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Água: seus diferentes usos na produção do seu cosmético

Insubstituível e fundamental, essa é a água,  um dos elementos responsáveis pela vida e sua evolução. A água constitui 70% do nosso peso corporal e é o recurso natural mais utilizado no mundo, ela é essencial para realizar uma grande quantidade de atividade cruciais para a vida humana na terra, é usada na agricultura, na produção de alimento, no consumo, assim como na limpeza, higiene, no preparo de alimentos, e nas indústrias, para fabricação de variados produtos. Portanto, dentro da área dos cosméticos sua utilização é muito importante , pois a água está presente na produção de muitos deles. 

Esse nosso bem precioso é a principal matéria prima na elaboração dos cosméticos, em alguns produtos ela pode apresentar até 90% da sua composição total. A água exerce mais de uma função nas soluções cosméticas, ela é capaz de hidratar, limpar, reduzir toxicidade e até permitir a melhor ação dos ativos presente na formulação e maior eficácia do composto final. O líquido vital em pauta    desempenha o papel de solvente na constituição nas soluções, uma vez que permite que as substâncias estejam aptas para entrar em contato direto com a pele sem causar danos à ela, por isso está presente em grande quantidade na maioria dos cremes, géis, loções, entre outros numerosos itens de beleza. Além disso, a água também é responsável pela a emulsão de cremes, formando os emolientes que são formulações semissólidas, viscosas e monofásicas, possuindo combinações de água, óleos e gorduras destinadas a hidratar a pele e restaurar a oleosidade perdida devido ao ressecamento. Por fim, a água também contribui para a manutenção da validade do volume final.

Qual a importância da água bem tratada para seu cosmético?

Como vimos acima, a água não é significativa apenas para a sobrevivência dos seres vivos, ela desempenha muitos papéis importantes para a formação de um cosmético eficaz e de qualidade. Portanto, a escolha do líquido ideal para determinado produto é de extrema relevância para a garantia de sua efetividade. Tendo em vista que a água é um ótimo  meio para solubilizar, absorver, adsorver ou suspender compostos, por esse mesmo motivo ela também pode carregar contaminantes e substâncias indesejáveis, as quais poderão alterar a pureza de um produto e causar risco a saúde do usuário.  

Esse fluido vital pode conter adversidades microbiológicas, químicas ou físico-químicas, levando em conta os inúmeros materiais dissolvidos na água, são eles a dureza, os sulfatos, os cloretos, o ferro, o oxigênio dissolvido, a sílica solúvel ou reativa, os quais interferem na qualidade da água. Tais itens são monitorados por meio de regulamentação pública, realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), para que se obtenha os parâmetros adequados, a fim de manter seus interferentes no limite aceitável e sem possíveis incompatibilidades. 

Para isso, antes de adicioná-la a solução, a água passa por processos de tratamento como a desmineralização, em que ocorre a remoção praticamente total dos íons presentes na água e de redução de sua condutividade; a coagulação, que consiste na desestabilização das partículas em suspensão e coloidais realizada pela conjunção de ações físicas OH e reações químicas; a decantação, neste processo ocorre a remoção das partículas em suspensão mais densas do que a água; a filtração, ocorre a retenção de impurezas ou substâncias suspensas na água, realizada por meio de filtros de areia, carvão ativo e cascalho; e a cloração que é a adição de cloro na água, com o objetivo de esterilizá-la e torná-la potável. 

Mesmo diante desse processo complexo de cuidado com a principal matéria prima dos cosméticos, ela continua sendo a maior fonte de contaminação, principalmente por causa da formação de biofilmes (deposição e adesão de microrganismos) em dutos, tubulações e reservatórios. Dessa forma, é feito o monitoramento constante desta substância por meio medições, por exemplo, são usados medidores de pH e condutivímetros, além da limpeza frequente dos equipamentos e, de linhas de água e de processo.

Qual água eu devo usar?

Além do cuidado com o preparo da água, a escolha dela para a criação do seu produto é essencial para atingir o resultado desejado, ela pode ser filtrada, destilada, deionizada, termal ou ultrapura. 

  • Água filtrada: É a água distribuída pela rede pública que geralmente, provém de rios, represas ou lagos, que passa por tratamento com produtos químicos para remover as impurezas presentes até se tornar potável e sem riscos para a saúde. Ao chegar nas nossas casas e ao passar por um dispositivo filtrante é considerada água filtrada. Podendo ser utilizadas em algumas formulações. 
  •  Água destilada: ela também é distribuída pela rede pública, passa por um processo denominado destilação, em que os componentes da água são separados com base nos seus diferentes pontos de ebulição. É uma água com alto grau de pureza, isenta de minerais e íons. Muito indicada para a utilização em formulações cosméticas. 
  • Água deionizada: Provém da rede pública, passa por um processo de remoção de íons catiônicos e aniônicos através de um sistema de resinas trocadoras de íons. Possui baixos valores de minerais e íons. A remoção de íons presentes nela promove melhora da qualidade do produto aplicado sobre a pele. 
  • Água ultrapura: a água passa por um sistema de abrandamento com resinas trocadoras, substituindo o cálcio e o magnésio dissolvidos na água por íons de sódio. Posteriormente, segue para um sistema de osmose reversa, que faz a remoção desses íons, seguindo de um refinamento por uma série de filtros constituídos de resinas catiônicas e aniônicas, um leito de carvão ativado para remoção de contaminantes orgânicos e por fim, por um filtro físico para remoção de particulados. É uma água de extrema pureza, isenta de quaisquer tipos de contaminantes, minerais, íons, substâncias orgânicas ou microrganismos. Também indicada para a utilização em formulações cosméticas. 
  • Água Termal: Água mineral com até 2.000 mg de sais minerais provenientes do solo. Pode-se combinar com extratos vegetais ricos em vitaminas e minerais, além de minerais como potássio e silício que garante ação antioxidante ao cosmético.

Por conseguinte, a escolha da água vai ser de acordo com a usabilidade que você deseja promover ao cliente, se é um cosmético de hidratação, limpeza ou outra função.

Em conclusão, após a leitura da temática acima é possível notar a importância da água no seu produto final, por isso a qualidade desse fluido  deve ser bem analisada constantemente, para propiciar maior sucesso do seu cosmético no mercado e se manter dentro das regulamentações previstas pela ANVISA.

Nós da Ecofarma, somos uma Empresa Júnior da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), atuamos no mercado há mais de 15 anos, somos especialistas na área de cosméticos e estamos prontos para ajudar seu negócio a alcançar destaque nesse setor. Nosso time pode ajudar você a melhorar a qualidade de seus produtos através dos nossos projetos de desenvolvimento e melhoramento de formulação , venha conhecê-los!

