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Cosmetovigilância, como a ANVISA atua na qualidade e segurança dos cosméticos.

Caro leitor, imagine que você tenha acabado de desenvolver uma nova formulação cosmética, além disso, pretende lançar essa novidade no mercado. Contudo, ao se deparar com a regularização, percebe que ainda precisa garantir a segurança do seu produto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), você saberia como proceder? Para isso, é importante que tenha conhecimento da Resolução-RDC nº 332, de 1 de dezembro de 2005, que diz que “As empresas fabricantes e/ou importadoras de Produtos de Higiene Pessoal Cosméticos e Perfumes, instaladas no Território Nacional deverão implementar um Sistema de Cosmetovigilância, a partir de 31 de dezembro de 2005.”

Ademais, convido a uma reflexão: você sabe qual a importância dessa segurança? Como também, saberia dizer como a ANVISA atua na qualidade e segurança dos cosméticos? É extremamente importante que saiba responder ambas as perguntas. Afinal, com esses saberes você será capaz de ampliar a sua produção com plena credibilidade e segurança nos seus produtos. Caso não saiba como responder as perguntas anteriores, ou ainda, está curioso para aprender ainda mais sobre esse tema, continue com a leitura dessa matéria!

O que é a ANVISA?

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária é o órgão federal responsável por estabelecer as normas sanitárias para o registro, rotulagem, fabricação, venda e armazenamento dos produtos e dos serviços brasileiros, como medicamentos, alimentos e cosméticos.  Ela atua também na fiscalização, no monitoramento e na divulgação de informações importantes sobre a segurança dos produtos disponíveis no mercado. Enfim, é o órgão competente que irá assegurar ao consumidor a compra de serviços e produtos eficazes, de qualidade e com segurança.

 

A Cosmetovigilância

 

A garantia da segurança dos produtos, dito anteriormente, é feita a partir das regulamentações previstas pela ANVISA, que incluem um dos principais sistemas de análise da segurança dos cosméticos, a cosmetovigilância.

A cosmetovigilância, em suma, é uma atividade relativa a observar e analisar os possíveis e inesperados eventos adversos – aqueles eventos que são indesejados – que os cosméticos podem causar ao ser humano. Segundo a ANVISA, trata-se de um sistema que possibilita a aplicação de ações corretivas rápidas e adequadas quando há reação indesejável com o uso de um produto cosmético.

Sendo assim, é fundamental que a sua clínica elabore esse sistema preconizado pela entidade.

 

A importância da Cosmetovigilância

 

  • A ocorrência de eventos adversos, devido a reação ao produto, será reduzido a percentuais próximos de zero, visto que, ao seguir o sistema proposto, o fabricante estará cumprindo com as orientações das Boas Práticas de Fabricação;
  • Fornecerá maior credibilidade do produto perante ao consumidor, afinal, o cliente logo entende que a empresa segue as regulamentações da ANVISA, gerando segurança e confiabilidade;
  • Demonstra a preocupação e o zelo que sua clínica sente quanto à saúde da população.

Vale ressaltar que a cosmetovigilância permite a construção de indicadores que subsidiam ações de vigilância sanitária, orientando inspeções de caráter investigativo e medidas de prevenção à saúde da população.

 

A atuação da ANVISA

 

Dentre as inúmeras maneiras que a ANVISA pode atuar na qualidade e segurança dos cosméticos, por meio da cosmetovigilância, destaca-se a implementação do NOTIVISA (Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária), um sistema organizado e arquitetado para coletar informações de eventos adversos que forem notificados quanto os produtos fiscalizados pela vigilância sanitária, incluindo os cosméticos. Com isso, os cidadãos poderão notificar eventos adversos e queixas técnicas através de formulário de notificação.

Essa notificação é o registro de uma ocorrência de reação indesejada ou queixa técnica que deve  ser comunicada às autoridades sanitárias. Dessa maneira, a população atua ativamente na preservação da qualidade e da segurança.

 

Quem deve notificar?

 

Todo cidadão ou profissional de saúde tem o direito de notificar suspeitas de reações adversas, devido à sensação de uma reação alérgica a algum cosméticos, produtos de higiene e/ou perfumes utilizados, ou outras reações. Além de ser possível, realizar uma queixa técnica desses mesmos produtos. Após receber os dados referentes à notificação, as instituições e órgãos que estão incorporados no Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) irão analisar as notificações recebidas, de acordo com o evento e gravidade da situação. Esses mesmos dados servirão para financiar as atitudes que o SNVS irá tomar para identificar as reações adversas dos produtos notificados, com essa subsidiação é possível aperfeiçoar o conhecimento quanto aos efeitos dos cosméticos em análise e, quando indicado, alterar recomendações sobre seu uso para os consumidores. Sendo assim, o SNVS juntamente com a ANVISA regulam os produtos comercializados no País e, de forma geral, promovem ações de proteção à Saúde Pública (ANVISA, 2007).

 

Quando deve notificar?

 

  • Para as empresas privadas: quando ocorrerem situações que impliquem em risco a saúde do consumidor;
  • Para o cidadão: quando se sentir alguma reação diferente da prevista

 

Informações importantes que não devem faltar nas notificações

 

Segundo o Centro de Vigilância Sanitária (CVS), as informações importantes que não devem faltar, tanto sobre o consumidor quanto do produto, são:

  1. a) Identificação do usuário do produto (pode ser apenas as iniciais);
    b) Nome comercial do produto e lote;
    c) Características produto utilizado (validade, aspecto, integridade da embalagem);
    d) Forma de uso;
    e) Relato da queixa (sinais, sintomas, intensidade, local da reação);
    f) Outros produtos concomitantes (outros cosméticos);
    g) Condições concomitantes ao uso do produto (depilação, exposição ao sol, procedimentos estéticos);
    h) Uso de medicamentos;
    i) Doenças concomitantes;
    j) Antecedentes alérgicos.

 

Notificações de eventos adversos recebidas pela Cosmetovigilância – 2010

Segundo dados da ANVISA, em 2010 foram recebidas 136 notificações de eventos adversos, e em  sua maioria, representando 47% do total, o alisante capilar foi o produto que recebeu mais notificações.

Por fim, após a leitura de toda essa matéria, é possível perceber como é extremamente essencial assegurar-se de que sua clínica possui um sistema de cosmetovigilância. Caso você seja desse ramo de cosméticos, e esteja precisando de um auxílio no desenvolvimento das Boas Práticas de Fabricação, aqui na Ecofarma Jr., realizamos diversos projetos com essa finalidade. Estamos há mais de 15 anos no mercado, prestando serviços na área e prezando pela qualidade e pelo comprometimento com o cliente. Venha conhecer nossos projetos!

Referências:

ANVISA. Relatório de Experiências Internacionais sobre Regulação de Cosmetovigilância. Diretoria de Regulação Sanitária Gerência-Geral de Regulamentação e Boas Práticas Regulatórias, 2020.

ANVISA. RESOLUÇÃO nº Nº. 332, de 1 de dezembro de 2005. RDC. [S. l.], 2005. Disponível em: https://www.invitare.com.br/arq/legislacao/anvisa/RDC-332-de-2005-Disp-e-sobre-o-sistema-de-Cosmetovigil-ncia.pdf. Acesso em: 21 set. 2021.

BEHRENS, Isabela; CHOCIAI, Jorge Guido. A COSMETOVIGILÂNCIA COMO INSTRUMENTO PARA A GARANTIA DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA DE PRODUTOS COSMÉTICOS. Visão Acadêmica, [s. l.], 2007. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/academica/article/viewFile/11663/8222 Acesso em: 21 set. 2021.

CVS. COSMETOVIGILÂNCIA. In: COSMETOVIGILÂNCIA. [S. l.], 2020. Disponível em: http://www.cvs.saude.sp.gov.br/faq.asp?te_codigo=25#:~:text=Qual%20a%20import%C3%A2ncia%20da%20cosmetovigil%C3%A2ncia,intera%C3%A7%C3%A3o%20com%20o%20usu%C3%A1rio%2Fconsumidor. Acesso em: 21 set. 2021.

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Insumos brasileiros e suas ultilizações em cosméticos

Primeiro, caro leitor, você sabe o que são cosméticos? Nessa eu posso te ajudar! Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), são preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado.” (ANVISA, 2005).

