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Conheça as diferenças entre Aditivos Alimentares Sintéticos e Naturais.

Você conhece a indústria alimentícia? Ela é composta por produtores rurais, industriais, distribuidores e comércio. A indústria é abastecida com insumos, produtos e materiais para a produção de alimentos que têm como destino o consumidor final. Todas as etapas dessa produção devem garantir a segurança necessária para não gerar nenhum tipo de dano à saúde. Por isso, um dos papéis da indústria é manter o controle de qualidade, que eliminem ou diminuam os riscos. 

Há muito tempo, a humanidade utiliza técnicas que ajudam a conservar os alimentos por mais tempo, como defumação, secagem, desidratação, fermentação, adição de açúcar em frutas ou de sal em carnes, entre outros. Com o decorrer do tempo, as técnicas se tornaram mais modernas, possibilitando que grandes indústrias fizessem diversas alterações no sabor do alimento, conservem-o por um período maior e, com isso, até consiga enviá-lo para outros estados e países. Isso só foi possível através de conservantes químicos, corantes, aromatizantes, entre outras substâncias que alteram a composição alimentícia.

O QUE SÃO OS ADITIVOS ALIMENTARES? 

Segundo a Portaria SVS/MS nº 540, de 27 de outubro de 1997, aditivo alimentar é qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos produtos alimentícios, sem propósito de nutrir. Seu objetivo é modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante as etapas de produção, como: processamento, preparação, tratamento, embalagem, transporte, manipulação e armazenamento. 

No Brasil, o uso de aditivos, que podem ser de origem natural ou artificial, é regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Além disso, a RDC nº 281, de 29 de abril de 2019, autoriza o uso de aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia em diversas categorias de alimentos. A medida é fruto do processo de atualização periódica da lista desses ingredientes, tema 4.19 da Agenda Regulatória 2017/2020. A aprovação do uso fica à cargo da vigilância sanitária, mas as normas estabelecidas por instituições reconhecidas como Codex Alimentarius (FAO), União Européia, Organização Mundial da Saúde (OMS), U.S Food and Drug Administration (FDA), entre outras, também são consultadas para a implementação das regras.

O JECFA, traduzido do inglês, Relatório do Comitê Conjunto de Especialistas FAO-OMS sobre Aditivos Alimentares, realiza avaliações toxicológicas para estimar a quantidade de ativo, em mg/kg de peso, que pode ser ingerida por dia sem riscos à saúde observados a longo prazo. Essa quantidade é identificada como IDA – Ingestão diária aceitável. Todos os aditivos presentes nos alimentos respeitam os limites de ingestão e, normalmente, são encontrados em quantidades bem abaixo do limite estabelecido.

MAS VOCÊ CONHECE QUAIS SÃO OS TIPOS DE ADITIVOS ALIMENTARES?

Esse conceito abrange uma categoria ampla de complementos que podem ser adicionados aos alimentos. Alguns tipos de aditivos são mais comuns e usados com mais frequência, estando presente no nosso cotidiano. Exemplos de aditivos alimentares que modificam as característica sensoriais são:

  • Corantes: confere, intensifica ou restaura a cor de um alimento. Podem ser naturais, como cucumina, urucum, choconilha e antocianinas ou artificiais, como amarelo crepúsculo, vermelho allura e amaranto
  • Edulcorantes: substância diferente dos açúcares que confere sabor doce ao alimento. Também podem ser naturais, como sorbitol, taumatina, xilitol ou artificiais, como aspartame, ciclamato, sacarina e sucralose.
  • Aromatizantes: possui propriedades aromáticas, capazes de conferir ou reforçar o aroma e/ou sabor dos alimentos.

Também existem grupos de aditivos aplicados na conservação de alimentos, são eles:

  • Antioxidantes: utilizados para retardar o aparecimento de alteração oxidativa no alimento. São exemplos de antioxidantes: ácido ascórbico, vitamina A e tocoferóis.
  • Conservantes: substância que impede ou retarda a alteração dos alimentos provocada por microrganismos. É o caso do ácido benzóico, benzoato, entre outros, que evitam o crescimento de leveduras e fungos, e, em menor grau, de bactérias.
  • Acidulantes: aumenta a acidez dos alimentos, controlando o crescimento microbiano, ou conferindo sabor ácido a eles.

Por fim, temos os aditivos alimentares com aplicação na tecnologia de fabricação dos alimentos, como:

  • Emulsificante: torna possível a formação ou manutenção de uma mistura uniforme de duas ou mais fases imiscíveis no alimento, como água e óleo.
  • Estabilizantes: possibilita a manutenção de uma dispersão uniforme de duas ou mais substâncias imiscíveis em um alimento. Entre eles, os mais comuns são caseína, goma xantana, entre outros.

DIFERENÇA ENTRE ADITIVOS ALIMENTARES SINTÉTICOS E NATURAIS

Agora que você já conhece alguns dos aditivos alimentares e sabe quais são os tipos que comumente encontramos no cotidiano, vamos conhecer sua origem. Eles podem ser divididos em aditivos naturais e aditivos sintéticos.

Os aditivos artificiais são substâncias sintéticas que não são encontradas na natureza, utilizadas para melhorar as características dos alimentos. As indústrias que produzem esses elementos, realizam pesquisas frequentemente para conferir melhorias e definir quantidades adequadas para o consumo, evitando o risco de doenças a longo prazo. 

Uma das vantagens do uso de aditivos artificiais é o prolongamento da vida útil dos alimentos e a garantia da segurança. Além disso, promovem maior sabor, textura e coloração. No entanto, não podemos negar que eles podem ser prejudiciais à saúde, quando utilizados em excesso, têm a capacidade de causar algumas doenças.

Já os aditivos naturais são extraídos de fontes naturais, como óleos essenciais derivados de especiarias ou frutas como o limão. Esses aditivos estão ganhando bastante espaço no mercado em relação aos aditivos sintéticos. A população tem apresentado certa preocupação com a saúde e, mesmo com o custo maior, eles estão sendo escolhidos dentre as opções. 

Algumas substâncias encontradas naturalmente em alguns alimentos são utilizadas como conservantes naturais na indústria de alimentos. O sorbato de potássio é um conservante natural que possui ação antifúngica e antibacteriana, sendo muito utilizado em pastéis, pizzas congeladas, produtos de panificação, entre outros. O ácido láctico aumenta o tempo de latência dos microrganismos e diminui sua taxa de crescimento, atuando como agente sinérgico dos antioxidantes, acidulantes e flavorizantes. 

Utilizando apenas aditivos naturais, você pode, por exemplo, afirmar em seu rótulo que o consumidor tem um produto 100% natural. Essa definição costuma chamar bastante atenção no mercado por conta da preocupação com a saúde. 

Bom, deu pra perceber como o uso de aditivos alimentares são essenciais para manter uma boa produção e melhorar a qualidade do produto, não é verdade? Com 16 anos de mercado, nós, da Ecofarma Jr., temos projetos como shelf life para confirmar a validade do seu produto e auxiliamos em como manter as características da sua produção por mais tempo, realizamos análise microbiológica de alimentos, rotulagem nutricional e muito mais. Entre em contato conosco para saber mais informações sobre como ter mais qualidade e segurança na sua fabricação! 

 

 

 

 

 

 

 

Referências:

ADITIVOS alimentares e coadjuvantes da tecnologia. Gov.com.br, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/setorregulado/regularizacao/alimentos/aditivos-alimentares. Acesso em: 27/03/2022

ADITIVOS alimentares: o que são e quais suas aplicações?. Propeq. Disponível em: https://propeq.com/aditivos-alimentares/. Acesso em: 26/03/2022.

ADITIVOS alimentares: o que são, para que servem e suas vantagens e desvantagens. Ifope educacional, 2020. Disponível em: https://blog.ifope.com.br/aditivos-alimentares/. Acesso em: 29/03/2022.

ADITIVOS alimentares sintéticos x naturais. CETA Jr, 2018. Disponível em: https://www.cetajrconsultoria.com/aditivos-alimentares-sinteticos-naturais/. Acesso em: 29/03/2022. 

AFINAL, qual o papel da indústria para garantir a segurança alimentar?. Blog da segurança alimentar, 2021. Disponível em: https://blogdasegurancaalimentar.volkdobrasil.com.br/papel-da-industria-para-garantir-a-seguranca-alimentar/. Acesso em: 29/03/2022. 

ARAUJO, Ana Paula de. Aditivos alimentares. Infoescola: navegando e aprendendo, 2010. Disponível em: https://www.infoescola.com/nutricao/aditivos-alimentares/. Acesso em: 29/03/2022.

AUTORIZADO uso de aditivos e coadjuvantes de tecnologia. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2019. Disponível em: http://antigo.anvisa.gov.br/resultado-de-busca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_101_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fview_content&_101_assetEntryId=5487466&_101_type=content&_101_groupId=219201&_101_urlTitle=autorizado-uso-de-aditivos-e-coadjuvantes-de-tecnologia&redirect=http%3A%2F%2Fantigo.anvisa.gov.br%2Fresultado-de-busca%3Fp_p_id%3D3%26p_p_lifecycle%3D0%26p_p_state%3Dnormal%26p_p_mode%3Dview%26p_p_col_id%3Dcolumn-1%26p_p_col_count%3D1%26_3_advancedSearch%3Dfalse%26_3_groupId%3D0%26_3_keywords%3DManual%2Bpara%2BSubmiss%25C3%25A3o%2Bde%2BRequisitos%2Bde%2BQualidade%2BEm%2Brela%25C3%25A7%25C3%25A3o%2Baos%2Bprodutos%2Bde%2Binvestiga%25C3%25A7%25C3%25A3o%2Butilizados%2Bem%2Bcl%25C3%25ADnica%2BTrials%2B-%2BProdutos%2BBiol%25C3%25B3gicos%26_3_delta%3D20%26_3_resetCur%3Dfalse%26_3_cur%3D3%26_3_struts_action%3D%252Fsearch%252Fsearch%26_3_format%3D%26_3_assetTagNames%3Dcoadjuvantes%2Bde%2Btecnologia%26_3_andOperator%3Dtrue%26_3_formDate%3D1441824476958&inheritRedirect=true#:~:text=A%20Anvisa%20publicou%20a%20Resolu%C3%A7%C3%A3o,da%20Agenda%20Regulat%C3%B3ria%202017%2F2020. Acesso em: 21/03/2022

CONSERVANTES naturais: vantagens e desvantagens da utilização. GEPEA: consultoria em alimentos, 2019. Disponível em: https://gepea.com.br/conservantes-naturais-2/. Acesso em: 29/03/2022. 