 

 

 

 

Referências

AMARAL, CHRISTIAN RONYERY SILVA MENDES; BORTOCAN, RENATO. Influência da água na produção de cosméticos. 2020.

COMO A ÁGUA PODE INTERFERIR NO MEU PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE COSMÉTICOS?. Permution, 2019. Disponível em: <https://www.permution.com.br/pt-br/blog/como-a-agua-pode-interferir-no-meu-processo-de-fabricacao-de-cosmeticos>.   Acesso em: 27 de março de 2022.

GONÇALVES, SEBASTIÃO D. Água para Cosméticos (Série Fundamentos da Cosmetologia), 2014. Disponível em: <https://www.cosmeticsonline.com.br/artigo/53>.  Acesso em: 27 de março de 2022.

PARA QUE SERVE A ÁGUA NA COSMÉTICA. Women’s Health,2018. Disponível em: <https://www.womenshealth.pt/serve-agua-na-cosmetica/beleza/23712/>. Acesso em: 27 de março de 2022.

GONÇALVES, SEBASTIÃO D. Água para Cosméticos (Série Fundamentos da Cosmetologia), 2014. Disponível em: <https://www.cosmeticsonline.com.br/artigo/53>.  Acesso em: 27 de março de 2022.

Essential oil of peppermint in bottle with fresh green peppermint

O uso de óleos essenciais em cosméticos naturais e os seus benefícios.

Os cosméticos são produtos feitos com substâncias naturais e sintéticas ou suas misturas, para uso externo nas diversas partes do corpo humano, com o objetivo de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência, corrigir odores corporais, protegê-los ou mantê-los em bom estado. 

Nos últimos anos, os cosméticos naturais ficaram bastante conhecidos, visto que os consumidores estão se preocupando cada vez mais com o meio ambiente e se os produtos estão sendo testados em animais e com as possíveis reações alérgicas que os cosméticos convencionais podem causar.

Em definição técnica, pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, os cosméticos naturais têm em sua fórmula 5% de matéria-prima certificada como orgânica e podem ser extraídas da agricultura convencional e do extrativismo, já os outros 95% da formulação podem ser compostos por matérias-primas não certificadas, porém permitidas para formulações naturais. Já os cosméticos convencionais apresentam substâncias sintéticas e não se preocupam tanto com o meio ambiente, podendo ser prejudiciais à nossa pele, gerando alergias, irritações e outras complicações.

Ficou interessado em saber mais sobre a importância de conhecer os ingredientes que podem ser usados em cosméticos naturais? Continue a leitura que iremos abordar sobre os óleos essenciais que podem ser incorporados aos cosméticos, estes são bastante benéficos e apresentam diversas funções! 

O que são óleos essenciais e quais são seus benefícios?

De acordo com a RDC 02/2007 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), os óleos essenciais são produtos voláteis de origem vegetal obtidos por processo físico (destilação por arraste com vapor de água, destilação a pressão reduzida ou outro método adequado). Para cada região da planta tem uma maneira correta de realizar a extração, por exemplo, em folhas e ervas utiliza-se a destilação, mas já nas flores essa técnica não é a mais recomendada.

O óleo essencial captura os componentes aromáticos de plantas e ervas. Esses componentes são moléculas orgânicas que estão em estado sólido ou líquido e evaporam quando atingem a temperatura ambiente, é por isso, que quando um frasco de óleo essencial é aberto é possível sentir seu cheiro imediatamente. Cada planta apresenta componente aromático diferente, em função disso, existem vários tipos de óleos essenciais e com funções diferentes.

Alguns benefícios dos óleos essenciais são: atuação como antisséptico, antibacteriano, anti-inflamatório, anti-acne, anti-envelhecimento, ação contra a insônia,ação clareadora, purificação do ar eliminando poluentes e hidratação da pele, entre outros benefícios.

Possíveis reações que os óleos essenciais podem causar e precauções

Os óleos essenciais apresentam diversos benefícios, mas é necessário ter alguns cuidados. Mesmo ele sendo natural, pode causar adversidades, como alergias, irritação, sensibilidade e dermatite de contato (aparecimento de bolhas na pele).

Por ele ser bastante concentrado, deve-se utilizar em pequenas quantidades, para não causar danos à pele e, se possível, consultar um especialista antes de fazer o uso, a fim de saber se é seguro ou não utilizá-lo, principalmente, grávidas, crianças, pessoas que fazem uso de outro medicamento, para saberem quais óleos podem ser utilizados, entre outras precauções para evitar possíveis danos. 

Diferença entre óleo mineral, vegetal e essencial

Óleo mineral: forma uma barreira na superfície da pele, obstruindo os poros e evitando o ressecamento, mas, em contrapartida, impede que a pele absorva nutrientes e piora a respiração cutânea, além de serem derivados do petróleo, o que é prejudicial para o meio ambiente.

Óleo vegetal: são menos prejudiciais para o meio ambiente do que os minerais, são extraídos de plantas e ervas, possuem efeito nutritivo e hidratante e podem ser utilizados para diluir o óleo essencial.

Óleo essencial: extraído de folhas, flores e caule, não é prejudicial para o meio ambiente. É matéria prima para fabricação de cosméticos e possui vários benefícios, podendo ser utilizados como terapêuticos.

Formas de utilizar os óleos essenciais

Existem várias maneiras de se utilizar esses óleos e as principais são: uso tópico, podendo aplicar o produto diretamente na pele, de acordo com as especificações do produto; diluído no banho, na água da banheira ou em sabonetes e também diluído em algum óleo ou creme neutro para massagem, promovendo relaxamento; em difusores e purificadores de ar, misturando o produto com a água do aparelho e, por fim, por meio da ingestão de óleos, estes não podem ser ingeridos puros, podendo ser diluídos em água ou outro líquido.

É muito importante estar atento à quantidade de óleo essencial, fazendo a diluição ou aplicação corretamente, para não resultar em altas quantidades, pois a alta concentração de óleo, pode trazer consequências como alergias e irritações.

Óleos essenciais incorporados nos cosméticos

Os cosméticos naturais têm ganhado maior visibilidade no mercado, e com isso os fabricantes estão optando por utilizar óleos essenciais em suas formulações, visto que estes apresentam maior afinidade com a  pele e mais benefícios do que, por exemplo, o óleo mineral. 