Vemos os produtos nas prateleiras, colocados como produtos orgânicos ou naturais (ambos sustentáveis), mas é preciso pensar: “o que torna esses produtos diferentes dos demais?”, se há diferença entre eles e como são certificados. A Ecocert, certificadora de produtos orgânicos, e o Instituto Biodinâmico (IBD), afirmam que para ser um cosmético natural, em sua fabricação devem ser usadas matérias-primas naturais e não conter aditivos químicos em sua composição (como: amônia, silicone, conservantes sintéticos- chamados de “matérias-primas proibidas”).

A Ecocert ainda define que, no mínimo 95%, da composição total do produto devem ser matérias-primas naturais e os outros 5%, não podem ser constituídos dessas matérias-primas proibidas, apenas por substâncias sintéticas listadas pela certificadora. Agora, sobre os produtos orgânicos, a IBD e a Ecocert convergem quanto à definição de cosméticos orgânicos, estes devem possuir, no mínimo, 95% de matérias-primas certificadas como orgânicas em sua composição.

Os 5% restantes podem ser compostos por água e por outras matérias-primas naturais. Além disso, também há uma preocupação com toda cadeia produtiva. Atualmente, um dos desafios em relação aos cosméticos sustentáveis é a carência de uma regulamentação nacional. 

Por fim, os convencionais são aqueles certificados pela ANVISA, mas não são passíveis de certificação ambiental e para a regularização destes produtos, estes devem estar de acordo com a RDC nº 07/2015 e a RDC nº 237/2018.

     

Agora que você já entendeu a diferença entre os cosméticos, vamos para a composição dos mesmos. 

A Atina Ativos Naturais, fornecedora de insumos, certificada pela Ecocert, ANVISA e Conselho de Manejo Florestal (FSC), prioriza a distribuição de insumos naturais como antocianina, extrato seco de aloe vera 200:1, óleo de Babaçu, óleo de Baru, alfa-bisabolol natural (extraído da árvore de Candeia), extrato glicólico de erva-doce e extrato glicólico de calêndula. E quais são suas utilizações e benefícios? Vejamos a seguir:

  • Antocianina: encontrada em frutas como uva, morango e cereja é utilizada para produção de corantes em cosméticos e para produção de tintas atóxicas. 
  • Extrato seco de Aloe Vera 200:1: rico em vitaminas e pode ser encontrado em diversos produtos como: cremes e loções; filtros solares e produtos pós-sol; loção pós-barba; produtos antienvelhecimento; sabonetes; shampoos e condicionadores; tinturas e tônicos capilares. Muito utilizado para tratamento capilar agindo como fortificante e estimulador de crescimento, além de possuir propriedades regenerativas. É também utilizado para tratamento da pele, funcionando como anti-inflamatório e cicatrizante. 
  • Óleo de Babaçu: o ácido láurico é um componente em abundância nesse insumo, é utilizado para hidratar e umectar os cabelos, fortalecer as unhas e tem ação antioxidante. Pode ser utilizado para fabricação de sabão e de pomadas cremosas.
  • Óleo de Baru: extraído do baruzeiro, árvore presente no cerrado brasileiro, tem ação antioxidante. Apresenta vantagens em sua utilização para o crescimento e fortalecimento das unhas, revitalização e hidratação da pele (devido à presença de vitamina E e sua ação de renovação celular), tratamento capilar proporcionando uma hidratação intensa e também auxilia na ação cicatrizante no tratamento de acnes devido ao poder antioxidante e a presença de zinco.
  • Alfa-bisabolol: possui propriedades anti-inflamatórias, antimicrobiana, antibacteriana e anti-irritante. É utilizado para a produção de protetores solar e produtos pós-sol, produtos pós-barba, óleos e produtos infantis, produtos antiacne, maquiagens e desodorantes. 
  • Extrato glicólico de erva-doce: possui ação antisséptica, refrescante e calmante. Pode ser utilizado na produção de shampoo, condicionador, sabonete, loção de limpeza, géis, entre outros. 
  • Extrato glicólico de calêndula: tem ação antiacne e cicatrizante. Utilizado como matéria prima para a produção de produtos orgânicos como: pomada, creme ou gel. 

 

Mercado em crescimento:

 

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), em 2020, o setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosmético (HPPC) no Brasil teve crescimento de 5,18%, no “Exfactory”, líquido de imposto sobre renda, com relação ao ano de 2019. Até 2025, consoante aos dados da ABIHPEC, de 2019, o mercado de cosméticos sustentáveis crescerá de 5% a 10%.

Nos últimos anos, vem crescendo a preocupação sobre a origem dos produtos, a reciclagem dos mesmos e como aderir à sustentabilidade, devido ao aumento da consciência social e ambiental. Consequentemente, a busca por produtos sustentáveis vêm crescendo também. De acordo com uma pesquisa da Kantar Worldpanel, empresa líder mundial em dados, insights e consultoria, de 2018, revela que 50% dos consumidores têm preferido produtos que são naturais, orgânicos, terapêuticos ou a base de ervas. 

 

Benefícios em utilizar insumos para cosméticos naturais:

Os produtos naturais, com função de hidratar, regenerar e cuidar, seja para cabelos, pele ou unhas, são recebidos pelo corpo de uma forma mais natural e segura, devido a ação dos compostos naturais presentes. O organismo ao absorver esses produtos mencionados fica exposto a menos riscos toxicológicos ao serem comparados aos produtos convencionais (que têm, por exemplo, adição de parabenos e derivados do petróleo). Além de benefícios para a saúde do próprio usuário, também trazem menos impacto ambiental: evitando o desmatamento e a exploração de animais (prática de cruelty-free).

 

Como podemos te ajudar?

Se você tem interesse em desenvolver um cosmético sustentável, a Ecofarma Jr. é especialista na área de cosmético pode te ajudar! Nossos projetos contemplam pelo menos dois Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), assim como você, também estamos preocupados com o todo! Entre em contato conosco. 

            

REFERÊNCIAS

ABIHPEC. Cosméticos verdes devem crescer 10% nos próximos anos. ABIHPEC, 2019. Disponível em: https://abihpec.org.br/cosmeticos-verdes-devem-crescer-10-nos-proximos-anos/. Acesso em: 22 de set. 2021. 

ABIHPEC. Panorama do setor 2019. ABIHPEC, 2019. Disponível em:˂https://abihpec.org.br/publicacao/panorama-do-setor-2019/˃. Acesso em: 22 de set. 2021.

ANVISA. Conceitos e definições. Anvisa, 2005. Disponível em: ˂http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos/conceitos-e-definicoes˃. Acesso em: 22 de set. 2021.

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5 maneiras de conservar o seu produto

Você é do tipo de pessoa que se atenta sempre à validade de um produto? Você sabe a importância de uma boa conservação de um alimento? Você acredita que uma conservação adequada pode trazer benefícios para o seu produto? Se você disse sim a essas perguntas, essa matéria é pra você!

Desde os primórdios da civilização, a conservação ideal de um produto se tornou indispensável para a sobrevivência humana. Em épocas de seca ou inverno, saber conservar o seu alimento faz total diferença e devido a isso, é uma estratégia imprescindível para a evolução humana. 

Os alimentos podem ser passíveis de alterações envolvendo agentes físicos, como a luz e o calor; químicos, como o oxigênio e a água; ou biológicos, como os microrganismos e as enzimas. Em razão disto, se faz necessário a conservação ideal do seu produto para que seja evitado o desperdício e a durabilidade do mesmo seja aumentada. 

A seguir iremos destacar as 5 principais maneiras que você pode utilizar para a conservação do seu produto alimentício, sendo elas o congelamento, o resfriamento, a desidratação, a adição de açúcar e, por fim, os alimentos em conserva.

1. Congelamento   

 

O congelamento é considerado um dos tipos de conservação mais eficazes do mundo, podendo preservar o alimento de 6 meses a 1 ano, se feito de forma adequada. Este processo consiste na conservação do alimento de modo frio, diminuindo a temperatura abaixo do ponto de congelamento, onde a água presente sofre alteração formando cristais de gelo, reduzindo a atividade de água e impedindo que microrganismos e enzimas atuem, fazendo a preservação do alimento por mais tempo e reduzindo a ação do processo de deterioração.

A temperatura ideal para o armazenamento do seu alimento gira em torno dos -18 ºC, porém a escolha da temperatura de congelamento fica na faixa do -10 ºC a -40 ºC, pois tudo depende do aspecto econômico e do tipo de produto. O que deve-se atentar é que quanto mais baixa a temperatura, maior será a vida útil do seu alimento.