O que são aditivos alimentares e para que servem. Alimentos sem mitos, Disponível em: https://alimentossemmitos.com.br/o-que-sao-aditivos-alimentares-e-para-que-servem. Acesso em: 26/03/2022.

QUAL a função dos aditivos nos alimentos industrializados?. Nutritotal, 2021. Disponível em: https://nutritotal.com.br/pro/qual-a-funcao-dos-aditivos-nos-alimentos-industrializados/. Acesso em: 27/03/2022

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Você conhece a importância da ficha técnica?

Já pensou que seu restaurante ou a sua indústria pode, não só passar a adquirir uma porcentagem maior de lucratividade nas refeições ou porções servidas, mas também possuir um padrão de produção relacionado a cada prato que é realizado no seu comércio? Dessa forma, facilitará na hora do preparo e auxiliará caso aconteça algum imprevisto com algum funcionário. Então, é para isso que existem as fichas técnicas.
Logo, se você não conhece sobre o assunto, siga com a gente para não só ficar por dentro, como também para  adquirir conhecimento sobre esse item, super importante, que pode te ajudar a crescer economicamente e ainda melhorar o processo de produção e estocagem em seu estabelecimento.

O que é uma ficha técnica?


A Ficha Técnica de Alimentos consiste em um documento de instruções, em forma de uma tabela, que irá conter todos os ingredientes usados para fazer determinada bebida ou refeição. Nessa tabela, também estará presente a quantidade exata de cada ingrediente e os processos a serem realizados. 

Essa ficha é muito utilizada em restaurantes e bares, também possui muita aplicação nas indústrias de alimentos.

Qual a importância de uma ficha técnica?

A ficha técnica auxilia na padronização das receitas e dos seus procedimentos. Logo, como se padroniza tudo, há uma maior agilidade no preparo dos pratos,no cálculo do custo e, com isso, é possível saber qual valor foi investido em cada item, ficando mais fácil definir o valor a ser cobrado e quantidades exatas que são gastas em cada insumo.

Além disso, consegue-se ter uma eficiência operacional, no setor de compras ou se for necessário treinar novos cozinheiros, visto que já existe uma padronização. Ainda tem-se que, os pratos sendo servidos com qualidade todas as vezes para os clientes, haverá mais chance de fidelizá-lo e atrair novos consumidores.

O que deve constar na ficha técnica?

De forma simplificada e para melhor visualização, essas são as informações que uma ficha técnica deve conter: 

          ➜ nome do prato;

          ➜ preço atualizado de cada item utilizado da receita;
          ➜ preço cobrado pelo fornecedor;
          ➜ quantidade de cada item(g, L, mL, unidade);
          ➜ tempo de preparo;
          ➜ rendimento;
          ➜ métodos, equipamentos e modo de preparo;
          ➜ preço da mão de obra, encargos, despesas administrativas e fiscais;
          ➜ fotografia do prato;
          ➜ custo final.

Quais tipos de ficha técnica?

➜  Ficha técnica operacional

Esse modelo é feito para a equipe da produção, pois terá todas as informações associadas às receitas. Como ingredientes, medidas, quantidades, utensílios e equipamentos utilizados, modo de preparo, tempo de cozimento… tudo isso deve ser minimamente especificado.
Vale ressaltar que a ficha operacional vai muito além de uma receita, pois nela vai estar contido todas as informações imprescindíveis para que as refeições/porções fiquem exatamente iguais em cada vez que forem realizadas.
Contudo, é através da ficha técnica operacional que é possível padronizar a produção, trazendo agilidade no preparo e mantendo a equipe sempre atualizada, organizada e com alta produtividade.

Ficha técnica gerencial

A ficha técnica gerencial está associada a parte administrativa,sendo voltada para registrar o preço de cada item que é utilizado em uma determinada receita.
Dessa forma, o documento fica sendo a base do controle de custos do restaurante, devendo conter os preços unitários de cada produto, a quantidade utilizada, o rendimento, entre outras informações.
Com a ficha técnica gerencial, é possível ter noção dos custos fixos e variáveis do restaurante, quanto custa cada receita e, baseado nessas informações, calcular quanto deve custar cada prato. A ficha técnica gerencial é de interesse do gerente e da administração do restaurante e, por isso, deve ser consultada sempre que for necessário tomar uma decisão, como a mudança de preços do cardápio, a troca de fornecedores e outras ações que envolvam a parte financeira.

Algumas dicas para o bom funcionamento da ficha técnica:

➜ Sempre  buscar ser bem específico nas unidades de medida. Evitando aquelas que podem ser subjetivas, como colheres e xícaras. Busque as mais assertivas, como gramas e unidades.


➜ A equipe sempre deve consultar a ficha técnica, pois ela é um instrumento para ajudar a tirar qualquer dúvida em relação a algum prato.

➜ As alterações na ficha devem ser feitas somente por gerentes e funcionários de confiança. Uma vez que a alteração feita por qualquer pessoa pode gerar erros, como uma pontuação no lugar errado, alteração de um número, e isso trará grandes consequências.

➜ As fichas devem ser atualizadas rotineiramente. Qualquer alteração em relação a ingredientes, preços, mudança de fornecedor, deve ser constatado.

Onde utilizar a ficha técnica?

É frequentemente utilizada em restaurantes, mas pode e é muito bem vinda em bares e indústrias alimentícias. Contudo, pode ser utilizada em todo ramo que busca precificar, determinar e padronizar sua produção/estabelecimento.

Por que fazer uma ficha técnica?

Simplesmente, porque a ficha técnica é um documento de extrema importância, não só para o gerenciamento do restaurante/bar/industrial, como também é um utensílio que auxilia a equipe da cozinha/produção.
O documento possui informações importantes que ajudam a manter o controle de preços, produtos e preparo dos alimentos. Além disso, outro ponto importante é que com a ficha técnica fica bem mais fácil organizar a produção e a qualidade dos produtos que serão oferecidos.

Dicas para agilizar o uso da ficha técnica:

Sabemos que nos tempos atuais, tudo é muito corrido e uma ajuda sempre é bem vinda. Logo, para tornar a ficha técnica ainda mais simples e fácil de ser utilizada, existem os softwares! Neles os preços e valores podem ser alterados de acordo com as variações do mercado,e com mais rapidez, uma vez que com auxílio das plataformas especializadas fica mais fácil fazer a alteração de dados.

Está interessado em fazer uma ficha técnica ou conhecer mais sobre o assunto, mas não sabe como?

Estamos dispostos a lhe ajudar! Este é o momento de conhecer mais sobre a ficha técnica e para isso, entre em contato conosco. Nós da Ecofarma Jr., fazemos ficha técnica e estamos aqui para fazer , com que seus lucros sejam maiores e sua produção seja mais dinamizada. Realizamos um serviço personalizado e estamos sempre disponíveis para o que for preciso.
Entre em contato conosco para saber mais!

 

 

 

 

 

Referências

Akutsu RC, Botelho RA, Camargo EB, Sávio KEO, Araujo WC. A ficha técnica de preparação como instrumento de qualidade na produção de refeições. Rev Nutr. 2005;18(2):277-9.

CASTRO, DS et al. Implantação de Fichas Técnicas de Preparo para a Padronização de Processos Produtivos em UAN. Revi Grupo Verde de Agroecologia e Abelhas. v.7, n.1, p.106-110, 2013.

MENDES, K. A. et al. Ficha técnica de preparo (FTP): uma ferramenta de padronização para novos produtos à base de pescado. XXV Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos. FAURGS, Gramado, 24 a 27 de out., 2016.

PARISOTO, DF; HAUTRIVE, TP; CEMBRANEL, FM. Redução do desperdício de alimentos em um restaurante popular. Rev Brasileira de Tecnologia Agroindustrial, Ponta Grossa, v.07, n.02: p.1106-1117, 2013.

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A facilidade e os benefícios que o QR Code trás para os novos rótulos.

O que é um QR Code?

O QR code é uma abreviação para a palavra “Quick Response Code”, ou seja, “código de resposta rápida” traduzido, é um código bidimensional ou 2D que se assemelha a um código de barras. Contudo, o QR code tem muito mais funcionalidades do que o comum código de barras, pois consegue armazenar mais dados, links, coordenadas geográficas e textos através da sua capacidade de comunicar até 7 mil caracteres! 

Ele surgiu em 1994 e foi criado por Masahiro Hara, um funcionário da companhia japonesa Denso Wave. Masahiro  o criou com o objetivo de alcançar uma maior facilidade na hora de escanear os equipamentos para lidar com o controle do estoque. 

Em 2000, essa inovação foi aprovada como padrão internacional pela ISSO/IEC 18004. Em 2003, essa tecnologia foi disponibilizada ao celulares e, no Brasil, o QR Code foi usado pela primeira vez em 2007 pela loja Fast Shop em um anúncio publicitário e, em 2008, a empresa Claro o utilizou em uma campanha.

 Desde então foi se popularizando cada vez mais, isso porque só basta ter uma câmera em seu celular, apontar para QR Code e assim se consegue acessar links, aplicativos e fazer pagamentos em apenas alguns segundos e sem a necessidade de se digitar nada, facilitando assim a vida de muitas pessoas e muitas empresas também.  Esse código pode ser usado em vários tamanhos e lugares como rótulos de alimentos,em dispositivos eletrônicos e físicos quando impresso, isso o torna muito versátil e de fácil uso.

De um modo geral, os QR Code´s, atualmente, tornaram-se mais que essenciais para as empresas, pois através deles podem-se fornecer um número alto informações, sendo que muitas não caberiam na embalagem do produto, e podem também fornecer conteúdos para os usuários como links para vídeos, músicas, textos, para compras e pagamentos, divulgações e consultas. As possibilidades são imensas!

Agora que já sabemos o que é e quais são algumas das vantagens da utilização dos QR code´s, podemos chegar a conclusão de que ele pode ser inserido em várias áreas do cotidiano, principalmente se tratando de alimentos, afinal, sempre é necessário saber qual a procedência do que ingerimos e o que estamos ingerindo, geralmente conseguimos todas as informações necessárias nos rótulos.

Como sabemos, os rótulos nos alimentos nos dizem ou deveriam dizer tudo o que precisamos saber sobre eles. Os detalhes nutricionais são de suma importância para gerar uma maior transparência ao consumidor. 