Os óleos essenciais não são um cosmético já finalizado, eles são uma matéria-prima, por isso é necessário incorporá-los aos cosméticos. Para aplicá-lo na pele ou nos cabelos é necessário diluir o óleo essencial com um veículo carreador, como gel, óleo vegetal ou cremes neutros. É muito importante que as bases cosméticas sejam neutras, para que os óleos não tenham nenhuma reação com alguma substância existente em um produto já finalizado

  Esses óleos são cada vez mais utilizados para aromatizar os produtos, visto que o cheiro é uma das características que chama a atenção do cliente. Este ingrediente natural apresenta várias fragrâncias diferentes, e também por serem bastante voláteis, seu cheiro tem duração prolongada no local onde foi aplicado, além de trazer, na maioria das vezes, resultados positivos para quem utiliza.

É importante estar atento à diluição correta dos óleos essenciais, como falado anteriormente, visto que os óleos são muito concentrados e se forem pouco diluídos podem causar reações prejudiciais à pele. 

Para fazer a diluição de maneira correta é necessário usar o peso e não o volume ou quantidade de gotas. Para saber a quantidade adequada de gotas que devem ser utilizadas, é preciso fazer a conta: 

Número de gotas = (% desejada) x (volume da base) x 0,25, sendo a base a substância que o óleo essencial vai ser incorporado. 

Portanto, se deseja diluir 1% em 300 mL de creme neutro a conta ficará: 1 x 300 x 0,25= 75 gotas. 

Visto isso, é essencial fazer essa equação a fim de evitar danos e ter resultados positivos na utilização do óleo junto a cosméticos.  

Com isso, desejamos que fique claro o tema sobre uso de óleos essenciais em cosméticos após a leitura do blog! Mas, caso tenha ficado curioso para saber mais sobre  o uso de óleos essenciais incorporados em cosméticos e outras substâncias, ou tenha alguma dúvida, entre em contato conosco para conversarmos e sanar todas as dúvidas. Caso você, querido leitor, tenha uma empresa de cosméticos ou queira abrir uma, nós, da Ecofarma, podemos te ajudar e te orientar da melhor maneira possível!!

 

  

 

 

REFERÊNCIAS

BARROS, Cleber. Uso de óleos essenciais como fragrâncias em cosméticos. 8 ago. 2021. Disponível em: Uso de óleos essenciais como fragrâncias em cosméticos – Blog Cleber Barros. Acesso em 27 mar 2022.

Bem&star. 3 formas de usar os seus óleos essenciais. Disponível em: 3 Formas de usar os seus óleos essenciais – Bem&star Essencial (bemestaressencial.com). Acesso em 27 mar 2022.

Blog Dorminhoco. Óleos essenciais – Riscos, efeitos colaterais e cuidados. 13 fev. 2018. Disponível em: Óleos essenciais – Riscos, efeitos colaterais e cuidados – Blog do Dorminhoco. Acesso em 27 mar 2022.

CIGALA, Débora Fazio. Óleos essenciais em cosméticos. Disponível em: Óleos essenciais em cosméticos: saiba como usar com segurança (belavidanatural.com.br).  Acesso em 27 mar 2022.

Equipe Ecycle. O que são óleos essenciais e para que servem? Disponível em: O que são óleos essenciais e para que servem? – eCycle. Acesso em 27 mar 2022.

Equipe Ecycle. Quais as principais diferenças entre óleos minerais e óleos vegetais? Disponível em: Quais as principais diferenças entre óleos minerais e óleos vegetais? – eCycle.  Acesso em 27 mar 2022.

Equipe Trópica. Tabela de Diluição de Óleos Essenciais. 4 mai. 2018. Disponível em: Tabela De Diluição De Óleos Essenciais | Trópica Botânica (tropicabotanica.com.br). Acesso em 27 mar 2022.

LEMOS, Pedro. Alergias aos óleos essenciais/Reações alérgicas ao óleo essencial. 23 nov. 2018. Disponível em: Alergia aos Óleos Essenciais | Reações alérgicas ao óleo essencial (indicedesaude.com). Acesso em 27 mar 2022.

MONTEIRO, Luana. Óleos essenciais: saiba os benefícios para os seus cosméticos. 13 set. 2021. Disponível em: Óleos essenciais: saiba os benefícios para os seus cosméticos – Fórmula Consultoria (formulajr.com.br). Acesso em 27 mar 2022.

SORRENTINO, Victor. Óleos essenciais: o que são, para que servem, benefícios e como usar. Brasil, 8 mai. 2020. Disponível em: Óleos Essenciais: o que são, para que servem, benefícios e como usar | Jolivi. Acesso em 27 mar 2022.

VIEGA, Karina. Qual a diferença entre Óleo Essencial e Óleo Vegetal? Disponível em: Qual a diferença entre Óleo Essencial e Óleo Vegetal? – Terra Flor Aromaterapia (terra-flor.com). Acesso em 27 mar 2022.

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Cosméticos veganos, naturais e orgânicos: Qual a diferença?

Você sabe a diferença entre cosméticos veganos, naturais e orgânicos? Sabe como eles afetam o mundo hoje em dia? 

Não? Então vamos conhecer um pouco mais sobre eles.

A indústria de cosméticos atualmente têm se mostrado de grande importância na área econômica na maior parte dos países mais desenvolvidos, incluindo o Brasil. Com o passar do tempo, a sociedade vem cobrando das indústrias e empresas cosméticas uma maior adoção de tecnologias de produção mais limpas, mais econômicas e ambientalmente corretas.

Para nos aprofundarmos melhor neste assunto, vamos explicar qual a diferença entre cosméticos veganos, naturais e orgânicos. Vamos conhecê-los?

COSMÉTICOS VEGANOS

Os cosméticos veganos são aqueles produtos que não são testados em animais e que a sua composição não inclui matérias-primas de origem animal e/ou que tenham sido testadas em animais. Em 30 de novembro de 2009, na Europa, foi aprovado o Regulamento (CE) nº 1.223/2009 que, entre outras diretrizes, proíbe a comercialização de produtos cuja formulação final, os ingredientes ou as combinações de ingredientes tenham sido testados em animais. 

Os produtos veganos não têm relação com eles serem naturais ou orgânicos, mas sim, com o fato de não possuírem ingredientes de origem animal e nem de serem testados em animais, sendo então produtos Cruelty-free (livre de crueldade). Ou seja, trata-se de um produto que não utiliza matérias-primas de origem animal como por exemplo, o mel, a cera de abelha, a lanolina, o colágeno, a albumina, o carmim e a gelatina.

Esses produtos costumam ser identificados pela presença de um selo com a letra V, pelo desenho de um coelho, pela inscrição cruelty-free, ou por qualquer outro símbolo definido pela empresa.

COSMÉTICOS NATURAIS 

Para falar agora do segundo tipo de cosmético, a Anvisa considera que um cosmético natural é quando os ingredientes da sua formulação são retirados diretamente da natureza, como por exemplo o guaraná, o coco e o cacau. Portanto, esses produtos não possuem substâncias artificiais na composição, o que é algo muito interessante e inovador.