Uma desvantagem desse tipo de conservação é que o congelamento somente contém a atividade microbiológica presente no alimento, enquanto a água do alimento estiver sólida, mas não faz a eliminação dessas bactérias.

2. Resfriamento

A preservação pelo frio traz inúmeros benefícios para o valor nutricional, para o sensorial do alimento e para a produção eficaz de alta qualidade. A temperatura ideal para conservação do alimento é de -1 ºC a -8 ºC, garantindo as características in natura (frescas) do produto e suas propriedades nutricionais. 

Somente com a refrigeração não ocorre a inativação das enzimas e dos microrganismos. A função da refrigeração é somente retardá-las, ou seja, ela traz uma desaceleração da proliferação das bactérias. Por isso, se faz necessário o uso de outras técnicas de conservação, como a pasteurização, para que funcione com eficácia a refrigeração.

Algumas desvantagens envolvem o encarecimento da cadeia ao frio, a queima pelo frio em bananas e carnes, a alteração de pigmentos e a possibilidade da perda de vitaminas.

3. Desidratação

A desidratação consiste em aumentar o tempo de vida do produto reduzindo a atividade da água presente, a partir da sua secagem. Através de um mecanismo de vaporização térmica, a água é retirada na forma de vapor e isso traz inibição do crescimento microbiano e redução da atividade enzimática.

Existem duas formas de secagem. A secagem natural, mais conhecida como a secagem feita ao sol, e a secagem artificial ou desidratação, que é realizada através de estufa, com controle da temperatura. Esse tipo de conserva beneficia o custo de transporte, o peso, o volume e o armazenamento dos produtos.

Algumas desvantagens da desidratação é que pode reduzir as propriedades nutricionais e podem ocorrer alterações na cor e no sabor, devido ao calor. Em comparação com as frutas in natura, as desidratadas possuem mais calorias.

4. Adição de açúcar

 

Este processo de conservação é através de adição de solutos, mais precisamente a adição de sacarose, conhecida como açúcar. Essa forma de preservação é geralmente utilizada em frutas para aumentar a durabilidade das mesmas.

A concentração elevada de açúcar faz com que haja uma diminuição do crescimento microbiano, devido a alta concentração do meio (hipertônico) que provoca a perda de água dos microrganismos através da osmose, afetando diretamente na reprodução, implicando na sua destruição e morte.

Algumas desvantagens deste processo se dão através do uso exagerado de açúcar afetando no gosto, não se adequar a todos os alimentos, não ser tão saudável e ter uma durabilidade menor.

5.Alimentos em conserva

A adição de sal é a forma mais barata e mais antiga de se conservar alimentos. As formas de conserva envolvem a adição de sal diretamente no alimento ou na forma de salmoura, e a adição de suco de limão, vinagre ou ácido cítrico, que juntamente com o calor, impede o desenvolvimento de microrganismos. 

O sal faz a desidratação do produto através da diferença de pressão osmótica entre o meio externo e o meio interno, baixando a atividade de água do produto e aumentando a sua estabilidade microbiana, química e bioquímica. 

Uma desvantagem de fazer a conserva com o sal é o efeito negativo no sabor do alimento, devido a grande quantidade de sal, por isso é indicado a lavagem do produto antes de ser consumido.

Além disso, é vital estar de acordo com o que a legislação prega. Por isso, a Anvisa preconiza duas legislações federais relacionadas com as condições de armazenamento ideais para os estabelecimentos industriais, sendo elas a Portaria nº 326/1997, que aprova o Regulamento Técnico sobre as condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos, e a Resolução nº 275/2002 que dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos e a lista de verificação das Boas Práticas de Fabricação em estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos.

Os processos citados de conservação são muito importantes para que o desperdício seja evitado e para que aumente o tempo de vida, mantendo a qualidade dos produtos. Por isso, deve-se analisar qual o melhor procedimento a ser utilizado para que haja um melhor aproveitamento dos seus produtos, focando em ser referência no mercado trazendo sempre o melhor para os consumidores.

Nós da Ecofarma Jr. nos preocupamos com a conservação ideal do seu produto. Por isso, caso tenha restado alguma dúvida sobre o assunto, nós temos o prazer de esclarecê-la para você! Adiante estará disponível para vocês os nossos contatos e sinta-se livre para nos chamar!

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Embalagem cosmética: como escolher de forma correta

A primeira coisa que vemos quando olhamos um produto é a embalagem, que além de proteger o item, passa as primeiras impressões do produto e influencia diretamente na sua compra. De acordo com o programa Packaging Matters, da líder de embalagens MWV, 79% dos consumidores experimentaram um novo produto pois a embalagem atraiu sua atenção, 53% dos clientes compraram um produto mais de uma vez apenas pela embalagem e 46% dos consumidores passaram a comprar produtos da concorrência por vivências negativas com a embalagem. Para evitarmos problemas com as queridinhas dos consumidores, vamos listar 5 pontos para ter atenção antes de escolher a embalagem do seu produto!

 

       1. Funcionalidade e manuseio

O principal aspecto que deve ser analisado ao escolher a embalagem do seu produto é a funcionalidade. Isso porque estamos na era da experiência, o que significa que todo o processo do uso e manuseio do produto é muito importante. Preocuparmos com a funcionalidade da embalagem é pensarmos diretamente na qualidade do cosmético oferecido ao cliente. Assim, antes de escolher a embalagem ideal do seu cosmético, analise bem se ela cumpre sua função e se há possibilidade dessa função ser comprometida de maneira fácil e rápida, de forma que gere impressões negativas e aversões ao seu produto. 

 

        2 . Transporte 

Outro ponto importante para análise é o transporte do seu cosmético. Mas o que isso tem a ver com a embalagem? Pense bem, o que você faz quando encomenda um produto e ao abrir a caixa super empolgado(a) se depara com uma mercadoria quebrada ou danificada? Qual seu primeiro pensamento? Qual sentimento você vai desenvolver em relação à marca e ao produto? Garanto que nenhuma das respostas é algo bom e que você não quer atrair nada disso para o seu negócio.

 Pensando nisso, existem algumas transportadoras que possuem certas exigências ou restrições em relação a produtos quebráveis, de vidro ou frágeis, assim, é importante estar atento a esses requisitos. Se a embalagem do seu cosmético for de vidro, por exemplo, o produto precisará de plástico bolha, isopor e outras formas para a proteção do cosmético a fim de que ele chegue ao cliente sem danos na embalagem, sem diminuição do valor do produto e da credibilidade da sua marca. Ao pensar no transporte do seu cosmético você garante a manutenção da boa experiência do seu cliente!

 

      3. Compatibilidade entre embalagem e produto 

Para garantirmos a segurança e qualidade do produto, devemos realizar o teste de compatibilidade química entre produto e embalagem. Esse teste previne possíveis complicações químicas que danificam tanto a embalagem quanto o cosmético em si, podendo provocar desde danos aos consumidores a perda total da mercadoria. Esse é um dos testes que a ANVISA exige para que o produto possa circular de forma legalizada, então fique muito atento a isso!

Tais testes são necessários pois o produto é submetido a diversas temperaturas durante sua vida útil, desde o transporte até a chegada ao cliente, sem contar a enorme variação de temperatura das 5 regiões do Brasil que também podem interferir na compatibilidade entre embalagem e produto. Dessa forma, após a realização do teste de compatibilidade química a sua empresa irá passar mais segurança e qualidade do produto ao cliente. Contribuindo assim para o aumento das vendas e consolidação do negócio no mercado, além de estar prevenindo multas com a regularização em dia. 

 

     4. Geração de resíduos  

Você já parou pra pensar no dano ao meio ambiente que a embalagem do seu produto vai causar após ser descartada? Segundo o Ministério do Meio Ambiente, 20% do lixo doméstico do Brasil é formado por embalagens, sendo 80% delas com apenas um único uso. Essa porcentagem significa 25 mil toneladas de lixo compostos por embalagens. Muita coisa, não? A sua embalagem vai contribuir para esse número e seus impactos negativos na natureza? 

Hoje, em um mundo que conhece a sustentabilidade, os consumidores estão se tornando mais conscientes de responsabilidades socioambientais. Logo, embalagens biodegradáveis e ecológicas são mais bem vistas pelos compradores atuais e tal prática tende a crescer cada vez mais. Com o aumento da consciência verde pelos clientes, podemos comparar o mercado com a seleção natural das espécies, na qual os mais adaptados sobrevivem. Assim, as marcas e produtos que se engajarem nesse movimento terão mais vantagens competitivas na sociedade atual e futura do que mercadorias que não possuem embalagens sustentáveis e ecológicas, que tendem a se enfraquecer por não terem se adaptado às tendências sustentáveis da sociedade.  