A Anvisa recentemente adicionou novas mudanças para a rotulagem de alimentos, que estão presentes na legislação denominada RDC n° 429, de 8 de outubro de 2020. Essa legislação estabelece novos requisitos aos alimentos embalados, entrando em vigência em outubro de 2022., 

Dentre as mudanças que estão descritas na RDC nº 429, estão modificações do design da embalagem e na tabela nutricional dos alimentos, fazendo  com que os consumidores olhem com mais atenção para o que  que estão consumindo e ocorra a padronização das informações, facilitação da leitura e o aumento da segurança do produto, visto que agora o teor de alguns componentes como açúcares, sódio e gorduras saturadas estarão mais destacados na rotulagem nutricional frontal, com um símbolo de lupa indicando o alto teor destes.

 Outras modificações que também deverão ser obrigatórias são o emprego de espaçamento entre as linhas e a presença de informações nutricionais como a quantidade de açúcares totais e adicionais, o número de porções na embalagem e o valor energético e nutricional deverá ser exposto por 100g ou 100ml. 

Embora pareçam informações sutis, elas têm grande importância para o consumidor no momento de entendimento sobre a composição do produto e também para as pessoas que possuem alguma restrição alimentar, por questões de saúde ou dietas calóricas.

O prazo para essa adequação é de 12 meses após a entrada em vigor, os micro empreendimentos e agricultores familiares terão um prazo de 24 meses após a entrada em vigor e bebidas não alcoólicas em embalagens retornáveis terão 36 meses. Esses prazos são importantes para que as empresas se regularizem e se planejem de acordo com cada produto.

Agora que já entendemos sobre a importância dos rótulos estarem de acordo com as normas da Anvisa, vamos entender como o uso do QR Code pode ajudar a complementar esse processo de rotulagem.

Como já foi visto anteriormente, os QR Code´s são utilizados para  os mais diversos fins e, atualmente, sua utilização vem crescendo a cada dia mais, pelas suas facilidades e possibilidades de uso. As pessoas buscam cada vez mais estarem conectadas com o que consomem, principalmente, quando se trata de alimentos e cosméticos. Pensando nisso, o uso do QR Code nas embalagens tem o objetivo de fornecer informações adicionais sobre o produto para os consumidores, esse passo faz que o consumidor se sinta mais próximo da marca e que sua experiência seja diferenciada.

Sendo assim, o QR Code nas embalagens não só traz benefícios para o cliente como também para as empresas, pois pode se passar mais informações sobre a marca ou do produto sem a necessidade de colocar muitas informações  na embalagem.  Além disso, o QR Code pode funcionar como uma estratégia de marketing, pois com a inovação o público ficará  cada vez mais interessado por novos conhecimentos sobre o produto e sua origem.

Outro ponto de benefício para  ambos os lados, é a maior interação com os clientes, o que pode trazer a fidelização destes, por exemplo, com o oferecimento de brindes, ofertas e descontos a quem acessar o QR Code. Para motivá-los uma frase de efeito pode estar próximo a ele, como: “Escaneie o código para ter acesso a uma surpresa”, isso gera um engajamento fenomenal e trás o cliente para mais próximo da marca. 

Todos os dias ocorrem inovações no mundo e inovar junto a ele é muito importante! Quando o cliente sabe que está comprando um produto que além de estar com a rotulagem correta e também está acompanhando as inovações do mundo, ele se sente mais seguro. Pensando nisso, nós da Ecofarma Jr. oferecemos o projeto de Consultoria sobre Obtenção de Selos e Certificações, onde te entregamos informações sobre como obter esses selos ou certificações. Além disso, oferecemos também Consultoria para Rotulagem Cosmética e Rotulagem Nutricional, em que te entregamos todas as informações de acordo com a nova legislação vigente para que você esteja regulamentado, possa captar ainda mais clientes e se tornar referência no mercado. Entre em contato com a Ecofarma Jr. para saber mais!!

 

 

 

Referências:

Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Anvisa aprova norma sobre rotulagem nutricional. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias anvisa/2020/aprovada-norma-sobre-rotulagem-nutricional>. Acesso em: 30 de mar. de 2022

APACK. O que é QRCODE e o quanto ele pode ser útil pra sua empresa?.Disponível em: <https://www.apack.com.br/qr-code-para-rotulos-e-etiquetas/>. Acesso em: 30 de mar. de 2022

Ferreira, Bento. BEER ART- PORTAL DA CERVEJA. QR Code nos rótulos de cerveja. 5 de janeiro 2019. Disponível em: <https://revistabeerart.com/blog-design/qr-code>. Acesso em: 30 de mar. de 2022

Por que usar embalagem com QR code?. Disponível em: <https://www.scuadra.com.br/blog/por-que-usar-embalagem-com-qrcode/>. Acesso em: 30 de mar. de 2022 (faltou o autor)

SIGnals. ROTULAGEM DE ALIMENTOS: ENTENDA A NOVA NORMA DA ANVISA. Disponível em: < https://www.sig.biz/signals/pt/artigos/rotulagem-de-alimentos>. Acesso em: 30 de mar. de 2022

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Entenda como funcionam os selos e certificações de cosméticos no Brasil.

Para se destacar no mercado e também comprovar a qualidade da sua empresa e dos produtos que são comercializados, as marcas recorrem aos selos e certificações, os quais garantem aos clientes e consumidores a segurança e garantia ao optar pela aquisição de seus produtos.

Confira o post abaixo e conheça um pouco mais sobre os principais selos e certificações que atendem o território brasileiro, e saiba também as diferenças entre os tipos de cosméticos veganos, naturais e orgânicos. E, por fim, saiba como escolher o melhor selo para a sua marca!

Antes de começarmos, é muito importante saber qual é a diferença entre os cosméticos veganos, os cosméticos naturais e os cosméticos orgânicos. E aqui estão elas:

Cosméticos veganos: este tipo de cosmético abrange os produtos que não possuem ingredientes de origem animal e não são testados nestes.

Cosméticos naturais: nesse caso, os produtos possuem matérias-primas naturais, sendo, no mínimo, 95% de sua composição, com os 5% restantes de ingredientes orgânicos.

Cosméticos orgânicos: o cosmético orgânico deve possuir 95% de matérias-primas orgânicas em sua formulação.

Para saber mais sobre a diferença entre eles, entre na nossa matéria explicando melhor: Cosméticos veganos, naturais e orgânicos: Qual a diferença?

 

Agora, vamos entender como é que funcionam os selos e as certificações de cosméticos aqui no Brasil!

Para isso, é necessário compreender, primeiramente, o que são os selos e as certificações.

Os selos garantem ao consumidor que o produto adquirido realmente atenda a um conjunto de padrões de responsabilidade e especificações necessárias. Então, são usados para destaque e comprovação da qualidade, uma vez que transmitem segurança e garantia, aos clientes, quando optam por aquele produto.

Diante disso, para o uso desses selos em seus produtos, as marcas precisam, então, cumprir com alguns pré-requisitos, que serão citados posteriormente. Para que, dessa forma, transmita ao consumidor que a marca em questão atende aos critérios de qualidade e segurança naquele determinado produto, trazendo credibilidade ao consumidor.

Quais são os principais selos de cosméticos no Brasil e quais são as suas especificações?

Certified Vegan e Cruelty Free – apto a ser usado em empresas que não fazem uso de ingredientes provenientes de animais e que também não realizam seus testes neles.

Fair Trade – utilizados por empresas que possuem justas condições de trabalhos em todos os seus processos, com preços dignos e processamentos sustentáveis.

Made Safe – para empresas que não fazem uso de produtos químicos ligados ao câncer e a outras doenças graves.

IBD – para empresas que comercializam e utilizam de alimentos e cosméticos orgânicos.

ISO 22716 – assegura que a empresa segue as diretrizes de fabricação, controle, armazenamento e distribuição durante toda a linha de produção.

USDA Organic – empresas que possuem de 95 a 100% de seus ingredientes com certificados orgânicos fazem uso deste selo.

FSC (Forest Stewardship Council) – destinado a empresas que possuem embalagens biodegradáveis e recicláveis, sendo socialmente justa e economicamente viável.

EcoCert – reconhece empresas que se comprometem com o desenvolvimento de uma agricultura orgânica e sustentável.

Qual é a importância da sua marca possuir um selo?

Os selos apresentam uma comunicação visual objetiva com o consumidor do seu produto, quando este associa o significado do selo utilizado juntamente com os componentes do cosmético. 

Isso demonstra, de fato, os atributos de sustentabilidade ao consumidor, pois qualquer marca só pode fazer o uso de selos quando cumpre com as especificações determinadas de cada um deles.

Visto isso, o selo se torna um diferencial da marca. Quando é usado, este valoriza o produto através do marketing verde – o mais valorizado pelos consumidores. Sendo assim, o selo garante ao consumidor que o produto está dentre as diretrizes reconhecidas. 

Portanto, selo é uma forma de comprovar o que a empresa está dizendo sobre o seu produto, que está sendo comercializado.

Como escolher o melhor selo para o seu produto e sua marca?

Dentre as inúmeras opções de selo disponíveis no mercado mundial, é importante ter em mente quais os selos que melhor traduzem e conversam com os diferenciais que se deseja ressaltar em seu produto.

Primeiramente, é preciso conhecer, além da composição da embalagem, a formulação do cosmético, e ainda assim, estar atento às porcentagens de ingredientes e matérias-primas utilizados na composição, e também, às suas origens. 

Além do que foi citado acima, o custo da transação da certificação em questão é também um fator importante na escolha do certificado que melhor atenderá sua empresa. Ademais, pode-se levar em conta o nível de rigor dos critérios que precisam ser respeitados, a sua abrangência geográfica, o grau de popularidade e, também, o grau de harmonização com outras certificações.

De forma geral, o selo a ser escolhido deve ser o que melhor traduz os diferenciais que seu produto possui.  Ao escolher um selo, a marca deve priorizar, sempre, os padrões que irão se adequar a sua empresa, trazendo harmonia ao que é comercializado.

 

Agora que você já sabe como escolher o melhor selo para o seu produto, é hora de saber como é a obtenção de selos e certificações! 

Para conseguir emitir um selo, é necessário entrar em contato com uma das instituições mencionadas anteriormente, através de seus respectivos sites, nos quais constam as orientações necessárias para tal emissão e quais são os passos a serem seguidos até, de fato, a obtenção do selo.

Dentre as orientações, as etapas básicas são: inscrição em formulário, envio da documentação – comprovando a composição dos produtos e das embalagens previamente testados em laboratórios, pagamento das taxas necessárias, e, por fim, a emissão do seu selo!