Do mesmo modo, ao escolher pelo desenvolvimento de um produto que seja natural, a restrição de ingredientes é algo que deve-se levar em conta. Alguns desses ingredientes são os corantes sintéticos, as fragrâncias sintéticas, os polietilenoglicóis (PEGs), os silicones, os conservantes sintéticos e os derivados de petróleo. De antemão, a lista de ingredientes permitidos para uso em produtos naturais é totalmente limitada, dificultando o processo de desenvolvimento de formulações. 

O consumidor “verde” ou ecológico, pensa na composição, qualidade, processo de produção e sustentabilidade. Do mesmo modo, essas pessoas estão dispostas a pagar o preço exigido pelo mercado e colaboram com a natureza optando por embalagens recicláveis, retornáveis e biodegradáveis.

COSMÉTICOS ORGÂNICOS

Para finalizar com o nosso terceiro tipo de cosmético, os cosméticos orgânicos tem suas formulações feitas com matérias-primas naturais certificadas, produzidas com base nos princípios da sustentabilidade. A plantação e a colheita desses ingredientes também não agridem o meio ambiente, pois são livres de agrotóxicos e outros agentes químicos. Dessa forma, é um tipo de cosmético excelente para quem deseja preservar a natureza e sempre está pensando no futuro do nosso país.

Para ser considerado um cosmético orgânico, a Anvisa exige que o cosmético tenha, no mínimo, 10% de ingredientes orgânicos para produtos enxaguáveis, aquosos ou com alto teor (80%) de conteúdo mineral. A Anvisa exige também, o mínimo de 20% de ingredientes orgânicos para os demais produtos. Simultaneamente, a Anvisa cobra que 95% dos ingredientes fisicamente processados devem ser de origem orgânica. Em conclusão disso, o percentual de ingredientes orgânicos deve ser indicado na parte frontal do rótulo.

Cosmético Natural e Orgânico são iguais?

Não! Não são iguais! Todo cosmético orgânico é considerado um cosmético natural, mas nem todo cosmético natural é um cosmético orgânico. Portanto, você deve se atentar sempre a isso quando for selecionar o que é natural e o que é orgânico na sua formulação e na sua rotulagem.

 

 

A Ecofarma Jr. já está há 16 anos no mercado, contribuindo para serviços de extrema qualidade e com consciência do impacto positivo ao meio ambiente. Além disso, todos os nossos clientes são adeptos à utilização desses tipos de cosméticos e nós temos orgulho de sempre auxiliá-los, contribuindo para um país melhor.

Um novo serviço que a Ecofarma Jr. presta é a Consultoria sobre Obtenção de Selos e Certificações, em que nós da empresa te ajudamos a como conseguir os selos que são exigidos pela Anvisa, caso o seu produto seja considerado natural, vegano e/ou orgânico.

Gostou? Busque empresas competentes e que te ajudam a alavancar o seu negócio. Qualquer dúvida conte com a Ecofarma Jr.!

 

 

 

Referências:

ANGELON, Clelia. Saiba a diferença entre cosméticos naturais, orgânicos e veganos. Surya Brasil, ano 2019. Disponível em: https://suryabrasil.com/blog/saiba-as-diferencas-entre-os-cosmeticos-naturais-organicos-e-veganos/ Acesso em: 18 ago. 2020

ECLYCLE, Equipe. Conheça as diferenças entre cosméticos naturais, orgânicos e convencionais. eClycle. Disponível em: https://www.ecycle.com.br/component/content/article/67-dia-a-dia/2099-cosmeticos-organicos-naturais-convencionais-deferencas-tipos-materia-prima-composicao-definicao-consumidor-como-fazer-receitas.html#:~:text=Segundo%20o%20IBD%2C%20existem%20os,mat%C3%A9rias%2Dprimas%20certificadas%20como%20org%C3%A2nicas.&text=E%20um%20cosm%C3%A9tico%20a%20base,n%C3%A3o%20pode%20ser%20considerado%20natural. Acesso em: 18 ago. 2020

FLOR, Juliana. Mazin, Mariana Ruiz. FERREIRA, Lara Arruda. Cosméticos Naturais, orgânicos e veganos. Chemspecs Comércio e Representações Ltda. São Paulo: v. 31, 2019. Disponível em: https://www.cosmeticsonline.com.br/artigo/87 Acesso em: 08 mar. 2022

GALEMBECK, Fernando; CSORDAS, Yara. Cosméticos: a química da beleza. 2009. Disponível em: https://fisiosale.com.br/assets/9no%C3%A7%C3%B5es-de-cosmetologia-2210.pdf. Acesso em: 8 mar. 2022.

MARTINI, Thiago. Entenda de uma vez por todas o que são cosméticos veganos. Relax Cosméticos Naturais. Disponível em: https://relax.com.br/entenda-de-uma-vez-por-todas-o-que-sao-cosmeticos-veganos/ Acesso em: 18 ago. 2020.

MIRANDA, Isabella Justino; SILVA, Júlia Helena da; MÜLLER, Simony Davet. Cosméticos Orgânicos e Naturais: ANÁLISE DO PERFIL DOS PROFISSINAIS ATUANTES EM ESTABELICIMENTOS COMERCIAIS E DA ROTULAGEM. Santa Catarina, 2018. Disponível em: https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/7893/1/RIUNE.pdf. Acesso em: 8 mar. 2022.

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Como entender o prazo de validade dos cosméticos.

Ao analisarmos o mercado de cosméticos, no âmbito brasileiro, é perceptível um crescimento substancial na comercialização dos produtos de beleza e de cuidados pessoais. Segundo a revista estadunidense de negócios e economia, Forbes, o Brasil é o quarto maior mercado de cosméticos. Nessa perspectiva, é possível destacar que a produção de tais produtos alavancaram as vendas de muitos empresários no mundo. Mas, afinal, o que são os cosméticos, como entender os processos de fabricação desses produtos e a determinação de sua validade?

O QUE SÃO COSMÉTICOS?

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os cosméticos são “preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado” (ANVISA, 2005).

COMO DETERMINAR O PRAZO DE VALIDADE DE UM COSMÉTICO? 

 

Você sabe aqueles produtos que conseguimos encontrar  nos rótulos a validade e o prazo após a abertura do cosmético? Infelizmente, esses dados funcionam de forma obrigatória somente nos Estados Unidos e nos países europeus. No entanto, no Brasil, a legislação e a Anvisa, até os dias atuais, não definiram isso como um requisito. 