Desse modo, algumas embalagens sustentáveis comuns são as de vidro, as quais podem ser reutilizadas como objeto decorativo após o uso do produto e embalagens feitas com papel reciclável que economiza energia e expande o valor da extração da matéria prima. Outra alternativa é o uso do plástico PLA, também chamado de poliácido láctico, feito de fontes de energia renováveis e com o ácido láctico, que degrada na natureza no período de seis meses a dois anos, incrivelmente distinto do plástico normal, que demora de 500 a 1000 anos para se degradar. 

Também temos opções distintas das convencionais, como embalagens feitas de cogumelos, sendo uma embalagem comestível, além de embalagens de bagaço de cana de açúcar e fibras de coco. Dessa forma, você deve avaliar a melhor embalagem para seu cosmético pensando no meio ambiente.

 

    5. Branding  

De acordo com o Sebrae, “Branding ou Brand Management é uma estratégia de gestão da marca que visa torná-la mais reconhecida pelo seu público e presente no mercado. A estratégia busca a admiração e desejo pelos valores que a marca cria em torno de si mesma.” Assim, podemos complementar que essa estratégia visa a boa imagem da marca pelo consumidor, criar a conexão entre o cliente e sua marca por meio de valores comuns e da identificação. 

Desse modo, suas embalagens também devem expressar os valores da sua empresa, que ao gerar conexão com o cliente, ele possa preferir consumir dos seus produtos do que de outra marca qualquer que ele não tenha criado uma conexão. Como comentado antes, estamos na era da experiência, o que proporciona grande importância à conexão do cliente com o seu negócio a fim de gerar boas vivências e sentimentos agradáveis. 

 

Quer saber mais sobre embalagem cosmética? Entre em contato com a gente!

 

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Quando mudar a fórmula de um produto?

Com a pandemia, a busca por cosméticos se tornou mais frequente, resultando em um crescimento econômico nessa área. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, o Brasil é o quarto maior consumidor desse setor no mundo, ficando atrás dos Estados Unidos, China e Japão.

A procura pela beleza, saúde e bem-estar trouxeram consigo novas tendências no mercado, como aClean Beauty, que traduzida para o português significa “beleza limpa”, e trata-se de formulações que não prejudicam a saúde da pele e que também atuam na preservação do meio ambiente.

 

Atualmente, existe uma busca constante por cosméticos naturais e uma maior atenção e procura dos consumidores por princípios ativos específicos que estão em alta, como por exemplo, o ácido hialurônico e a Vitamina C.

As tendências do mercado precisam ser levadas em conta tanto para desenvolver novos cosméticos, quanto para saber quando é preciso mudar a formulação de um produto.

Mas antes de falarmos sobre isso, vamos entender mais um pouco sobre as formulações?

FORMULAÇÕES COSMÉTICAS

A formulação cosmética é como uma “receita” para o desenvolvimento do produto. Nela contém as matérias-primas necessárias, suas quantidades (geralmente em %), funções, modo de preparo e técnicas que serão utilizadas. 

Com o intuito de facilitar o entendimento, a composição dos cosméticos podem ser classificadas em três categorias: 

  • Princípio ativo: é o responsável pela ação específica do produto e por isso costuma aparecer em destaque no rótulo. Podem ser de origem animal, mineral ou vegetal;
  • Componentes adjuvantes: possuem ação modificadora ou corretiva. Os de ação corretiva, como o próprio nome já diz, possui o intuito de corrigir a cor e o aroma através de corantes e fragrâncias, respectivamente, com o intuito de garantir que o produto seja mais bem aceito pelo consumidor. Já os componentes de ação modificadora alteram a característica da base cosmética, como umectantes, silicones, tensoativos, ceras, etc;
  • Veículos e excipientes: os veículos são líquidos e os excipientes são sólidos ou semi-sólidos responsáveis por proporcionar estabilidade aos cosméticos, completando o volume ou a massa, representando a maior porcentagem da formulação do cosmético, juntamente com os adjuvantes. 

 

ANVISA X MODIFICAÇÕES NAS FÓRMULAS

É preciso se atentar às regulamentações quanto ao processo de modificação da fórmula do produto. A Instrução Normativa-IN 69, de 1º de setembro de 2020 aborda sobre a inclusão de nova fórmula na rotulagem de cosméticos quando alterada sua composição. 

Art. 4º Os produtos de higiene pessoal, incluindo os descartáveis, cosméticos e perfumes que sofrerem modificações de fórmula, deverão apresentar uma das frases a seguir em destaque, posicionada no painel principal da rotulagem:

I – “NOVA FÓRMULA”; ou

II – “NOVA COMPOSIÇÃO”

Além disso, neste documento estão dispostas informações quanto aos critérios gráficos que devem ser respeitados na apresentação da embalagem.

Essa Instrução Normativa entrou em vigor no dia 1º de setembro de 2021 e o não cumprimento das normas constitui como infração sanitária, estando sujeito a penalidades. 

Agora que já sabemos mais um pouco sobre formulações cosméticas e suas normas perante a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, discutiremos mais sobre quando mudá-la, bem como sua importância. 

PRINCIPAIS TENDÊNCIAS NO RAMO DE COSMÉTICOS

A pandemia e o consequente isolamento social impulsionou a adoção de novos hábitos pela população, como o de realizar compras online, inclusive de produtos para cuidados com a pele e cabelo. Existe uma maior conscientização dos consumidores em relação à procedência e formulações dos cosméticos, havendo uma maior procura por aqueles mais sustentáveis e com ingredientes naturais. Com isso, os fabricantes têm apostado em se adequar às demandas do mercado e nas modalidades de waterless beauty e clean beauty

Waterless beauty

De acordo com o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos 2021, o consumo global de água doce aumentou seis vezes durante os últimos cem anos e a indústria é responsável pelo consumo de 20% desse valor. Nesse contexto, a waterless beauty é uma modalidade de formulações sem água, dando preferência para produtos com texturas sólidas e óleos naturais, aliada nesse desafio de poupar água. 

Além da economia de recurso hídrico, essa categoria apresenta outras vantagens como: 

  • Dispensação de embalagens de plástico, optando por papéis recicláveis ou biodegradáveis; 
  • Produtos de formulações anidras (sem água) são mais suaves e com menor risco de possíveis reações alérgicas; 
  • Mais praticidade no transporte de cosméticos sólidos, uma vez que o mesmo não tem o risco de vazar; 
  • Maior durabilidade do produto.

Outros ingredientes podem substituir a água nas fórmulas como extrato de mel, óleo de jojoba, óleo de semente de camélia, óleo de caroço de damasco, e muitos outros. 

Clean beauty

Clean beauty, é traduzido como “beleza limpa” para o Português, e para um produto se encaixar nessa categoria, o mesmo não pode conter ativos que causem malefícios para a pele, como irritações cutâneas ou alterações hormonais, ou que prejudiquem o meio ambiente.

“Esse movimento também preza pela transparência das marcas ao descrever os ativos que compõem um produto. Isso não quer dizer apenas listar todos os ingredientes que fazem parte da formulação com nomes técnicos, mas também não enganar o consumidor com termos genéricos, como ‘fragrância’, para ocultar certos ingredientes ou com promessas falsas que o produto não é capaz de cumprir”, ressalta a dermatologista Dra. Claudia.

É nessa vertente de beleza limpa que surgem os denominados cosméticos naturais. Para se encaixar nessa categoria, é preciso que os ingredientes utilizados possuam ingredientes que tenham processos físicos e químicos autorizados. Além disso, existem outros requisitos que precisam ser cumpridos como embalagem reciclável e a proibição da utilização de fragrâncias e corantes sintéticos, bem como a proibição de realização de testes em animais (somente são liberados ingredientes que não geram dor ou sofrimento para a extração dos animais, como leite e mel). Nas fórmulas de cosméticos naturais é frequente encontrarmos:

  • Extratos vegetais;
  • Óleos vegetais;
  • Óleos essenciais;
  • Manteigas vegetais;
  • Corantes e pigmentos naturais.

 

QUAL É O MOMENTO DE MUDAR A FÓRMULA?