A fim de evitar quaisquer transtornos, a documentação a ser enviada precisa estar de acordo com os pré-requisitos previstos em cada orientação de cada empresa. Com os documentos adequados e o produto de acordo com as normas, o tempo de espera é menor ainda, já que correções não serão necessárias!

 

Caso você possua interesse em regularizar a sua empresa de cosméticos dentro das normas estabelecidas pelo selo que deseja utilizar em seus produtos e associar à sua marca, entre em contato com a Ecofarma Jr.

Agende já um diagnóstico gratuito e sem compromisso com a nossa equipe de especialistas!

 

 

 

Referências:

Conheça os selos de certificação para cosméticos. Ecofarma Consultoria Júnior e Agência Moova, 2021. Disponível em: https://ecofarmajr.com.br/blog/selos-de-certificacao-para-cosmeticos/#:~:text=Para%20obter%20o%20selo%20de,e%20a%20emiss%C3%A3o%20do%20certificado. Acesso em 19 de Março de 2022.

Cosméticos veganos, naturais e orgânicos: Qual a diferença?. Ecofarma Consultoria Júnior, 2022. Disponível em: https://ecofarmajr.com.br/blog/cosmeticos-veganos-naturais-e-organicos-qual-a-diferenca/. Acesso em 19 de Março de 2022.

Cosméticos veganos: entenda como funciona os critérios de certificação. Talk Science, 2021. Disponível em: https://www.talkscience.com.br/industria-cosmetica/cosmeticos-veganos-entenda-como-funciona-os-criterios-de-certificacao#:~:text=Antes%20de%20conceder%20o%20selo,n%C3%A3o%20%C3%A9%20testado%20em%20animais. Acesso em 19 de Março de 2022.

O que é a certificação cosmética?. Pharmaceutica Júnior, 2021. Disponível em: https://pharmaceuticajr.com.br/blog/certificacao-cosmetica/. Acesso em 19 de Março de 2022.

O que são Selos de certificação nos cosméticos? Entenda! Projeq, 2021. Disponível em: https://www.ejprojeq.com/post/o-que-s%C3%A3o-selos-de-certifica%C3%A7%C3%A3o-nos-cosm%C3%A9ticos-entenda. Acesso em 19 de Março de 2022.

Scariot, Rogério. QUAL A DIFERENÇA ENTRE COSMÉTICOS VEGANO, ORGÂNICO E NATURAL?. Veganica, 2004. Disponível em: https://www.veganica.com.br/blog/post/qual-a-diferenca-entre-cosmeticos-vegano-organico-natural. Acesso em 19 de Março de 2022.

Selos de certificações cosméticas. Essência de Diva, 2012. Disponível em: https://essenciadediva.wordpress.com/2012/09/06/selos-de-certificacoes-cosmeticas/ . Acesso em 19 de Março de 2022.

Selos e certificações para produtos cosméticos. Farmacon Jr., 2020. Disponível em: https://farmaconjr.com/selos-e-certificacoes-cosmeticos/. Acesso em 19 de Março de 2022.

 

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Você sabe como seus produtos podem ser vendidos em supermercados?

Os supermercados possuem alto fluxo de pessoas diariamente e de acordo com a pesquisa realizada pela Neofedd em 16 supermercados, foi possível perceber que os gastos nesses estabelecimentos aumentaram 39% em 2021, pois os clientes estão preferindo ir menos vezes nesses locais e comprando mais quantidade, assim, gastam mais em uma única vez. Dessa forma, ao vender os produtos em supermercados a visibilidade e credibilidade que eles terão, fará com que mais pessoas comprem seus produtos, o que, consequentemente, aumentará suas vendas e seus lucros. Mas, você sabia que para isso acontecer há exigências fiscalizadas pela ANVISA? 

A importância do shelf life nos dias atuais

O que seria e para que serve o shelf life? Essa pergunta é muito frequente, e bem simples de se explicar, pois esse termo também é conhecido como “vida de prateleira”, ou seja, é o prazo de validade de seu produto. É comum encontrarmos produtores que realizam o próprio teste de vida útil do seu produto, porém temos que pensar que as condições de temperatura e de armazenamento do alimento podem resultar em diferentes prazos de validade, fruto de uma produção não padronizada.

Pensando que em um supermercado, a exposição do seu alimento pode sofrer alterações dependendo das condições de temperatura do dia e também na forma como os clientes vão armazenar em suas casas, é necessário então realizar o shelf life de forma especializada. Desse modo, o produto vai ser testado em condições necessárias determinadas pela lei e garantir a padronização do seu produto, credibilidade para marca e também gerar confiança para pessoas que vão comprar sua mercadoria.

 De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) através da Resolução – RDC nº 259, de 20 de setembro de 2002, a determinação do shelf life é informação obrigatória a se constar no rótulo, com exceção de alguns produtos, sendo eles frutas e hortaliças, vinhos, bebidas alcoólicas que contenham pelo menos 10% de teor alcoólico, produtos de panificação que sejam de consumo de até 24h após a fabricação, goma de mascar, produtos de confeitaria à base de açúcar, aromatizados e ou coloridos, vinagre, açúcar sólido, alimentos à base de açúcar e sal e alimentos isentos por regulamentos técnicos específicos. Além disso, é necessário ressaltar que, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, as informações oferecidas nos rótulos devem ser claras, precisas e verdadeiras.

Além do Shelf life, o que ainda preciso?

A venda de produtos em supermercados requer que os alimentos postos à venda estejam regularizados perante a ANVISA, ou seja, sua empresa precisa estar legalizada, ter o local de produção apropriado e a posse dos documentos exigidos. E isso ocorre para garantir que todos os produtos vendidos não ofereçam riscos aos consumidores, estabelecendo condições higiênico-sanitárias para o alimento preparado. 

Assim é imprescindível que o seu produto passe por análises microbiológicas, a fim de não ocorrer contaminação e transmissão de doenças aos consumidores, é importante também o Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF), sendo um documento que descreve as operações realizadas pelo estabelecimento, incluindo, no mínimo, os requisitos higiênico-sanitários dos edifícios, a manutenção e higienização das instalações, dos equipamentos e dos utensílios, o controle da água de abastecimento, o controle integrado de vetores e pragas urbanas, a capacitação profissional, o controle da higiene e saúde dos manipuladores, o manejo de resíduos e o controle e garantia de qualidade do alimento preparado. 

Outro documento obrigatório é o POP, que é o Procedimento Operacional Padrão, que consiste em um conjunto de procedimentos que são estabelecidos para a realização de operações que acontecem com frequência na empresa e contém especificações necessárias na manipulação de alimentos. Os POPs apresentam grande vantagem para as empresas, visto que por meio deles novos funcionários conseguem aprender todos os procedimentos realizados na sua empresa de forma correta, padronizando assim as funções e serviços de cada um, a fim de manter uma qualidade de produção, padronização dos produtos e a segurança tanto para os consumidores quanto para os trabalhadores.

Além desses documentos obrigatórios, a rotulagem correta é de suma importância para que você venda seu produto nos supermercados. A rotulagem nutricional consiste em apresentar a porcentagem e a quantidade de sódio, gorduras, carboidratos totais, valor energético, fibras e açúcares. Sendo que passa ser obrigatória a identificação de açúcares totais e adicionados, a declaração do valor energético e nutricional por 100 g ou 100 ml. Esses valores são referentes a determinadas porções. A ANVISA aprovou uma nova norma sobre a rotulagem nutricional, a tabela passou a exigir apenas letras pretas e fundo branco, além da identificação de açúcares total e adicional, entre outros.

Desse modo, é necessário que seu produto siga todas essas exigências, além daquelas que não sofreram atualização, como a descrição dos ingredientes utilizados. Pode-se perceber a grande importância da rotulagem, já que é o passo inicial para estar regularizado com a ANVISA, agregando mais credibilidade, transparência e segurança aos seus produtos, e permitindo a expansão de suas vendas. 

 Como a Ecofarma pode te ajudar?

A partir das exigências listadas para que o seu produto possa ser vendido em supermercados, nós da Ecofarma Jr. podemos realizar o teste de estabilidade e o shelf life, para confirmar o prazo de validade do produto, também podemos te auxiliar com o projeto de rotulagem nutricional, no qual te entregamos o rótulo correto de acordo com a ANVISA. Oferecemos ainda os projetos de Manual de Boas Práticas de Fabricação e dos POPs e também prestamos serviços sobre o local de produção mais adequado para o seu produto, trazendo mais segurança.

Todas as exigências listadas vão agregar valor na sua produção, e assim, o aumento de suas vendas. Quais serviços sua empresa está precisando para que o próximo passo seja dado? Entre em contato para mais informações e qualquer dúvida que surgir! 

 

 

 

Referências:

ANVISA. AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução da diretoria colegiada- RDC Nº 429, de 8 de março de 2020. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-de-diretoria-colegiada-rdc-n-429-de-8-de-outubro-de-2020-282070599. Acessado em: 22 de março 2022.

ANVISA. AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução da diretoria colegiada- RDC Nº 216, de 15 de setembro de 2004. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/agrotoxicos/programa-de-analise-de-residuos-em-alimentos/arquivos/3821json-file-1. Acessado em: 23 de março 2022.

Blog. Silva. Luciana. Checklist de regulamentações da ANVISA para mercado alimentício.CHECKLISTFÁCIL, Cachoeira do Bom Jesus, 14 de abril de 2018. Disponível em: https://blog-pt.checklistfacil.com/checklist-de-regulamentacoes-da-anvisa-para-mercado-alimenticio/. Acessado em: 23 de março de 2022.

NeoFedd. Manzoni. Ralphe Jr. “Fluxo de pessoas em supermercados cai, mas gastos crescem 39%, aponta estudo da Dotz”. São Paulo, 08 de abril de 2020. Disponível em: https://neofeed.com.br/blog/home/fluxo-de-pessoas-a-supermercados-cai-mas-gastos-crescem-39-aponta-estudo-da-dotz/. Acessado em: 23 de março de 2022. 

FU, Bin; LABUZA, Theodore P. Previsão de vida de prateleira: teoria e aplicação. Controlo Alimentar , v. 4, n. 3, pág. 125-133, 1993. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/0956713593902983. Acessado em: 23 de março de 2022.

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Registro na ANVISA: conheça os benefícios para empresas da área cosmética.

Quer entender como funciona a regulamentação da ANVISA e os benefícios para empresas da área cosmética? Confira esse blog para aprender sobre o processo de regularização.

