela divulgação de informações sobre a segurança de produtos cosméticos, de higiene pessoal e perfumes, assegurando ao consumidor a aquisição de produtos eficazes, seguros e de qualidade.
Por onde começar investir na área de cosméticos?
Para as pessoas que querem começar a empreender no ramo de cosméticos, é interessante que comecem pelos cosméticos de Grau de risco 1. Tal fato se justifica, pois os produtos de Grau 1, para serem registrados na ANVISA, apresentam menos exigências burocráticas, além do mais, a matéria prima é mais simples, básica e, na maioria das vezes, é mais barata.
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Referências:
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