Alguns fatores são determinantes na decisão de mudar a formulação de um cosmético, são eles:

  • Quando o produto está causando irritações cutâneas como acne, ardência, vermelhidão ou coceira;
  • Quando determinado componente sofre alta no preço de mercado, é possível substituí-lo por um mais barato, sem que a qualidade do produto seja prejudicada; 
  • Necessidade de se adequar às novas tendências do mercado, sejam nas modalidades de formulações ou nos princípios ativos em alta do momento.

Dessa forma, o fabricante estará sempre atualizado sobre as demandas do mercado, aumentando suas vendas e estando a par da concorrência. Assim, é possível gerar uma maior credibilidade para o produto e fazer com que os clientes fiquem ainda mais satisfeitos. 

 

ESTÁ INTERESSADO EM MUDAR A FÓRMULA DE SEU COSMÉTICO, MAS NÃO SABE COMO?

Nós podemos te ajudar! A Ecofarma Jr. é especialista em cosméticos e fornece serviços de desenvolvimento  de formulação, realizando testes laboratoriais e prestando uma consultoria individual e personalizada. Entre em contato conosco para saber mais!

Blogs sobre a área de cosméticos que podem ser interessantes para você:

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É possível evitar testes de cosméticos em animais?

O Projeto Genoma, responsável por decifrar o código genético de diferentes organismos pelo mundo todo, apresentou a todos a notícia de que homens e ratos compartilham um número extraordinário de genes. A diferença entre ratos e homens está contida em apenas 300 genes. Nunca se pensaria que os humanos estivessem tão perto de um animal que é tratado de uma forma assustadoramente desumana na indústria de cosméticos.

A PETA – People for the Ethical Treatment of Animals – que é uma organização não governamental com a missão de lutar pelos direitos dos animais levando informação e financiando pesquisas na área, relatou que mais de 100 milhões de animais são mantidos no mundo inteiro para serem usados em algum tipo de teste ou demonstração. Certifica-se de que os animais são usados desde o século XX para esses fins.

A discussão sobre a ética de usar ou não animais para testes engloba diversas áreas, a economia, a política e a ciência principalmente. Levando em conta esses e outros pontos importantes, dois cientistas ingleses, Rex Burch e William Russell, realizaram um estudo sobre o tema em 1959. De acordo com o estudo feito, as normas estabelecidas pelos cientistas, que seriam os pilares para melhorar e um dia resolver o problema com a experiência em animais, era proposta pelos “três Rs da experimentação animal”, do inglês Replacement, Reduction and Refinement, que traduzem para Substituição, Redução e Refinamento.

A Substituição tornaria obsoleto o uso de animais porque seria criterioso para apontar outros modos para a realização dos testes. A Redução seria representada por métodos que diminuiriam a quantidade de animais necessária para fazer os experimentos, fazendo o teste em um número menor de animais ou aumentando o número de dados conseguidos por meio do uso de um grupo menor. O Refinamento é o aperfeiçoamento pensado para tornar a situação das cobaias a melhor possível, desde onde elas são criadas até os testes que serão feitos, formas de amenizar a dor e danos permanentes.

As tentativas de conscientização atuais

Em 2012, uma ativista pelos direitos dos animais chamada Jacqueline Traide, de 24 anos, foi o rosto de um protesto feito nas ruas de Londres. Jacqueline ficou exibida na vitrine de uma das lojas da Lush Cosméticos, uma das organizações parceiras no protesto, em uma das ruas mais movimentadas da cidade. Durante a exibição, que teve a duração de 10 horas, a jovem moça foi torturada de jeitos parecidos com que os animais são torturados a fim de que os experimentos sejam feitos.

O seu cabelo foi raspado, foi forçada a se alimentar com a boca imobilizada, produtos irritantes foram colocados em seus olhos e foi injetada com diversas agulhas. Essa cena chocante teve o objetivo de conscientizar as pessoas que passavam e fazer com que elas fossem obrigadas a presenciar os horrores que ficam escondidos dentro de laboratórios de cosméticos.

No início do ano de 2021, em abril, foi divulgado um curta metragem no Youtube chamado Save Ralph (Salve o Ralph, em português) no canal da The Humane Society. O curta é uma entrevista sobre a história de Ralph, um coelho que “trabalha” em um laboratório de testes, onde ele conta sobre o que ele faz e todos os seus problemas por causa dos experimentos. A repercussão do vídeo foi inesperada 

pelo mundo todo, e #SaveRalph foi usada para levar a conscientização desse problema a outras pessoas; no Brasil foi lançada uma dublagem para que mais pessoas fossem informadas.

Fonte da imagem: Cine POP

 

A Legislação Brasileira

O Brasil não conta com nenhuma lei federal que proíba por completo o teste em animais no país. Oito estados possuem leis próprias que bloqueiam os experimentos na indústria de cosméticos: Amazonas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Apesar de terem conseguido colocar um certo limite por meio dessas leis, esses estados são frequentemente atacados judicialmente por empresas do ramo tentando descredibilizar as normas e burlar a lei.

O país apresenta alguns projetos de lei com a finalidade de conscientizar a população. O Projeto de Lei 2470/2011, do deputado Ricardo Izar, pretende regulamentar que o fabricante terá o dever de informar se animais vivos foram usados no desenvolvimento de algum cosmético. Célio Studart é responsável pelo PL 948/2019, que proíbe o uso de animais para testes de produtos cosméticos, perfumes, limpeza e higiene pessoal. Este deputado também é autor do PL 2560/2019 que daria aos produtos o selo “Livre de Crueldade”.

Segundo a Forbes em 2020, o Brasil é o quarto país do mundo que mais lucra e produz na área de produtos de beleza, e esse lucro só cresce com o passar dos anos. Sabendo disso, é possível compreender a razão pela qual os produtores não escolhem, por si próprios, mudar o jeito com que fazem as coisas. Pois a moda antiga ainda funciona e a mudança não é obrigatória.

Apesar disso, existem diversos métodos alternativos ao teste em animais reconhecidos pelo Concea (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal), e aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que podem ser utilizados para registrar cosméticos no país. E caso existam dois métodos, um com animal vivo e outro sem animal, é obrigatório o uso do último.

 

Métodos substitutos 

Assim, para que seja possível evitar o teste de cosméticos em animais é necessário que esta troca esteja beneficiando todas as partes envolvidas nesse mercado gigantesco.

O primeiro ponto a ser analisado é o gasto dos dois tipos de testes, com e sem animais. Os testes com cobaias podem ser mais caros por causa de todos os custos exigidos para assegurar e manipular a cobaia.

Um outro ponto seria o fato de que os testes em animais nem sempre traduzem o que aconteceria com um humano. A aspirina, por exemplo, é tóxica para animais, porém serve para tratar diversos sintomas nos humanos, e é bem recebida pelo organismo quando usada na dose certa. Pelo contrário, a Talidomida era um medicamento utilizado nos anos 50 para tratar enjoos de gravidas, e posteriormente descobriu-se que ela causava má formação nos fetos. 

 

Na época que Burch e Russell lançaram os “três Rs da experimentação animal” os testes substitutivos eram feitos em plantas e microrganismos, mas hoje o avanço tecnológico permite que tudo vá mais longe e melhor:

  • Em 2013, Martin Karplus, Michael Levitt e Arieh Warshel receberam o Nobel de Química em razão de uma pesquisa que realizaram onde sistemas de computadores são capazes de prever reações químicas. Dessa forma, é possível antecipar a reação que alguma droga ou produto poderia dar em seres humanos;
  • Culturas de células in vitro são usadas para a manipulação de algum reagente que possa causar irritação na pele;
  • A impressão 3D é uma outra alternativa. A bioimpressão de pele artificial a partir de células e tecidos retirados em cirurgias, com o consenso do paciente. Essa nova pele é completa, com os mesmos tecidos e camadas do que a pele normal. Um exemplo de empresa que já usa esse método é o Grupo Boticário;
  • Ovos galados podem ser usados para verificar a toxicidade para os olhos de alguns produtos ao serem colocados em contato com a membrana, porque quando observa-se hemorragia significa que esse produto é tóxico. 

 

Portanto, além de ser possível evitar os experimentos de cosméticos em animais porque as inovações já foram inventadas para esse propósito, essa nova era de tecnologia e mudança faz com que os laboratórios se adaptem. Assim serão criadas novas matérias primas e novas formas de realizar testes. Então o futuro do mercado de cosméticos é ainda maior do que o que se vê hoje.