A área de cosméticos vem crescendo muito na atualidade, visto que a preocupação com a beleza é algo que aumenta cada vez mais na vida dos brasileiros. Segundo o provedor de pesquisa de mercado Euromonitor International, o Brasil ocupa a quarta posição mundial no mercado de beleza e cuidados pessoais, ficando atrás dos Estados Unidos, China e Japão. Na categoria de fragrâncias, os brasileiros estão em segundo lugar, atrás apenas dos americanos. 

Como os produtos cosméticos são aplicados no corpo, ocorreu uma preocupação em torno das especificidades desses produtos, por isso, implantou-se normas e exigências com objetivo de garantir a segurança de cosméticos antes de sua comercialização. A partir disso, surgiu a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), criada em 1999, sendo o órgão federal responsável por estabelecer as normas para o registro (autorização de comercialização), fabricação, rotulagem e venda de produtos que envolvam risco à saúde pública, isto é, produtos de higiene pessoal, perfumes e cosméticos (HPC). 

É importante ressaltar que os perfumes são produtos de composição aromática, os quais possuem como principal finalidade a odorização de pessoas. Já produtos de higiene pessoal são para uso externo, antissépticos ou não, destinados ao asseio ou à desinfecção corporal, enquanto os cosméticos que também são produtos para uso externo, são destinados à proteção ou ao embelezamento das diferentes partes do corpo, segundo a ANVISA.

Desse modo, a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 07 de 2015 definiu como HPCs as preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, com intuito de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência ou corrigir odores corporais, protegê-los ou mantê-los em bom estado. 

Os produtos de higiene pessoal, perfumes e cosméticos foram divididos em dois grupos – grau 1 e grau 2 –, de acordo com o risco que podem provocar à saúde.

Produtos de grau 1: caracterizam-se por possuírem propriedades básicas ou elementares, sem necessidade de comprovação inicial e que não requeiram informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso. Por exemplo, demaquilantes, esmaltes, perfumes e cremes sem ação fotoprotetora, sendo que esses produtos são isentos de registro e sua comercialização pode ocorrer após comunicação prévia ao órgão regulador.

Produtos de grau 2: caracterizam-se por possuírem indicações específicas, com necessidade de comprovação de segurança e/ou eficácia, além de informações e cuidados, modos e restrição de uso. Podemos pensar em produtos Grau 2, como aqueles que “prometem” algo, por exemplo, xampu anticaspa, produtos para acne e itens de maquiagem com fotoproteção, em que esses produtos estão sujeitos ao registro na ANVISA e sua comercialização somente poderá ocorrer a partir da concessão do registro publicado em Diário Oficial da União (DOU).

Em suma, os produtos de grau 2 devem ser registrados, uma vez que apresentam riscos potenciais para a saúde, enquanto que os produtos de grau 1 podem ser apenas notificados, por serem mais simples. Então, como é feito o registro dos produtos classificados de risco 2 na ANVISA?

Documentação necessária e fluxo para registro dos cosméticos

As normas da ANVISA que abordam a regularização de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes são a RDC nº 07/2015 e a RDC nº 237/2018.

Inicialmente a empresa precisa procurar a vigilância sanitária local (estadual ou municipal) para obter a Licença de Funcionamento Local ou Alvará de Funcionamento. Este documento informa se a empresa está regularizada para fabricação, distribuição e/ou comercialização dos produtos. Feito isso, deve-se procurar a ANVISA e realizar o cadastramento da empresa, por meio do peticionamento eletrônico. Em seguida, caso necessário, as empresas devem pedir a alteração de porte, que determina o valor das taxas a serem pagas pelo interessado, entretanto, o qual consiste na capacidade econômica da empresa, determinada de acordo com o seu faturamento anual bruto. Assim, a definição de porte da empresa não permite alteração no momento do cadastramento da empresa, sendo automaticamente cadastrada pela Anvisa como “Grupo I – Grande”, logo, caso a empresa não pertença a este grupo, é importante comprovar o porte junto à Anvisa para que usufrua de alguns descontos no pagamento da Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária (TFVS). Além disso, para fabricar ou importar cosméticos, é preciso ter a Autorização de Funcionamento de Empresas (AFE), um documento federal que informa se a empresa está regulamentada juntamente à ANVISA.

Ademais, para solicitar o registro de um cosmético, é feito o pedido de registro e os documentos são enviados diretamente pelo sistema. Ao final do processo de peticionamento gera-se a Guia de Recolhimento da União (GRU) para o pagamento da Taxa de Vigilância Sanitária (TFVS) relacionada ao assunto escolhido. E por fim, acompanha-se o andamento do pedido pelo próprio site da ANVISA, até o momento de resultado deferido ou indeferido.

Quando o resultado é deferido, a publicação do registro é feita no Diário Oficial da União (DOU), sendo suficiente para comprovar a autorização dada pela ANVISA, logo, após aprovação no DOU, o produto está autorizado a ser comercializado em todo o país. Além disso, o registro é válido por 10 anos, a partir da data de publicação do registro no DOU.

Figura 1 – Fluxo para registro de cosmético na ANVISA

Fonte: Pharmaceutica Jr., 2022.

Quais os riscos de não se regularizar?

O não cumprimento da legislação vigente sobre os cosméticos pode ocasionar a aplicação de multas ou penalidades maiores, em função de serem produtos que podem causar riscos à saúde, como marcas e alergias que vão desde quadros leves, por exemplo dermatites, até mesmo danos graves que necessitam de tratamento imediato e internação. 

Ademais, os cosméticos podem se deteriorar antes mesmo de serem percebidos pelo cheiro ou aparência, através de contaminações cruzadas ou microrganismos. Portanto, ao se regularizar você garante a legalidade de produção e comercialização, através da especificação de todos os agentes alérgenos e suas concentrações no rótulo da embalagem cosmética.

 Quais são os benefícios de registrar um produto na ANVISA?

Ao adequar-se à legislação vigente, você garante a segurança dos seus cosméticos, comprovando a eficácia do produto através de testes, e agregando mais valor e confiabilidade ao seu produto e a sua empresa. Tem-se também um crescimento das vendas do produto no mercado, de modo que ele alcance mais clientes. 

Além disso, você poderá expandir seu negócio e aumentar seu ramo de clientes e também as lojas que o comercializam, visto que o produto poderá ser vendido em todo território nacional e de maneira legal, o que consequentemente, ampliará as vendas e trará bastante credibilidade para seus clientes.

Agora que você sabe a importância de estar de acordo com a legislação para que não resulte prejuízos para a sua empresa, procure ajuda para regularizar seus cosméticos. Nós da Ecofarma Jr. prestamos serviços que te auxiliam a regulamentar seus produtos. Nosso projeto de Notificação e/ou  Registro na Anvisa garante o fornecimento de informações e orientações quanto à regularização no mercado, além da geração de maior segurança e credibilidade dos seus cosméticos para os clientes. Não perca mais tempo, entre em contato conosco!

 

 

REFERÊNCIAS

BRASIL. Cosméticos: Conceitos e Definições. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/acessoainformacao/perguntasfrequentes/cosmeticos/conceitos-e-definicoes. Acesso em 28 mar. 2022.

CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Cosméticos. Disponível em: http://www.cvs.saude.sp.gov.br/apresentacao.asp?te_codigo=4. Acesso em: 28 mar. 2022.

DE VALÉCIO, Marcelo. Como funciona o registro de cosméticos na ANVISA. Disponível em: https://ictq.com.br/assuntos-regulatorios/3176-como-funciona-o-registro-de-cosmeticos-na-anvisa#:~:text=No%20Brasil%2C%20a%20 Ag%C3%AAncia%20Nacional,que%20 podem%20 provocar%20%C3%A0%20sa%C3%BAde. Acesso em: 28 mar. 2022.

FARMA JÚNIOR. Você sabe qual a importância em obter o registro na ANVISA para cosméticos?. [S. l.], 10 fev. 2019. Disponível em: https://www.farmajunior.com.br/cosmeticos/voce-sabe-qual-a-importancia-em-obter-o-registro-na-anvisa-para-cosmeticos/#:~:text=Al%C3%A9m%20de%20garantir%20a%20seguran%C3%A7a,a%20expans%C3%A3o%20de%20seu%20neg%C3%B3cio. Acesso em: 28 mar. 2022.

FÓRMULA CONSULTORIA. Quais são os benefícios do registro de um cosmético na ANVISA?. 13 set. 2021. Disponível em: https://formulajr.com.br/quais-sao-os-beneficios-do-registro-de-um-cosmetico-na-anvisa/. Acesso em: 28 mar. 2022.

PHARMACEUTICA JR.. O que é a regulamentação na ANVISA?. 29 mar. 2022. Disponível em: https://pharmaceuticajr.com.br/blog/o-que-e-a-regulamentacao-na-anvisa/. Acesso em: 28 mar. 2022.

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Água: seus diferentes usos na produção do seu cosmético

Insubstituível e fundamental, essa é a água,  um dos elementos responsáveis pela vida e sua evolução. A água constitui 70% do nosso peso corporal e é o recurso natural mais utilizado no mundo, ela é essencial para realizar uma grande quantidade de atividade cruciais para a vida humana na terra, é usada na agricultura, na produção de alimento, no consumo, assim como na limpeza, higiene, no preparo de alimentos, e nas indústrias, para fabricação de variados produtos. Portanto, dentro da área dos cosméticos sua utilização é muito importante , pois a água está presente na produção de muitos deles. 

Esse nosso bem precioso é a principal matéria prima na elaboração dos cosméticos, em alguns produtos ela pode apresentar até 90% da sua composição total. A água exerce mais de uma função nas soluções cosméticas, ela é capaz de hidratar, limpar, reduzir toxicidade e até permitir a melhor ação dos ativos presente na formulação e maior eficácia do composto final. O líquido vital em pauta    desempenha o papel de solvente na constituição nas soluções, uma vez que permite que as substâncias estejam aptas para entrar em contato direto com a pele sem causar danos à ela, por isso está presente em grande quantidade na maioria dos cremes, géis, loções, entre outros numerosos itens de beleza. Além disso, a água também é responsável pela a emulsão de cremes, formando os emolientes que são formulações semissólidas, viscosas e monofásicas, possuindo combinações de água, óleos e gorduras destinadas a hidratar a pele e restaurar a oleosidade perdida devido ao ressecamento. Por fim, a água também contribui para a manutenção da validade do volume final.

Qual a importância da água bem tratada para seu cosmético?