Dessa forma, no âmbito brasileiro, podemos destacar a obrigatoriedade somente da presença do prazo de validade na embalagem dos produtos cosméticos. Segundo a Resolução 79/00 e suas atualizações e Lei 8.078/90 – Código de Proteção e Defesa do Consumidor- o prazo de validade, antes de ser um requisito legal, é, sobretudo, um requisito técnico de qualidade, pois um produto instável do ponto de vista físico-químico, microbiológico ou toxicológico, além da perda de eficácia poderá também causar algum dano e comprometer a confiabilidade frente ao consumidor. 

Ademais, é possível destacarmos que esse prazo de validade do produto é definido pela empresa que o fabrica, levando em consideração, principalmente, a formulação e as técnicas utilizadas na fabricação. Nesse viés, o prazo de durabilidade pode ser estimado através de estudos sobre a estabilidade do produto e sua confirmação deve ocorrer por meio do teste de prateleira (Shelf Life). 

Abaixo, você pode ler a abordagem feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): 

“A validade é contada a partir da data da fabricação. A empresa pode informar na embalagem a data de fabricação e indicar o período de validade (exemplo: “Fabricado em 06/01/2020. Validade: 24 meses.”)  ou colocar apenas a data de validade (exemplo: “Validade: 06/01/2022”). Em ambos os casos, a validade indicada deve estar de acordo com a validade informada na regularização do produto na Anvisa. O prazo de validade do produto a partir da data da abertura da embalagem não é obrigatório na rotulagem de cosméticos.”

 

O QUE SÃO TESTES DE ESTABILIDADE?

As análises de estabilidade de produtos cosméticos são estudos feitos para determinar as informações que indicam o grau de estabilidade relativa de um produto nas diversas condições em que esses produtos são expostos, desde seu período de fabricação até o vencimento de sua validade, por isso estes testes são muito importantes.

O QUE É SHELF LIFE?

Segundo a Anvisa, além dos Estudos de Estabilidade, o prazo de validade dos cosméticos também pode ser determinado por meio do Teste de prateleira (Shelf Life). Nessa perspectiva, o termo Shelf Life determina o prazo de validade de um determinado produto analisado. 

 

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ANÁLISE DE ESTABILIDADE

 

De acordo com o Guia de Estabilidade de Cosméticos da Anvisa, componentes ativos ou não podem afetar a estabilidade do produto. Além disso, a formulação, o processo de fabricação, o material de armazenamento e as condições ambientais e de transporte podem influenciar na estabilidade do produto também. Dessa forma, de acordo com a origem, as alterações podem ser classificadas como extrínsecas e intrínsecas.

  • Fatores extrínsecos estão relacionados a fatores externos, como tempo, temperatura, luz e oxigênio, umidade, material de acondicionamento, microrganismos, vibração;

 

  • Fatores intrínsecos estão relacionados a fatores inerentes à formulação, como incompatibilidade física e química (pH, Reações de Óxido-Redução, Reações de Hidrólise, Interação entre Ingredientes da Formulação, Interação entre Ingredientes da Formulação e o Material de Acondicionamento).

 

MAS, QUAL A IMPORTÂNCIA DE DETERMINAR O PRAZO DE VALIDADE DE UM COSMÉTICO?

 

É de extrema importância informarmos o prazo de validade de um produto que comercializamos, principalmente por dois motivos: a diminuição da efetividade do cosmético e as reações alérgicas que esses produtos podem ocasionar no consumidor.

Por exemplo, um protetor solar pode perder sua finalidade de proteger contra os raios solares, podendo ocasionar diversos problemas. Para mais, intolerâncias, infecções também podem ocorrer com frequência, simplesmente por informarmos a validade de maneira incorreta. Dessa forma, é de responsabilidade do fabricante assegurar que seus clientes tenham sua saúde preservada. 

Por isso, você leitor, fique atento sempre ao prazo de validade de seus cosméticos e se estiver com dúvidas procure seu dermatologista. 

 

É VERDADE QUE SE ARMAZENARMOS INCORRETAMENTE OS COSMÉTICOS, O PRODUTO PODE TER SUA DURABILIDADE REDUZIDA?

Sim! O produto quando chega na casa do consumidor deve ser armazenado em locais específicos, pois há ambientes propícios que colaboram com as alterações nos produtos. Por exemplo, é extremamente importante armazenar os cosméticos longe do sol, além de não armazená-los em locais muito úmidos, locais mofados, além de ser importante tomar cuidado na hora de manusear tais produtos, para não ocorrer contaminações e, consequentemente, afetar a validade. 

QUAIS BENEFÍCIOS DE REALIZAR O PROJETO DE ANÁLISE DE ESTABILIDADE E INFORMAR A VALIDADE DOS PRODUTOS DE FORMA CORRETA?

Há muitos benefícios em realizar os testes de estabilidade para cosméticos, pois é através dessas análises que conseguimos detectar falhas que ocorrem durante a fabricação do produto. Além disso, os dados incorretos apresentados no cosmético, principalmente relacionados à durabilidade do produto, podem alterar de forma significativa seu modo de ação, afetando, assim, sua eficácia e a segurança do consumidor.

Ademais, também é necessário destacar os problemas econômicos associados à instabilidade dos produtos, podendo representar muitos prejuízos para o fabricante, como devoluções, perda de estoques e indenizações por insatisfação dos clientes. Dessa maneira, comercializar cosméticos que tenham a validade informada incorretamente podem ocasionar problemas alarmantes para sua empresa. 

Nesse sentido, realizar testes de estabilidade, além de assegurar a qualidade do seu produto, também proporcionam uma melhor credibilidade para a empresa, pois o cliente visualiza que o fabricante se preocupa com o bem-estar do consumidor. Por fim, sua empresa fica isenta de multas e de indenizações indesejadas que podem comprometer sua marca. 

 

E aí leitor? Gostaria de conhecer mais sobre esse assunto? Entre em contato conosco, a Ecofarma Jr. realiza testes de estabilidade em cosméticos e pode ajudar você!

REFERÊNCIAS

 

ANVISA. Cosméticos e saneantes: mudança na validade do registro. Brasília, 4 dez. 2019. Disponível em:https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2019/cosmeticos-e-saneantes-mudanca-na-validade-do-registro#:~:text=O%20prazo%20de%20validade%20do%20produto%20%C3%A9%20definido%20pela%20empresa,adequadas%20de%20armazenamento%20e%20utiliza%C3%A7%C3%A3o%E2%80%9D . Acesso em: 20 set. 2021.

ANVISA. Guia de estabilidade de produtos cosméticos. v. 1. ed. Brasília, 2004. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cosmeticos.pdf.  Acesso em: 20 set. 2021.