Muitos produtos possuem a logo do movimento “cruelty free” ou tem escrito “não testado em animais” para mostrar que essas empresas aderem ao movimento. A PEA, ou Projeto Esperança Animal, é um site nacional, criado por Gabriela Toledo, que agrupa uma lista de todas as empresas nacionais que não usam seus produtos em animais.

Para que todo o mercado saia da zona de conforto, é preciso que os indivíduos exijam de suas marcas preferidas um posicionamento e um plano para mudar o jeito como as coisas são feitas. O bem feito aos animais também é um bem feito para a sociedade.

 

Como a Ecofarma Jr. pode te ajudar:

Somos especialistas em auxiliar empresas do ramo de cosméticos, principalmente com o desenvolvimento de formulação onde não fazemos nenhum tipo de teste em animais. Além disso também fazemos pesquisa de mercado para terceirização, englobando especificidades de acordo com a necessidade do cliente, caso seja seu desejo tercerizar sua produção em uma empresa que não realiza testes em animais, nós conseguimos te auxiliar no processo da busca dela. Entre em contato para saber mais.

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Análise de água – saiba a importância para a produção de bebidas.

Já imaginou  sua cervejaria ter os  produtos “barrados” para comercialização, pois foi identificado contaminação na água que você utiliza na produção de suas bebidas?

Ou ainda pior, esse produto ser comercializado com essas contaminações e trazer como resultado o adoecimento de seus clientes? Isso iria acabar com a credibilidade da sua empresa e sem contar com o prejuízo financeiro que iria causar em seu caixa

 

 

Outros exemplos de alterações que podem ser identificadas no produto final por consequência da ausência da análise adequada de água é a alteração do sabor da bebida, aroma e até mesmo aspectos de textura. Por isso, aquele antigo ditado se encaixa tão bem nessa temática, “é melhor prevenir do que remediar” com a análise prévia da água é possível evitar futuras complicações.

COLETA DA AMOSTRA

A coleta da água deve ser efetuada com recipientes estéreis, com vedação impossibilitando vazamentos, o material do recipiente deve ser previamente aprovado para poder ter contato com a água. A amostra coletada deve ser refrigerada e entregue à empresa responsável pela análise em até 24 horas, para um melhor resultado da amostra.

ANÁLISE DE ÁGUA

Com o investimento em análise de água é testado a presença de microrganismos patogênicos e propriedades físico-químicas que possam tornar essa água não própria para o prolação. Desta forma, evitando possíveis complicações no futuro em decorrência de contaminação. 

ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS

Passar por diferentes teste para determinar, amônia, CO2 livre, sódio, magnésio, ferro, alumínio, bicarbonato, cloreto, cálcio, nitratos, nitritos, sílica, sabor, odor, alcalinidade, sólidos totais, dissolvidos, pH, turbidez e cor.

ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS

Nesse momento da análise por meio do método profundidade será realizando a contagem de bactérias heterotróficas presentes na amostra. Visando principalmente a presença de microrganismos patogênicos como bactérias e bacilos.

PROCESSO DE PRODUÇÃO

O processo de produção de bebidas é bem complexo  e passa por diversas etapas, tais etapas são codependentes, ou seja, uma etapa depende da boa execução da etapa anterior, pois qualquer inadequação em um dos processo vai acarretar num resultado não comercial. Uma vez que, a qualidade dos ingredientes afetam diretamente o produto final obtido. Como a água representa 90% da composição de bebidas como a cerveja, fica ainda mais nítido a importância da água preenchendo os requisitos de potabilidade para que assim possa ser empregada na fabricação.

Para exemplificar melhor o processo de produção, a cerveja passa por oito etapas. Primeiramente pela malteação, em seguida mosturação, filtração, fervura, resfriamento, fermentação, maturação e por fim pasteurização/ envase. E a ação da água está firmemente envolvida em todos esses processos.

 MERCADO DE CERVEJARIA

Com o passar do tempo o mercado de cervejaria tem crescido muito e a tendência é que continue crescendo cada vez mais. Nesse sentido, só no ano passado, 2020, de acordo com o Anuário da Cerveja 2020 houve um aumento de 14,4% no número de cervejarias registradas no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), totalizando 1383 novos registros. Esse crescimento teve início principalmente no ano de 2019 no qual o número de cervejarias registradas no MAPA teve um aumento de 30% com 1.171, em comparação com 2018 que foram 889 registros.

Em decorrência desse aumento, o próprio governo visualizou uma oportunidade nesse setor para estar movimentando a economia do país, uma vez que o Brasil é o terceiro país do mundo que mais consome cerveja no mundo, perdendo apenas para China e Estados Unidos. Nesse viés, mesmo sendo um grande consumidor, o país importa a maior parte de matéria prima utilizada na fabricação. Com isso o governo começou uma iniciativa para estimular esse mercado.

O MAPA junto ao Ministério da Agricultura Familiar começou um projeto e o Instituto Interamericano de Cooperação e Agricultura (IICA) está trabalhando com a finalidade de promover o cultivo no país da matéria prima. Com todo esse incentivo ao mercado de cervejaria no Brasil e perspectiva de crescimento exponencial fica ainda mais nítido a importância dos fabricantes ficarem atentos com cada processo da fabricação de seu produto, principalmente com a análise de água.

Além de ser uma exigência da Anvisa a regulamentação da água utilizada no processo de fabricação de água, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) também está de olho em todos esses processos. 

NOTÍCIAS

É importante relembrar do caso que aconteceu na capital mineira, Belo Horizonte, em que vários clientes de uma cervejaria famosa ficaram doentes depois de consumir um determinado lote dessa cerveja, totalizando 16 pessoas hospitalizadas e 10 óbitos registrados. Os sobreviventes sofrem com as sequelas da intoxicação até hoje.

Após análises e inspeções feitas pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento foi confirmado que a água utilizada na fabricação da cerveja estava contaminada por substâncias dietilenoglicol  e monoetilenoglicol, substâncias essas que não são permitidas na produção de alimentos.

POR QUE INVESTIR NA ANÁLISE DE ÁGUA?

Além de ser uma exigência legal, podendo acarretar em multa, fechamento do estabelecimento e apreensão de mercadoria e ferramentas, o controle e fiscalização da qualidade da água que é usada na fabricação de bebidas é de extrema importância pois garante maior qualidade ao produto final, pois como já dito esse processo interfere até mesmo no sabor e aroma da bebida. Além disso está diretamente relacionado com a saúde dos clientes que consomem a mercadoria e também dos funcionários da empresa.

As empresas estão buscando cada vez mais o melhor para o seu funcionamento, para que possam ser reconhecidas no mercado. A análise de água também é uma forma de agregar ainda mais valor, credibilidade e confiança à empresa. Desta forma transparecendo seriedade e preocupação com o bem-estar dos clientes e comprometimento com o produto final que é entregue aos consumidores.

FICOU INTERESSADO NESTE SERVIÇO?

É só chamar a Ecofarma Jr.! Somos uma empresa especializada em análise de água para a produção de cervejas. Contamos com um time especializado em desenvolver esse projeto, oferecendo para nossos clientes um serviço personalizado e individual com a cara dos nossos clientes. Além disso, prestamos consultoria com a finalidade de auxiliar você no crescimento da sua empresa. Entre em contato com a gente para saber mais, estamos animados para estar impulsionando ainda mais o crescimento da sua empresa. 

Saiba mais sobe a Ecofarma Jr. 

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Decifrando rótulos cosméticos

O mercado brasileiro de cosméticos vive um momento de grande expansão. Com isso, é de extrema importância que você  entenda e saiba qual  produto melhor te representa em razão das suas necessidades, seus valores, suas crenças e suas expectativas. 

Dito isso, agora eu te pergunto: você sabe reconhecer a importância dos rótulos cosméticos?  Sabe decifrá-los? 

Se a resposta for não, fique tranquilo, vamos hoje embarcar no mundo dos cosméticos para te ajudar a entender tudo que é preciso saber e observar para na hora da compra, realizá-la de maneira certeira. 

Dessa forma, responderemos no decorrer da matéria, dúvidas que poderiam surgir no seu dia a dia, visando o melhor para suas necessidades. Então, vamos conhecer um pouco mais desse assunto? 

O que são cosméticos? 

De acordo com a definição conferida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Cosméticos, Produtos de Higiene e Perfumes são preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, como a pele, sistema capilar , unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e mucosas da vidade oral. Eles possuem o objetivo exclusivo ou principal de limpar, perfumar, alterar sua aparência, corrigir odores corporais, proteger e manter em bom estado as partes do corpo humano.