Como vimos acima, a água não é significativa apenas para a sobrevivência dos seres vivos, ela desempenha muitos papéis importantes para a formação de um cosmético eficaz e de qualidade. Portanto, a escolha do líquido ideal para determinado produto é de extrema relevância para a garantia de sua efetividade. Tendo em vista que a água é um ótimo  meio para solubilizar, absorver, adsorver ou suspender compostos, por esse mesmo motivo ela também pode carregar contaminantes e substâncias indesejáveis, as quais poderão alterar a pureza de um produto e causar risco a saúde do usuário.  

Esse fluido vital pode conter adversidades microbiológicas, químicas ou físico-químicas, levando em conta os inúmeros materiais dissolvidos na água, são eles a dureza, os sulfatos, os cloretos, o ferro, o oxigênio dissolvido, a sílica solúvel ou reativa, os quais interferem na qualidade da água. Tais itens são monitorados por meio de regulamentação pública, realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), para que se obtenha os parâmetros adequados, a fim de manter seus interferentes no limite aceitável e sem possíveis incompatibilidades. 

Para isso, antes de adicioná-la a solução, a água passa por processos de tratamento como a desmineralização, em que ocorre a remoção praticamente total dos íons presentes na água e de redução de sua condutividade; a coagulação, que consiste na desestabilização das partículas em suspensão e coloidais realizada pela conjunção de ações físicas OH e reações químicas; a decantação, neste processo ocorre a remoção das partículas em suspensão mais densas do que a água; a filtração, ocorre a retenção de impurezas ou substâncias suspensas na água, realizada por meio de filtros de areia, carvão ativo e cascalho; e a cloração que é a adição de cloro na água, com o objetivo de esterilizá-la e torná-la potável. 

Mesmo diante desse processo complexo de cuidado com a principal matéria prima dos cosméticos, ela continua sendo a maior fonte de contaminação, principalmente por causa da formação de biofilmes (deposição e adesão de microrganismos) em dutos, tubulações e reservatórios. Dessa forma, é feito o monitoramento constante desta substância por meio medições, por exemplo, são usados medidores de pH e condutivímetros, além da limpeza frequente dos equipamentos e, de linhas de água e de processo.

Qual água eu devo usar?

Além do cuidado com o preparo da água, a escolha dela para a criação do seu produto é essencial para atingir o resultado desejado, ela pode ser filtrada, destilada, deionizada, termal ou ultrapura. 

  • Água filtrada: É a água distribuída pela rede pública que geralmente, provém de rios, represas ou lagos, que passa por tratamento com produtos químicos para remover as impurezas presentes até se tornar potável e sem riscos para a saúde. Ao chegar nas nossas casas e ao passar por um dispositivo filtrante é considerada água filtrada. Podendo ser utilizadas em algumas formulações. 
  •  Água destilada: ela também é distribuída pela rede pública, passa por um processo denominado destilação, em que os componentes da água são separados com base nos seus diferentes pontos de ebulição. É uma água com alto grau de pureza, isenta de minerais e íons. Muito indicada para a utilização em formulações cosméticas. 
  • Água deionizada: Provém da rede pública, passa por um processo de remoção de íons catiônicos e aniônicos através de um sistema de resinas trocadoras de íons. Possui baixos valores de minerais e íons. A remoção de íons presentes nela promove melhora da qualidade do produto aplicado sobre a pele. 
  • Água ultrapura: a água passa por um sistema de abrandamento com resinas trocadoras, substituindo o cálcio e o magnésio dissolvidos na água por íons de sódio. Posteriormente, segue para um sistema de osmose reversa, que faz a remoção desses íons, seguindo de um refinamento por uma série de filtros constituídos de resinas catiônicas e aniônicas, um leito de carvão ativado para remoção de contaminantes orgânicos e por fim, por um filtro físico para remoção de particulados. É uma água de extrema pureza, isenta de quaisquer tipos de contaminantes, minerais, íons, substâncias orgânicas ou microrganismos. Também indicada para a utilização em formulações cosméticas. 
  • Água Termal: Água mineral com até 2.000 mg de sais minerais provenientes do solo. Pode-se combinar com extratos vegetais ricos em vitaminas e minerais, além de minerais como potássio e silício que garante ação antioxidante ao cosmético.

Por conseguinte, a escolha da água vai ser de acordo com a usabilidade que você deseja promover ao cliente, se é um cosmético de hidratação, limpeza ou outra função.

Em conclusão, após a leitura da temática acima é possível notar a importância da água no seu produto final, por isso a qualidade desse fluido  deve ser bem analisada constantemente, para propiciar maior sucesso do seu cosmético no mercado e se manter dentro das regulamentações previstas pela ANVISA.

Nós da Ecofarma, somos uma Empresa Júnior da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), atuamos no mercado há mais de 15 anos, somos especialistas na área de cosméticos e estamos prontos para ajudar seu negócio a alcançar destaque nesse setor. Nosso time pode ajudar você a melhorar a qualidade de seus produtos através dos nossos projetos de desenvolvimento e melhoramento de formulação , venha conhecê-los!

 

 

 

 

Referências

AMARAL, CHRISTIAN RONYERY SILVA MENDES; BORTOCAN, RENATO. Influência da água na produção de cosméticos. 2020.

COMO A ÁGUA PODE INTERFERIR NO MEU PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE COSMÉTICOS?. Permution, 2019. Disponível em: <https://www.permution.com.br/pt-br/blog/como-a-agua-pode-interferir-no-meu-processo-de-fabricacao-de-cosmeticos>.   Acesso em: 27 de março de 2022.

GONÇALVES, SEBASTIÃO D. Água para Cosméticos (Série Fundamentos da Cosmetologia), 2014. Disponível em: <https://www.cosmeticsonline.com.br/artigo/53>.  Acesso em: 27 de março de 2022.

PARA QUE SERVE A ÁGUA NA COSMÉTICA. Women’s Health,2018. Disponível em: <https://www.womenshealth.pt/serve-agua-na-cosmetica/beleza/23712/>. Acesso em: 27 de março de 2022.

GONÇALVES, SEBASTIÃO D. Água para Cosméticos (Série Fundamentos da Cosmetologia), 2014. Disponível em: <https://www.cosmeticsonline.com.br/artigo/53>.  Acesso em: 27 de março de 2022.

Essential oil of peppermint in bottle with fresh green peppermint

O uso de óleos essenciais em cosméticos naturais e os seus benefícios.

Os cosméticos são produtos feitos com substâncias naturais e sintéticas ou suas misturas, para uso externo nas diversas partes do corpo humano, com o objetivo de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência, corrigir odores corporais, protegê-los ou mantê-los em bom estado. 

Nos últimos anos, os cosméticos naturais ficaram bastante conhecidos, visto que os consumidores estão se preocupando cada vez mais com o meio ambiente e se os produtos estão sendo testados em animais e com as possíveis reações alérgicas que os cosméticos convencionais podem causar.

Em definição técnica, pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, os cosméticos naturais têm em sua fórmula 5% de matéria-prima certificada como orgânica e podem ser extraídas da agricultura convencional e do extrativismo, já os outros 95% da formulação podem ser compostos por matérias-primas não certificadas, porém permitidas para formulações naturais. Já os cosméticos convencionais apresentam substâncias sintéticas e não se preocupam tanto com o meio ambiente, podendo ser prejudiciais à nossa pele, gerando alergias, irritações e outras complicações.

Ficou interessado em saber mais sobre a importância de conhecer os ingredientes que podem ser usados em cosméticos naturais? Continue a leitura que iremos abordar sobre os óleos essenciais que podem ser incorporados aos cosméticos, estes são bastante benéficos e apresentam diversas funções! 

O que são óleos essenciais e quais são seus benefícios?

De acordo com a RDC 02/2007 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), os óleos essenciais são produtos voláteis de origem vegetal obtidos por processo físico (destilação por arraste com vapor de água, destilação a pressão reduzida ou outro método adequado). Para cada região da planta tem uma maneira correta de realizar a extração, por exemplo, em folhas e ervas utiliza-se a destilação, mas já nas flores essa técnica não é a mais recomendada.

O óleo essencial captura os componentes aromáticos de plantas e ervas. Esses componentes são moléculas orgânicas que estão em estado sólido ou líquido e evaporam quando atingem a temperatura ambiente, é por isso, que quando um frasco de óleo essencial é aberto é possível sentir seu cheiro imediatamente. Cada planta apresenta componente aromático diferente, em função disso, existem vários tipos de óleos essenciais e com funções diferentes.

Alguns benefícios dos óleos essenciais são: atuação como antisséptico, antibacteriano, anti-inflamatório, anti-acne, anti-envelhecimento, ação contra a insônia,ação clareadora, purificação do ar eliminando poluentes e hidratação da pele, entre outros benefícios.

Possíveis reações que os óleos essenciais podem causar e precauções

Os óleos essenciais apresentam diversos benefícios, mas é necessário ter alguns cuidados. Mesmo ele sendo natural, pode causar adversidades, como alergias, irritação, sensibilidade e dermatite de contato (aparecimento de bolhas na pele).

Por ele ser bastante concentrado, deve-se utilizar em pequenas quantidades, para não causar danos à pele e, se possível, consultar um especialista antes de fazer o uso, a fim de saber se é seguro ou não utilizá-lo, principalmente, grávidas, crianças, pessoas que fazem uso de outro medicamento, para saberem quais óleos podem ser utilizados, entre outras precauções para evitar possíveis danos. 

Diferença entre óleo mineral, vegetal e essencial

Óleo mineral: forma uma barreira na superfície da pele, obstruindo os poros e evitando o ressecamento, mas, em contrapartida, impede que a pele absorva nutrientes e piora a respiração cutânea, além de serem derivados do petróleo, o que é prejudicial para o meio ambiente.

Óleo vegetal: são menos prejudiciais para o meio ambiente do que os minerais, são extraídos de plantas e ervas, possuem efeito nutritivo e hidratante e podem ser utilizados para diluir o óleo essencial.

Óleo essencial: extraído de folhas, flores e caule, não é prejudicial para o meio ambiente. É matéria prima para fabricação de cosméticos e possui vários benefícios, podendo ser utilizados como terapêuticos.

Formas de utilizar os óleos essenciais

Existem várias maneiras de se utilizar esses óleos e as principais são: uso tópico, podendo aplicar o produto diretamente na pele, de acordo com as especificações do produto; diluído no banho, na água da banheira ou em sabonetes e também diluído em algum óleo ou creme neutro para massagem, promovendo relaxamento; em difusores e purificadores de ar, misturando o produto com a água do aparelho e, por fim, por meio da ingestão de óleos, estes não podem ser ingeridos puros, podendo ser diluídos em água ou outro líquido.