MAGALHÃES, Wallace. Estudos de estabilidade e prazo de validade. Brasil, julho/agosto 2013. Disponível em: https://forbes.com.br/principal/2020/07/brasil-e-o-quarto-maior-mercado-de-beleza-e-cuidados-pessoais-do-mundo/ . Acesso em: 20 set. 2021.

WEBER, Mariana. Brasil é o quarto maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo. Brasil, 4 jul. 2020. Disponível em: https://forbes.com.br/principal/2020/07/brasil-e-o-quarto-maior-mercado-de-beleza-e-cuidados-pessoais-do-mundo/ . Acesso em: 20 set. 2021.

 

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Cosmetovigilância, como a ANVISA atua na qualidade e segurança dos cosméticos.

Caro leitor, imagine que você tenha acabado de desenvolver uma nova formulação cosmética, além disso, pretende lançar essa novidade no mercado. Contudo, ao se deparar com a regularização, percebe que ainda precisa garantir a segurança do seu produto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), você saberia como proceder? Para isso, é importante que tenha conhecimento da Resolução-RDC nº 332, de 1 de dezembro de 2005, que diz que “As empresas fabricantes e/ou importadoras de Produtos de Higiene Pessoal Cosméticos e Perfumes, instaladas no Território Nacional deverão implementar um Sistema de Cosmetovigilância, a partir de 31 de dezembro de 2005.”

Ademais, convido a uma reflexão: você sabe qual a importância dessa segurança? Como também, saberia dizer como a ANVISA atua na qualidade e segurança dos cosméticos? É extremamente importante que saiba responder ambas as perguntas. Afinal, com esses saberes você será capaz de ampliar a sua produção com plena credibilidade e segurança nos seus produtos. Caso não saiba como responder as perguntas anteriores, ou ainda, está curioso para aprender ainda mais sobre esse tema, continue com a leitura dessa matéria!

O que é a ANVISA?

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária é o órgão federal responsável por estabelecer as normas sanitárias para o registro, rotulagem, fabricação, venda e armazenamento dos produtos e dos serviços brasileiros, como medicamentos, alimentos e cosméticos.  Ela atua também na fiscalização, no monitoramento e na divulgação de informações importantes sobre a segurança dos produtos disponíveis no mercado. Enfim, é o órgão competente que irá assegurar ao consumidor a compra de serviços e produtos eficazes, de qualidade e com segurança.

 

A Cosmetovigilância

 

A garantia da segurança dos produtos, dito anteriormente, é feita a partir das regulamentações previstas pela ANVISA, que incluem um dos principais sistemas de análise da segurança dos cosméticos, a cosmetovigilância.

A cosmetovigilância, em suma, é uma atividade relativa a observar e analisar os possíveis e inesperados eventos adversos – aqueles eventos que são indesejados – que os cosméticos podem causar ao ser humano. Segundo a ANVISA, trata-se de um sistema que possibilita a aplicação de ações corretivas rápidas e adequadas quando há reação indesejável com o uso de um produto cosmético.

Sendo assim, é fundamental que a sua clínica elabore esse sistema preconizado pela entidade.

 

A importância da Cosmetovigilância

 

  • A ocorrência de eventos adversos, devido a reação ao produto, será reduzido a percentuais próximos de zero, visto que, ao seguir o sistema proposto, o fabricante estará cumprindo com as orientações das Boas Práticas de Fabricação;
  • Fornecerá maior credibilidade do produto perante ao consumidor, afinal, o cliente logo entende que a empresa segue as regulamentações da ANVISA, gerando segurança e confiabilidade;
  • Demonstra a preocupação e o zelo que sua clínica sente quanto à saúde da população.

Vale ressaltar que a cosmetovigilância permite a construção de indicadores que subsidiam ações de vigilância sanitária, orientando inspeções de caráter investigativo e medidas de prevenção à saúde da população.

 

A atuação da ANVISA

 

Dentre as inúmeras maneiras que a ANVISA pode atuar na qualidade e segurança dos cosméticos, por meio da cosmetovigilância, destaca-se a implementação do NOTIVISA (Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária), um sistema organizado e arquitetado para coletar informações de eventos adversos que forem notificados quanto os produtos fiscalizados pela vigilância sanitária, incluindo os cosméticos. Com isso, os cidadãos poderão notificar eventos adversos e queixas técnicas através de formulário de notificação.

Essa notificação é o registro de uma ocorrência de reação indesejada ou queixa técnica que deve  ser comunicada às autoridades sanitárias. Dessa maneira, a população atua ativamente na preservação da qualidade e da segurança.

 

Quem deve notificar?

 

Todo cidadão ou profissional de saúde tem o direito de notificar suspeitas de reações adversas, devido à sensação de uma reação alérgica a algum cosméticos, produtos de higiene e/ou perfumes utilizados, ou outras reações. Além de ser possível, realizar uma queixa técnica desses mesmos produtos. Após receber os dados referentes à notificação, as instituições e órgãos que estão incorporados no Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) irão analisar as notificações recebidas, de acordo com o evento e gravidade da situação. Esses mesmos dados servirão para financiar as atitudes que o SNVS irá tomar para identificar as reações adversas dos produtos notificados, com essa subsidiação é possível aperfeiçoar o conhecimento quanto aos efeitos dos cosméticos em análise e, quando indicado, alterar recomendações sobre seu uso para os consumidores. Sendo assim, o SNVS juntamente com a ANVISA regulam os produtos comercializados no País e, de forma geral, promovem ações de proteção à Saúde Pública (ANVISA, 2007).

 

Quando deve notificar?

 

  • Para as empresas privadas: quando ocorrerem situações que impliquem em risco a saúde do consumidor;
  • Para o cidadão: quando se sentir alguma reação diferente da prevista

 

Informações importantes que não devem faltar nas notificações

 

Segundo o Centro de Vigilância Sanitária (CVS), as informações importantes que não devem faltar, tanto sobre o consumidor quanto do produto, são:

  1. a) Identificação do usuário do produto (pode ser apenas as iniciais);
    b) Nome comercial do produto e lote;
    c) Características produto utilizado (validade, aspecto, integridade da embalagem);
    d) Forma de uso;
    e) Relato da queixa (sinais, sintomas, intensidade, local da reação);
    f) Outros produtos concomitantes (outros cosméticos);
    g) Condições concomitantes ao uso do produto (depilação, exposição ao sol, procedimentos estéticos);
    h) Uso de medicamentos;
    i) Doenças concomitantes;
    j) Antecedentes alérgicos.

 

Notificações de eventos adversos recebidas pela Cosmetovigilância – 2010

Segundo dados da ANVISA, em 2010 foram recebidas 136 notificações de eventos adversos, e em  sua maioria, representando 47% do total, o alisante capilar foi o produto que recebeu mais notificações.