 

Qual a importância da rotulagem cosmética?

A rotulagem cosmética tem como objetivo estabelecer as informações que são indispensáveis relacionadas tanto à utilização, quanto à indicação desses produtos, sendo também o meio pelo qual ocorre a comunicação entre os produtos e os consumidores. Por isso, elas reduzem a probabilidade de ocorrência de problemas relacionados a reações  alérgicas, processos inflamatórios e  intoxicações. 

Além disso, os rótulos fornecem uma maior credibilidade ao produto, pois é sabido a partir dele que a empresa segue as regulamentações da Anvisa, órgão regulamentador, gerando segurança na compra e confiabilidade na marca e/ou na empresa. 

Ademais, é necessário também citar que a rotulagem aumenta a fidelização dos consumidores e a expansão da marca e/ou empresa.  

 

O que os rótulos precisam apresentar?

Segundo a RDC 07/2015 e a RDC 432/2020 da Anvisa, as informações obrigatórias  que os rótulos cosméticos devem conter são: 

  • Nome do produto e, se necessário, seu grupo pertencente (classificação e função);
  • Marca; 
  • Número de registro do produto (número do processo que autoriza fabricação perante a ANVISA);
  • Número de lote ou partida (dia e horário da fabricação);
  • Prazo de validade;
  • Conteúdo (g/ml do produto);
  • País de origem;
  • Nome do Fabricante ou Importador ou Titular;
  • Localização do Fabricante ou Importador (endereço,  CNPJ e AFE);
  • Modo uso;
  • Restrições de uso;
  • Rotulagem Específica, caso o cosmético em questão seja grau 2 (aqueles que suas características fornecem um maior risco);
  • Ingredientes ou Composição (em ordem decrescente de concentração e de acordo com a nomenclatura INCI Name e a Denominação Comum Brasileira, isto é, a composição química brasileira).

Se atente a esses pontos na hora de escolher o seu produto, é de suma importância! 

Quais os principais selos e certificados encontrados nos cosméticos? 

Partindo das mudanças no perfil dos consumidores nos últimos tempos e o observando a tendência por produtos mais naturais, sejam por motivos de saúde ou por questões ambientais, foram criados selos e certificados por parte de algumas organizações com o objetivo de assegurar ao consumidor, na hora da compra, que o produto, de fato, apresenta características interligadas com a sustentabilidade. 

Assim sendo, trouxemos para você, querido leitor, alguns dos diversos selos e certificados possíveis de serem encontrados nas prateleiras destinadas aos cosméticos. 

Cada selo apresenta uma especificidade diferente. Por isso,  iremos classificá-los abaixo para uma melhor compreensão: 

  1. Validade após-aberto: além do prazo de validade do produto fechado, ele também tem um prazo após sua abertura. Atente-se a esse detalhe, é importante!
  2. Reciclável: selo responsável por demonstrar que a empresa em questão se preocupa com a reciclagem e o destino das embalagens produzidas;
  3. Cruelty free: significa dizer que o produto não é testado em animais; 
  4. Orgânico: significa que o cosmético possui, no mínimo, 95% de suas matérias primas orgânicas; 
  5. Vegano: indica que na composição do produto não há ingredientes de origem animal; 
  6. Selo SVB: selo da Sociedade Vegetariana Brasileira, garante que o cosmético é vegano e cruelty free;
  7. Fairtrade: indica que o cosmético tem toda a sua produção baseada nos princípios sociais, ambientais e econômicos, tornando um comércio justo e respeitoso.

Saiba mais no blog: Selos de certificação cosmética

Aplicativos que poderão te auxiliar a decifrar os rótulos: 

Devido ao avanço da tecnologia, no contexto atual, é possível utilizar aplicativos que apresentam como função auxiliar na leitura de rótulos, mais especificamente, na compreensão dos componentes dos produtos de forma rápida e clara. Nesse sentido, iremos pontuar, logo abaixo, alguns desses programas de ferramentas. 

      1) Ingred: aplicativo responsável por entregar informações sobre os componentes que estão nos rótulos dos cosméticos, com base em sites que são referência no assunto, como:

  •  Red Ecoestética;
  • Odile Fernandez;
  • Estrela da neve;
  • Ecolisma;
  • Natural sensia, entre outros.

Com ele, você tira uma foto do rótulo e ele irá fazer a pesquisa em um banco de dados, e fornecendo uma avaliação que pode ser:

  • verde, que significa dizer que os ingredientes são bons;
  • laranja, que significa dizer que os ingredientes possuem alguma probabilidade maior de gerar alergia;
  • vermelho, que significa que é alta a probabilidade do ingrediente ser tóxico e/ou nocivo.  

      2) Desrolutando: aplicativo que mostra avaliações e tabelas dos produtos em geral, facilitando o entendimento dos rótulos, inclusive dos cosméticos.

      3) Dirty-Shop Clean: aplicativo que apresenta os ingredientes potencialmente tóxicos dos cosméticos.  

Como a Ecofarma Jr. pode te ajudar?

Caro leitor, esperamos que após a leitura dessa matéria, você esteja confiante para se aventurar nas diversas possibilidades que o universo dos cosméticos nos possibilitam! Mas, caso tenha ficado alguma dúvida sobre o assunto ou se você é produtor de cosméticos e não sabe por onde começar para realizar a rotulagem de acordo com a legislação vigente, entre em contato conosco, por meio de nossas redes sociais. Nós, da Ecofarma Jr., podemos te ajudar! Estamos disponíveis para melhor te atender. 

 

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Descubra como reduzir desperdícios em seu restaurante.

Você sabe como reduzir desperdícios em seu restaurante, aumentar as vendas e além disso garantir a satisfação dos seus clientes?

A resposta de todas essas perguntas está em um documento essencial para o crescimento, chamado de ficha técnica. Mas antes de darmos continuidade, você sabe o que é ficha técnica de alimentos e porque ela é essencial para a administração de restaurantes e Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN)? Se a sua resposta for não, essa publicação é perfeita para você! 

A ficha técnica é um documento importante em todos os ramos alimentícios, uma vez que no mercado global atual existe uma grande preocupação com a educação alimentar e nutricional. Desse modo, ela se torna uma grande aliada na melhora da qualidade do processo de produção de refeições coletivas, assim como na promoção à saúde.

Dessa forma, esse documento que evita prejuízos está muito atrelado ao sucesso do estabelecimento, já que nele é possível detalhar todos os ingredientes utilizados nas receitas, assim como os seus custos, possibilitando então um maior controle acerca dos gastos de produção. É importante ressaltar que esse documento não contém o modo de preparo dos produtos, obtém apenas as informações objetivas e técnicas. 

Sendo assim, listamos 8 motivos para você aderir a ficha técnica em seu estabelecimento. 

1° Redução de desperdício

Todo o processo de execução do prato é padronizado e descrito nas Fichas Técnicas, evitando assim, os desperdícios de matérias primas.

2° Dinamiza o trabalho da equipe da cozinha

Através das fichas os funcionários terão conhecimento acerca dos ingredientes utilizados em cada prato e saberão responder se forem questionados pelos clientes. 

 3° Facilita a preparação dos pratos

Cada pedido será elaborado de acordo com a ficha técnica, podendo ser consultado em caso de dúvidas da quantidade de matéria utilizada.

 4° Auxilia no controle dos desvios e na precificação do produto final

As quantidades utilizadas em cada prato são bem definidas, dificultando desvios. Além disso, também pode ajudar na precificação, já que contém todos os custos do processo dos pratos. 

 5° Facilita o trabalho do setor de compras

Os funcionários responsáveis pelas compras e abastecimentos, saberão exatamente o que está sendo mais utilizado na rede, assim como o custo de cada material, podendo então pesquisar antecipadamente fornecedores com um custo menor. 

6° Permite o bom treinamento de novos cozinheiros:

A ficha técnica auxilia os novos funcionários no conhecimento sobre os processos utilizados na gestão do estabelecimento, melhorando o seu desempenho seguindo a padronização. 

7° Garante ao cliente qualidade, quantidade e segurança, além de fidelizá-lo

Com a padronização dos processos, o cliente sempre terá um prato com o mesmo sabor, apresentação e quantidade, mantendo assim a qualidade do produto e sabendo sobre determinados ingredientes caso tenha alergias.