É muito importante estar atento à quantidade de óleo essencial, fazendo a diluição ou aplicação corretamente, para não resultar em altas quantidades, pois a alta concentração de óleo, pode trazer consequências como alergias e irritações.

Óleos essenciais incorporados nos cosméticos

Os cosméticos naturais têm ganhado maior visibilidade no mercado, e com isso os fabricantes estão optando por utilizar óleos essenciais em suas formulações, visto que estes apresentam maior afinidade com a  pele e mais benefícios do que, por exemplo, o óleo mineral. 

Os óleos essenciais não são um cosmético já finalizado, eles são uma matéria-prima, por isso é necessário incorporá-los aos cosméticos. Para aplicá-lo na pele ou nos cabelos é necessário diluir o óleo essencial com um veículo carreador, como gel, óleo vegetal ou cremes neutros. É muito importante que as bases cosméticas sejam neutras, para que os óleos não tenham nenhuma reação com alguma substância existente em um produto já finalizado

  Esses óleos são cada vez mais utilizados para aromatizar os produtos, visto que o cheiro é uma das características que chama a atenção do cliente. Este ingrediente natural apresenta várias fragrâncias diferentes, e também por serem bastante voláteis, seu cheiro tem duração prolongada no local onde foi aplicado, além de trazer, na maioria das vezes, resultados positivos para quem utiliza.

É importante estar atento à diluição correta dos óleos essenciais, como falado anteriormente, visto que os óleos são muito concentrados e se forem pouco diluídos podem causar reações prejudiciais à pele. 

Para fazer a diluição de maneira correta é necessário usar o peso e não o volume ou quantidade de gotas. Para saber a quantidade adequada de gotas que devem ser utilizadas, é preciso fazer a conta: 

Número de gotas = (% desejada) x (volume da base) x 0,25, sendo a base a substância que o óleo essencial vai ser incorporado. 

Portanto, se deseja diluir 1% em 300 mL de creme neutro a conta ficará: 1 x 300 x 0,25= 75 gotas. 

Visto isso, é essencial fazer essa equação a fim de evitar danos e ter resultados positivos na utilização do óleo junto a cosméticos.  

Com isso, desejamos que fique claro o tema sobre uso de óleos essenciais em cosméticos após a leitura do blog! Mas, caso tenha ficado curioso para saber mais sobre  o uso de óleos essenciais incorporados em cosméticos e outras substâncias, ou tenha alguma dúvida, entre em contato conosco para conversarmos e sanar todas as dúvidas. Caso você, querido leitor, tenha uma empresa de cosméticos ou queira abrir uma, nós, da Ecofarma, podemos te ajudar e te orientar da melhor maneira possível!!

 

  

 

 

REFERÊNCIAS

BARROS, Cleber. Uso de óleos essenciais como fragrâncias em cosméticos. 8 ago. 2021. Disponível em: Uso de óleos essenciais como fragrâncias em cosméticos – Blog Cleber Barros. Acesso em 27 mar 2022.

Bem&star. 3 formas de usar os seus óleos essenciais. Disponível em: 3 Formas de usar os seus óleos essenciais – Bem&star Essencial (bemestaressencial.com). Acesso em 27 mar 2022.

Blog Dorminhoco. Óleos essenciais – Riscos, efeitos colaterais e cuidados. 13 fev. 2018. Disponível em: Óleos essenciais – Riscos, efeitos colaterais e cuidados – Blog do Dorminhoco. Acesso em 27 mar 2022.

CIGALA, Débora Fazio. Óleos essenciais em cosméticos. Disponível em: Óleos essenciais em cosméticos: saiba como usar com segurança (belavidanatural.com.br).  Acesso em 27 mar 2022.

Equipe Ecycle. O que são óleos essenciais e para que servem? Disponível em: O que são óleos essenciais e para que servem? – eCycle. Acesso em 27 mar 2022.

Equipe Ecycle. Quais as principais diferenças entre óleos minerais e óleos vegetais? Disponível em: Quais as principais diferenças entre óleos minerais e óleos vegetais? – eCycle.  Acesso em 27 mar 2022.

Equipe Trópica. Tabela de Diluição de Óleos Essenciais. 4 mai. 2018. Disponível em: Tabela De Diluição De Óleos Essenciais | Trópica Botânica (tropicabotanica.com.br). Acesso em 27 mar 2022.

LEMOS, Pedro. Alergias aos óleos essenciais/Reações alérgicas ao óleo essencial. 23 nov. 2018. Disponível em: Alergia aos Óleos Essenciais | Reações alérgicas ao óleo essencial (indicedesaude.com). Acesso em 27 mar 2022.

MONTEIRO, Luana. Óleos essenciais: saiba os benefícios para os seus cosméticos. 13 set. 2021. Disponível em: Óleos essenciais: saiba os benefícios para os seus cosméticos – Fórmula Consultoria (formulajr.com.br). Acesso em 27 mar 2022.

SORRENTINO, Victor. Óleos essenciais: o que são, para que servem, benefícios e como usar. Brasil, 8 mai. 2020. Disponível em: Óleos Essenciais: o que são, para que servem, benefícios e como usar | Jolivi. Acesso em 27 mar 2022.

VIEGA, Karina. Qual a diferença entre Óleo Essencial e Óleo Vegetal? Disponível em: Qual a diferença entre Óleo Essencial e Óleo Vegetal? – Terra Flor Aromaterapia (terra-flor.com). Acesso em 27 mar 2022.

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O seu estabelecimento está pronto para uma visita da ANVISA?

Caro leitor, imagine que você tenha acabado de abrir um novo restaurante, além disso, pretende lançar um novo cardápio. Contudo, ao se deparar com a regularização, e com as exigências sanitárias percebe que ainda precisa garantir a segurança do seu estabelecimento à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), você saberia como proceder? Para isso, é importante que tenha conhecimento da Resolução-RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004, que reforça a importância e a necessidade de um estabelecimento que siga as exigências higiênico-sanitárias, que diz: “Considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de controle sanitário na área de alimentos visando a proteção à saúde da população” e “Considerando a necessidade de elaboração de requisitos higiênico- sanitários gerais para serviços de alimentação aplicáveis em todo território nacional;”.

Ademais, convido você para uma reflexão: você sabe qual a importância dessa segurança? Saberia dizer como a ANVISA atua na qualidade e segurança dos alimentos também? É extremamente importante que saiba responder ambas as perguntas. Afinal, com esses saberes você será capaz de ampliar a sua produção com plena credibilidade e segurança no seu estabelecimento. Caso não saiba como responder as perguntas anteriores, ou ainda, está curioso para aprender ainda mais sobre esse tema, continue a leitura dessa matéria!

A ANVISA é o órgão competente que irá assegurar ao consumidor a compra de serviços e produtos eficazes, de qualidade e com segurança. Como também, é responsável pela Vigilância Sanitária, sendo de extrema importância para o funcionamento ideal de estabelecimentos do ramo alimentício. Para muitos proprietários desses estabelecimentos, uma das situações que mais os preocupa é a visita de fiscalização, realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Estabelecimentos do ramo alimentício e da saúde precisam do alvará da vigilância sanitária para o funcionamento. Dentro do setor alimentício, existe uma heterogeneidade regulatória, denominada de ambiente de leis e regras, que engloba todas as obrigações legais que o empreendedor deste ramo deve seguir.

Existem algumas dicas que podem fazer com que seu estabelecimento siga todas as normas da ANVISA, conforme listado abaixo: 

Adeque seu estabelecimento às normas da RDC 216

A RDC 216 é o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação, criada em 2004 e aprovada pela Anvisa para aperfeiçoar o controle sanitário da área. Além de dispor de todas as exigências quanto a edificação, instalações, equipamentos, móveis e utensílios do estabelecimento. Ela também reforça a importância do controle de vetores e de pragas, com as devidas higienizações.

Adeque seu estabelecimento às normas da RDC 331

A RDC 331 é o Regulamento Técnico para os padrões microbiológicos de alimentos e sua aplicação para Serviços de Alimentação, criada em 2019. Vale destacar um trecho desta Resolução quanto às responsabilidades sobre a produção dos alimentos: “Os setores envolvidos na cadeia produtiva de alimentos são responsáveis por assegurar, durante todo o prazo de validade, que os alimentos cumpram com os padrões microbiológicos estabelecidos”.

Obtenha sua licença sanitária

Com todos os passos anteriores cumpridos, seu estabelecimento conseguirá uma licença sanitária. Ela tem validade de dois anos e, nesse período, a Vigilância Sanitária fará visitas não anunciadas para verificar se tudo está em ordem e de acordo com os itens requisitados pela RDC 216, como explicado no item anterior. “É um documento que sai fácil, mas vai ser cobrado de forma rigorosa. Precisa sempre ser checado internamente para a manutenção de tudo que está listado”, aconselha Aline Schiavo, sócia-proprietária e coordenadora de alimentos e bebidas da COVISA (Coordenação de Vigilância Sanitária). 

Mantenha a dedetização e a desratização em dia

Este é mais um item exigido pela Vigilância Sanitária em suas visitas aos estabelecimentos que trabalham com produtos alimentícios. É importante ter o certificado em mãos para apresentar quando solicitado.

Contrate o serviço de uma assessoria especializada

Como é possível perceber, são muitos detalhes que precisam ser cumpridos para que o estabelecimento possa funcionar. E talvez isso seja demais para as atribuições do dono do negócio, que já tem várias preocupações com as finanças, a equipe e tantos outros aspectos do funcionamento de seu empreendimento.

Por isso, contratar uma assessoria especializada pode ser uma ótima saída para ter a tranquilidade de que tudo esteja funcionando de acordo com o exigido pela lei e de que não haverá risco de multas e interdições.

Além disso, uma alternativa que pode auxiliar em todo esse processo, é a obtenção de um Manual de Boas Práticas Fabricação, de Procedimento Operacional Padrão ou de uma Análise Microbiológica de Alimentos. 

O Manual de Boas Práticas de Fabricação consiste em um documento que descreve as operações realizadas pelo estabelecimento, incluindo os requisitos higiênico-sanitários para as instalações do estabelecimento.

O Procedimento Operacional Padrão (POP) é um recurso que auxilia o profissional a realizar suas atividades de forma padronizada. Funciona como um roteiro padrão que orienta sobre a atividade que deve ser feita, por quem, quando e como. Os POPs possibilitam uma melhoria dos processos, uma vez que ele abrange o recebimento das matérias-primas, o armazenamento, transporte, limpeza do ambiente, descarte de produtos e etc.