Por fim, após a leitura de toda essa matéria, é possível perceber como é extremamente essencial assegurar-se de que sua clínica possui um sistema de cosmetovigilância. Caso você seja desse ramo de cosméticos, e esteja precisando de um auxílio no desenvolvimento das Boas Práticas de Fabricação, aqui na Ecofarma Jr., realizamos diversos projetos com essa finalidade. Estamos há mais de 15 anos no mercado, prestando serviços na área e prezando pela qualidade e pelo comprometimento com o cliente. Venha conhecer nossos projetos!

Referências:

ANVISA. Relatório de Experiências Internacionais sobre Regulação de Cosmetovigilância. Diretoria de Regulação Sanitária Gerência-Geral de Regulamentação e Boas Práticas Regulatórias, 2020.

ANVISA. RESOLUÇÃO nº Nº. 332, de 1 de dezembro de 2005. RDC. [S. l.], 2005. Disponível em: https://www.invitare.com.br/arq/legislacao/anvisa/RDC-332-de-2005-Disp-e-sobre-o-sistema-de-Cosmetovigil-ncia.pdf. Acesso em: 21 set. 2021.

BEHRENS, Isabela; CHOCIAI, Jorge Guido. A COSMETOVIGILÂNCIA COMO INSTRUMENTO PARA A GARANTIA DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA DE PRODUTOS COSMÉTICOS. Visão Acadêmica, [s. l.], 2007. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/academica/article/viewFile/11663/8222 Acesso em: 21 set. 2021.

CVS. COSMETOVIGILÂNCIA. In: COSMETOVIGILÂNCIA. [S. l.], 2020. Disponível em: http://www.cvs.saude.sp.gov.br/faq.asp?te_codigo=25#:~:text=Qual%20a%20import%C3%A2ncia%20da%20cosmetovigil%C3%A2ncia,intera%C3%A7%C3%A3o%20com%20o%20usu%C3%A1rio%2Fconsumidor. Acesso em: 21 set. 2021.

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Insumos brasileiros e suas ultilizações em cosméticos

Primeiro, caro leitor, você sabe o que são cosméticos? Nessa eu posso te ajudar! Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), são preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado.” (ANVISA, 2005).

Vemos os produtos nas prateleiras, colocados como produtos orgânicos ou naturais (ambos sustentáveis), mas é preciso pensar: “o que torna esses produtos diferentes dos demais?”, se há diferença entre eles e como são certificados. A Ecocert, certificadora de produtos orgânicos, e o Instituto Biodinâmico (IBD), afirmam que para ser um cosmético natural, em sua fabricação devem ser usadas matérias-primas naturais e não conter aditivos químicos em sua composição (como: amônia, silicone, conservantes sintéticos- chamados de “matérias-primas proibidas”).

A Ecocert ainda define que, no mínimo 95%, da composição total do produto devem ser matérias-primas naturais e os outros 5%, não podem ser constituídos dessas matérias-primas proibidas, apenas por substâncias sintéticas listadas pela certificadora. Agora, sobre os produtos orgânicos, a IBD e a Ecocert convergem quanto à definição de cosméticos orgânicos, estes devem possuir, no mínimo, 95% de matérias-primas certificadas como orgânicas em sua composição.

Os 5% restantes podem ser compostos por água e por outras matérias-primas naturais. Além disso, também há uma preocupação com toda cadeia produtiva. Atualmente, um dos desafios em relação aos cosméticos sustentáveis é a carência de uma regulamentação nacional. 

Por fim, os convencionais são aqueles certificados pela ANVISA, mas não são passíveis de certificação ambiental e para a regularização destes produtos, estes devem estar de acordo com a RDC nº 07/2015 e a RDC nº 237/2018.

     

Agora que você já entendeu a diferença entre os cosméticos, vamos para a composição dos mesmos. 

A Atina Ativos Naturais, fornecedora de insumos, certificada pela Ecocert, ANVISA e Conselho de Manejo Florestal (FSC), prioriza a distribuição de insumos naturais como antocianina, extrato seco de aloe vera 200:1, óleo de Babaçu, óleo de Baru, alfa-bisabolol natural (extraído da árvore de Candeia), extrato glicólico de erva-doce e extrato glicólico de calêndula. E quais são suas utilizações e benefícios? Vejamos a seguir:

  • Antocianina: encontrada em frutas como uva, morango e cereja é utilizada para produção de corantes em cosméticos e para produção de tintas atóxicas. 
  • Extrato seco de Aloe Vera 200:1: rico em vitaminas e pode ser encontrado em diversos produtos como: cremes e loções; filtros solares e produtos pós-sol; loção pós-barba; produtos antienvelhecimento; sabonetes; shampoos e condicionadores; tinturas e tônicos capilares. Muito utilizado para tratamento capilar agindo como fortificante e estimulador de crescimento, além de possuir propriedades regenerativas. É também utilizado para tratamento da pele, funcionando como anti-inflamatório e cicatrizante. 
  • Óleo de Babaçu: o ácido láurico é um componente em abundância nesse insumo, é utilizado para hidratar e umectar os cabelos, fortalecer as unhas e tem ação antioxidante. Pode ser utilizado para fabricação de sabão e de pomadas cremosas.
  • Óleo de Baru: extraído do baruzeiro, árvore presente no cerrado brasileiro, tem ação antioxidante. Apresenta vantagens em sua utilização para o crescimento e fortalecimento das unhas, revitalização e hidratação da pele (devido à presença de vitamina E e sua ação de renovação celular), tratamento capilar proporcionando uma hidratação intensa e também auxilia na ação cicatrizante no tratamento de acnes devido ao poder antioxidante e a presença de zinco.
  • Alfa-bisabolol: possui propriedades anti-inflamatórias, antimicrobiana, antibacteriana e anti-irritante. É utilizado para a produção de protetores solar e produtos pós-sol, produtos pós-barba, óleos e produtos infantis, produtos antiacne, maquiagens e desodorantes. 
  • Extrato glicólico de erva-doce: possui ação antisséptica, refrescante e calmante. Pode ser utilizado na produção de shampoo, condicionador, sabonete, loção de limpeza, géis, entre outros. 
  • Extrato glicólico de calêndula: tem ação antiacne e cicatrizante. Utilizado como matéria prima para a produção de produtos orgânicos como: pomada, creme ou gel. 

 

Mercado em crescimento:

 

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), em 2020, o setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosmético (HPPC) no Brasil teve crescimento de 5,18%, no “Exfactory”, líquido de imposto sobre renda, com relação ao ano de 2019. Até 2025, consoante aos dados da ABIHPEC, de 2019, o mercado de cosméticos sustentáveis crescerá de 5% a 10%.