8° Otimiza a engenharia dos cardápios

A engenharia de cardápios é uma técnica que visa valorizar os itens mais rentáveis no menu, aumentando sua saída. Ao listar os custos e os preços de venda, a ficha técnica permite que você identifique quais são esses pratos que devem ser destacados.

 

Existem dois tipos principais de fichas técnicas, sendo:

Ficha técnica operacional:

  • A mais comum nas redes de alimentação;
  • Detalha todo o processo operacional dos produtos oferecidos pelo estabelecimento.;
  • Contém as unidades de medida utilizadas em cada produto, os ingredientes e o modo de preparo de forma bem detalhada;
  • Específica cada etapa do processo de produção dos produtos presentes no cardápio, evitando falhas operacionais que resultam na perda de qualidade do produto e na insatisfação do cliente;
  • Garante a uniformidade das receitas;
  • Utilizadas normalmente pelos executores do serviço, chefes de cozinha, cozinheiros e auxiliares.

Ficha técnica gerencial:  

  • Voltada para a gestão do negócio;
  • Especifica os custos de cada produto do cardápio, ou seja, contém os preços de todos os recursos financeiros envolvidos na produção desses produtos;
  • Essencial para manter uma boa gestão acerca dos custos do estabelecimento;
  • Direcionada mais aos gestores e donos do serviço.

Onde pode utilizar a ficha técnica?

Principalmente bares, restaurantes, lanchonetes, confeitarias, padarias, dentre outros setores do ramo alimentício que buscam o crescimento do negócio e uma melhora na qualidade dos produtos.

E como usar as Fichas Técnicas?

Cada preparo na cozinha deve ter sua própria ficha técnica, sejam entradas, acompanhamentos, prato principal, sobremesas, bebidas entre outros. Muitas empresas como confeitarias utilizam a ficha técnica de modo a padronizar o produto, aumentar as vendas e diminuir gastos. As fichas técnicas devem conter informações como quantidade, rendimento, nome do produto,  dentre outras especificações 

Contudo, para ter excelência na produção dos pratos e sucesso nas vendas, é imprescindível o uso das fichas técnicas no seu estabelecimento alimentício, lembrando que deve ser feita de modo específico para cada produto. 

Como a Ecofarma Jr. pode te ajudar?

A Ecofarma Jr. está há mais de 15 anos prestando todo o suporte necessário para a adequação de estabelecimentos alimentícios aos padrões de segurança alimentar exigidos por lei, tendo em seu domínio a produção de fichas técnicas personalizadas para cada estabelecimento. Estamos disponíveis e animados para te atender! Entre em contato conosco. 

Saiba mais sobre como reduzir custos, desperdícios e padronizar os seus produtos.

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Quais parâmetros são analisados para definir a potabilidade da água?

Já é de “praxe” dizer que a água de qualidade é de extrema necessidade para a vida e produção de alimentos.  Mas e aí, você sabe quais parâmetros fazem com que a água seja considerada potável?

Em uma rápida pesquisa pela internet é possível encontrar que água potável é aquela que está apta para o consumo humano, sem contaminação para não oferecer risco de doenças e que esteja dentro do que é estabelecido pelo Ministério da Saúde (MS). Veja que o conceito de potabilidade está além da ideia comum relacionada aos parâmetros visuais e sensoriais da água, ou seja, se está incolor, insípida e inodora. Porém, há situações que mesmo correspondendo a esses fatores, podem causar sérios danos à saúde humana.

Imaginemos uma possibilidadeUm final de semana na praia com amigos e como não conhecem os restaurantes locais decidem dar uma volta pela cidade a procura de uma lanchonete bacana para satisfazer a fome do dia inteiro na praia, só que, após mais ou menos 12 horas aparece sintomas de diarreia em toda galera. Que situação!

Agora, pensaremos como proprietários do estabelecimento: E se por ver a gravidade dos sintomas, esses amigos decidiram denunciar a lanchonete para a Vigilância Sanitária? Após a inspeção o restaurante pode ser autuado, o que pode levar a interdição do local de trabalho, apreensão de produtos e equipamentos e até multas!

O que as pesquisas mostram sobre doenças hídricas e alimentares no Brasil?

Infelizmente no Brasil isso não é incomum, as doenças de transmissão hídrica e alimentar (DTHA) são casos de internações e mortalidade em todo mundo e em nosso país. Os agentes etiológicos, nome dado para vírus, parasitos, bactérias e suas toxinas, relacionados a DTHA, levaram a gastos maiores de R$ 210 milhões em 2010. Em dados mais recentes, essa história não é diferente, em 2017 para cada 10 mil habitantes 12,46 foram internados por essas doenças custando cerca de R$ 99 milhões em despesas.

Por isso, todos devem dar a devida importância aos parâmetros de potabilidade da água. No ano de 2017, foram estabelecidos na Portaria de Consolidação n° 05, anexo XX, os mais de 90 parâmetros de controle e de vigilância, sob os critérios físicos, químicos e biológicos, sendo:

  • Testes físicos, indicados pelas propriedades detectadas através dos sentidos, como a cor, odor, sabor, entre outras;
  • Já os testes químicos são determinados pelas quantidades de substâncias minerais e orgânicas que afetam a qualidade da água;
  • E os testes microbiológicos são aqueles que mostram a presença de bactérias e outros microrganismos prejudiciais para a saúde humana.

Vejamos a seguir os principais ensaios mínimos para serem executados: 

Potencial hidrogeniônico (pH): mede a concentração de íons H+, indica se a água está ácida (pH baixo), neutra (pH = 7,0) ou alcalina (pH alto).

Cor aparente: como naturalmente a água é transparente, a presença da cor é sinal de que está com uma quantidade alta de alguma substância, como ferro ou manganês, algas ou introdução de esgotos industriais e domésticos, entre outros.

Turbidez: mede a propriedade óptica de absorção e reflexão da luz, de maneira geral. Mede a transparência da água de acordo com a presença de materiais sólidos flutuando como argila, organismos microscópicos, entre outras partículas.

Cloro livre: a presença indica que possivelmente essa água passou por algum tratamento de desinfecção.

Sólidos totais dissolvidos: avalia a quantidade de material dissolvido na água (orgânicos e inorgânicos), afeta negativamente a palatabilidade.

Microrganismos presentes: importante parâmetro o qual analisa quais microrganismos estão presentes na amostra e a quantidade. Por isso, alguns testes importantes são: a contagem das bactérias totais; coliformes totais, presença de E. coli e, coliformes termorresistentes.

Tabela 1 – Especificação de potabilidade

Ensaio Especificação
pH 6,0 – 9,5 (recomendação)
Cor aparente No máximo 15,0 UH
Turbidez No máximo 5,0 UT
Cloro residual livre No mínimo 0,2 ppm (obrigatório)

No máximo 2,0 ppm (recomendado)

Sólidos totais dissolvidos Máximo 1000 ppm
Contagem total de bactérias Máximo 500 UFC
Coliformes totais Ausência em 100 mL
Presença de E. coli Ausência em 100 mL
Coliformes termorresistentes Ausência em 100 mL

Referência: [ADAPTADO] Júnior e Miguel ([20–])

Como são definidos os padrões de qualidade da água:

Em função do seu uso, é possível saber os teores máximos de impurezas permitidos na água. Por isso, os padrões de potabilidade da água destinada para abastecimento humano são diferentes das águas para fins de recreação de contato primário, para irrigação ou destinada ao uso industrial.

E é importante destacar que mesmo para indústrias, existem alguns requisitos variáveis da qualidade da água, dependendo de qual processo ela irá passar. Nos mananciais, uma forma de definir a qualidade da água é dividir em classes de acordo com o uso proposto e estabelecendo critérios e condições que serão atendidos.

É importante ressaltar que a água, quando está em condições inadequadas de potabilidade, pode causar doenças ao ser humano, como cólera e leptospirose. Sendo assim, é de suma importância que a análise de água seja realizada semestralmente. É importante salientar também que para uma amostra de água ser considerada potável, é preciso que todos os parâmetros analisados estejam adequados.

Quer saber como a Ecofarma Jr. pode te ajudar?

Nós da Ecofarma Jr. em nosso relacionamento com a comunidade prezamos pelo cumprimento das leis e das regulamentações legais vigentes e ofertamos o serviço de análise da qualidade da água. Sempre de modo transparente, com qualidade e personalizado para cada empresa. Se você estiver com alguma dúvida em relação a análise de água ou tem interessse em realizá-la, nós podemos te ajudar! Entre em contato conosco pelo site ou pelas nossas redes sociais.