A Análise Microbiológica de Alimentos tem como propósito apresentar sugestões, a partir de possíveis avaliações e alterações que possam ser necessárias, a fim de garantir a qualidade e a extensão da segurança da fabricação e comercialização dos salgados congelados e demais alimentos da empresa. Assim, evita-se prejuízos para o consumidor, como a contaminação por ingestão, que pode ocorrer através de microrganismos deteriorantes, que tornam o alimento impróprio para o consumo, ou de agentes patogênicos, responsáveis pela transmissão de doenças.

Por fim, após a leitura de toda essa matéria, é possível perceber como é extremamente essencial assegurar-se de que seu estabelecimento possui um sistema de vigilância sanitária. Caso você seja desse ramo de alimentos, e esteja precisando de auxílio no desenvolvimento de um Manual de Boas Práticas de Fabricação, dos Procedimentos Operacionais Padrão, e/ou de Análise Microbiológica de Alimentos, aqui na Ecofarma Jr., realizamos diversos projetos com essa finalidade, para garantir a segurança nos procedimentos de produção e nos próprios alimentos. 

Estamos há mais de 15 anos no mercado, prestando serviços na área e prezando pela qualidade e pelo comprometimento com o cliente. Venha conhecer nossos projetos!

 

 

REFERÊNCIAS

REVISTA PEQUENAS EMPRESAS E GRANDES NEGÓCIOS. 8 dicas para ficar em dia com a Vigilância Sanitária. Disponível em: https://revistapegn.globo.com/Publicidade/Papo-de-Dono/noticia/2018/12/8-dicas-para-ficar-em-dia-com-vigilancia-sanitaria.html. Acesso em: 23 ago. 2020.

INSET SYSTEM. A importância de seu restaurante estar em dia com a vigilância sanitária. Disponível em: http://www.insetsystem.com.br/blog/importancia-de-seu-restaurante-estar-em-dia-com-vigilancia-sanitaria/. Acesso em: 23 ago. 2020.

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Farmácias: conheça algumas dicas para a abertura de uma.

Os estabelecimentos que hoje conhecemos por farmácias e drogarias tiveram seus precursores na Europa do século X, ainda na Idade Média, com os chamados boticários, que forneciam substâncias de origem natural para o tratamento de enfermidades. Atualmente, por meio da Lei nº 13.021, de 08 de agosto de 2014, as farmácias são legalmente definidas como:

Art. 3º – A Farmácia é uma unidade de prestação de serviços destinada a prestar assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva, na qual se processe a manipulação e/ou dispensação de medicamentos magistrais, oficinais, farmacopeicos ou industrializados, cosméticos, insumos farmacêuticos, produtos farmacêuticos e correlatos.

No contexto do mundo atual, é impossível pensarmos na nossa rotina sem a presença de um medicamento, seja este de origem natural, como os fitoterápicos, ou sintética, os chamados medicamentos alopáticos. Há, ainda, pessoas que preferem fazer uso dos homeopáticos na busca por uma vida mais saudável e tranquila. Independentemente da escolha, todos nós dependemos dessas substâncias no nosso cotidiano. 

Segundo o guia da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa de 2019, o mercado farmacêutico mundial atingiu investimentos próximos ao montante de R$1,2 trilhão no ano de 2018 e ainda continua em plena ascensão, com previsão de crescimento de mais de R$ 300 bilhões até o próximo ano (2023). Trazendo para a realidade brasileira, os valores atingem a casa dos R$ 40 bilhões. Todos esses cenários mostram o potencial de retorno financeiro da abertura de uma farmácia, seja qual for a região que ela se estabeleça.

Ao se pensar em abrir uma farmácia, faz-se necessário escolher o tipo de estabelecimento que mais interessa a você, futuro empreendedor! Antes de abordar as duas principais vertentes, é importante salientar que o Artigo 6 da Lei 13.021 de 8 de Agosto de 2014 propõe que, para o funcionamento de qualquer farmácia, independente da natureza, é imprescindível a presença durante todo o expediente de um farmacêutico. A seguir, confira a diferença entre Farmácias e Drogarias:

Farmácias: Local onde possui um laboratório para preparação de receitas prescritas por um profissional capacitado, podendo ou não vender itens industrializados (Ex: Farmácias homeopáticas);

Drogarias: Apenas comercializa produtos industrializado, não fraciona suas quantidades e ocorre venda também de cosméticos, itens relacionados a primeiros-socorros e de conveniência;

Agora que já se pode ter ideia do estabelecimento que quer abrir, vamos aos primeiros passos para concluir sua abertura:

  1. Definir o local mais adequado: para a escolha do lugar onde a farmácia será instalada, você deve levar em consideração se será um espaço alugado ou próprio, o perfil do público que quer atingir e se aquela localidade atende a essa necessidade, horários de pico, como é a vizinhança, acessibilidade (estacionamento por perto, facilidade de acesso por pessoas com necessidades especiais) e a situação socioeconômica da região. Uma pesquisa de mercado é essencial para elucidar esses e muitos outros conceitos.
  2. Documentação: Alguns dos documentos necessários são o Certificado de Regularidade Técnica (CRT) emitido pelo conselho Federal de Farmácia, Autorização de Funcionamento da Empresa (AFE) emitido pela ANVISA, Alvará Sanitário emitido pelas Agências Sanitárias e, dependendo do município, pode ser necessário tirar uma Licença de Funcionamento de Empresa na prefeitura, a qual necessita de um Laudo Técnico de Avaliação (LTA). Nesse documento, deverá constar o Alvará de Vistoria do Corpo de Bombeiros. Além disso, farmácias de manipulação necessitam da Autorização Especial (AE);
  3. Equipamentos necessários: listar o que será necessário para compra e priorizar os materiais mais urgentes para o funcionamento do estabelecimento. Para começar, os principais equipamentos que uma farmácia emprega são balcão para atendimento e armários/prateleiras para estoque dos produtos; impressora e scanner para documentos essenciais e receitas médicas; computadores para gestão do conhecimento e do fluxo comercial (a depender do porte estipulado, mais de uma máquina pode ser necessária); telefone e sistema de ar-condicionado.
  4. Fazer um planejamento de gastos, geolocalização e fluxo de pessoas: fazer um planejamento financeiro é essencial para o sucesso do seu estabelecimento, saber o que investiu e quanto está obtendo de retorno, o quanto necessita juntar para realizar a abertura do negócio, custo do aluguel, energia elétrica. Outro ponto é observar onde abrir esse estabelecimento, procurar locais onde não possuem muitas farmácias/drogarias, ver o fluxo de pessoas por aquela região diariamente e conhecer o que o público mais gosta de comprar;
  5. Atentar-se ao marketing: a divulgação e a publicidade podem ser um grande diferencial para alavancar as vendas, pois gera um atrativo para a marca trazendo mais clientes. Invista, por exemplo, no Marketing digital, que cada vez mais cresce no mercado: crie uma conta em redes sociais, como o Instagram, para divulgar o estabelecimento, produtos e promoções ao longo do tempo;
  6. Busque uma distribuidora confiável: a aquisição de medicamentos e outros produtos deve ser feita por meio de fornecedores confiáveis, bem estabelecidos no mercado e que promovam garantias de entregas no prazo e com preço justo;
  7. Contrate uma equipe: é fundamental que haja uma equipe capacitada e coesa para o bom funcionamento de qualquer empreendimento nos dias atuais. De fato, o número de colaboradores dependerá do porte da empresa, portanto, busque no início empregar uma quantidade reduzida de funcionários e aumente o quadro ao longo do tempo. Para começar, é imprescindível a presença de um profissional farmacêutico habilitado e com vínculo ativo no Conselho de Farmácia, um balconista que tenha experiência em comércio e um entregador, caso seja de interesse fazer entregas a domicílio;
  8. Contrate um(a) Contador(a): caso não possua experiência no ramo de gestão empresarial e finanças, a presença de um profissional especializado para realizar a contabilidade do novo empreendimento é bastante vantajosa, principalmente para questões burocráticas e tributárias;
  9. Elabore o Manual de Boas Práticas: este é o documento que descreve as operações realizadas pelos estabelecimentos, contendo a manutenção da higiene dos profissionais, dos utensílios, das máquinas, da água, saúde dos manipuladores, dentre outros. Aliados ao Manual, existem os Procedimentos Operacionais Padrão (POPs), arquivos que descrevem em detalhes cada atividade realizada no dia-a-dia da farmácia, visando à padronização da execução por todos os colaboradores e, assim, garantindo a qualidade das operações;

 

Agora que você já conhece um pouco mais sobre a abertura de uma farmácia ou drogaria, que tal elaborar o Manual de Boas Práticas e os POP’s e padronizar todos os seus processos?

A Ecofarma pode te ajudar com todos eles, venha conhecer nossos serviços!

 

Referências:

GUIMARÃES, Nathalia. Tipos de farmácias: Conheça todos os tipos!. InTipos de farmácias: Conheça todos os tipos!. [S. l.], 2020. Disponível em: https://blog.vitta.com.br/2020/03/17/tipos-de-farmacias-conheca-todos-os-tipos/. Acesso em: 22 ago. 2020.

LINHARES, Daniel. Como abrir uma Farmácia ou Drogaria em 10 Passos. InComo abrir uma Farmácia ou Drogaria em 10 Passos. [S. l.], 19 jan. 2019. Disponível em: https://daniellinhares.com.br/como-abrir-uma-farmacia-drogaria-10-passos/. Acesso em: 22 ago. 2020.

NASCIMENTO, Victoria. Checklist para farmácia: ferramentas para organizar sua drogaria. InChecklist para farmácia: ferramentas para organizar sua drogaria. [S. l.], 19 dez. 2019. Disponível em: https://guiadafarmacia.com.br/checklist-para-farmacia-ferramentas-para-organizar-sua-drogaria/. Acesso em: 22 ago. 2020.

O QUE preciso saber antes de abrir uma farmácia?. InO que preciso saber antes de abrir uma farmácia?. [S. l.], [2020]. Disponível em: http://www.gam.com.br/abrir-uma-farmacia/. Acesso em: 22 ago. 2020.

SALES, Christiano M. Ideias de negócios: drogaria. [S. l.]: Sebrae, 2021. Disponível em: https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/IDEIAS_DE_NEGOCIO/PDFS/137.pdf. Acesso em: 16 mar. 2022.