Nos últimos anos, vem crescendo a preocupação sobre a origem dos produtos, a reciclagem dos mesmos e como aderir à sustentabilidade, devido ao aumento da consciência social e ambiental. Consequentemente, a busca por produtos sustentáveis vêm crescendo também. De acordo com uma pesquisa da Kantar Worldpanel, empresa líder mundial em dados, insights e consultoria, de 2018, revela que 50% dos consumidores têm preferido produtos que são naturais, orgânicos, terapêuticos ou a base de ervas. 

 

Benefícios em utilizar insumos para cosméticos naturais:

Os produtos naturais, com função de hidratar, regenerar e cuidar, seja para cabelos, pele ou unhas, são recebidos pelo corpo de uma forma mais natural e segura, devido a ação dos compostos naturais presentes. O organismo ao absorver esses produtos mencionados fica exposto a menos riscos toxicológicos ao serem comparados aos produtos convencionais (que têm, por exemplo, adição de parabenos e derivados do petróleo). Além de benefícios para a saúde do próprio usuário, também trazem menos impacto ambiental: evitando o desmatamento e a exploração de animais (prática de cruelty-free).

 

Como podemos te ajudar?

Se você tem interesse em desenvolver um cosmético sustentável, a Ecofarma Jr. é especialista na área de cosmético pode te ajudar! Nossos projetos contemplam pelo menos dois Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), assim como você, também estamos preocupados com o todo! Entre em contato conosco. 

            

REFERÊNCIAS

ABIHPEC. Cosméticos verdes devem crescer 10% nos próximos anos. ABIHPEC, 2019. Disponível em: https://abihpec.org.br/cosmeticos-verdes-devem-crescer-10-nos-proximos-anos/. Acesso em: 22 de set. 2021. 

ABIHPEC. Panorama do setor 2019. ABIHPEC, 2019. Disponível em:˂https://abihpec.org.br/publicacao/panorama-do-setor-2019/˃. Acesso em: 22 de set. 2021.

ANVISA. Conceitos e definições. Anvisa, 2005. Disponível em: ˂http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos/conceitos-e-definicoes˃. Acesso em: 22 de set. 2021.

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Embalagem cosmética: como escolher de forma correta

A primeira coisa que vemos quando olhamos um produto é a embalagem, que além de proteger o item, passa as primeiras impressões do produto e influencia diretamente na sua compra. De acordo com o programa Packaging Matters, da líder de embalagens MWV, 79% dos consumidores experimentaram um novo produto pois a embalagem atraiu sua atenção, 53% dos clientes compraram um produto mais de uma vez apenas pela embalagem e 46% dos consumidores passaram a comprar produtos da concorrência por vivências negativas com a embalagem. Para evitarmos problemas com as queridinhas dos consumidores, vamos listar 5 pontos para ter atenção antes de escolher a embalagem do seu produto!

 

       1. Funcionalidade e manuseio

O principal aspecto que deve ser analisado ao escolher a embalagem do seu produto é a funcionalidade. Isso porque estamos na era da experiência, o que significa que todo o processo do uso e manuseio do produto é muito importante. Preocuparmos com a funcionalidade da embalagem é pensarmos diretamente na qualidade do cosmético oferecido ao cliente. Assim, antes de escolher a embalagem ideal do seu cosmético, analise bem se ela cumpre sua função e se há possibilidade dessa função ser comprometida de maneira fácil e rápida, de forma que gere impressões negativas e aversões ao seu produto. 

 

        2 . Transporte 

Outro ponto importante para análise é o transporte do seu cosmético. Mas o que isso tem a ver com a embalagem? Pense bem, o que você faz quando encomenda um produto e ao abrir a caixa super empolgado(a) se depara com uma mercadoria quebrada ou danificada? Qual seu primeiro pensamento? Qual sentimento você vai desenvolver em relação à marca e ao produto? Garanto que nenhuma das respostas é algo bom e que você não quer atrair nada disso para o seu negócio.

 Pensando nisso, existem algumas transportadoras que possuem certas exigências ou restrições em relação a produtos quebráveis, de vidro ou frágeis, assim, é importante estar atento a esses requisitos. Se a embalagem do seu cosmético for de vidro, por exemplo, o produto precisará de plástico bolha, isopor e outras formas para a proteção do cosmético a fim de que ele chegue ao cliente sem danos na embalagem, sem diminuição do valor do produto e da credibilidade da sua marca. Ao pensar no transporte do seu cosmético você garante a manutenção da boa experiência do seu cliente!

 

      3. Compatibilidade entre embalagem e produto 

Para garantirmos a segurança e qualidade do produto, devemos realizar o teste de compatibilidade química entre produto e embalagem. Esse teste previne possíveis complicações químicas que danificam tanto a embalagem quanto o cosmético em si, podendo provocar desde danos aos consumidores a perda total da mercadoria. Esse é um dos testes que a ANVISA exige para que o produto possa circular de forma legalizada, então fique muito atento a isso!

Tais testes são necessários pois o produto é submetido a diversas temperaturas durante sua vida útil, desde o transporte até a chegada ao cliente, sem contar a enorme variação de temperatura das 5 regiões do Brasil que também podem interferir na compatibilidade entre embalagem e produto. Dessa forma, após a realização do teste de compatibilidade química a sua empresa irá passar mais segurança e qualidade do produto ao cliente. Contribuindo assim para o aumento das vendas e consolidação do negócio no mercado, além de estar prevenindo multas com a regularização em dia. 

 

     4. Geração de resíduos  

Você já parou pra pensar no dano ao meio ambiente que a embalagem do seu produto vai causar após ser descartada? Segundo o Ministério do Meio Ambiente, 20% do lixo doméstico do Brasil é formado por embalagens, sendo 80% delas com apenas um único uso. Essa porcentagem significa 25 mil toneladas de lixo compostos por embalagens. Muita coisa, não? A sua embalagem vai contribuir para esse número e seus impactos negativos na natureza? 

Hoje, em um mundo que conhece a sustentabilidade, os consumidores estão se tornando mais conscientes de responsabilidades socioambientais. Logo, embalagens biodegradáveis e ecológicas são mais bem vistas pelos compradores atuais e tal prática tende a crescer cada vez mais. Com o aumento da consciência verde pelos clientes, podemos comparar o mercado com a seleção natural das espécies, na qual os mais adaptados sobrevivem. Assim, as marcas e produtos que se engajarem nesse movimento terão mais vantagens competitivas na sociedade atual e futura do que mercadorias que não possuem embalagens sustentáveis e ecológicas, que tendem a se enfraquecer por não terem se adaptado às tendências sustentáveis da sociedade.  

Desse modo, algumas embalagens sustentáveis comuns são as de vidro, as quais podem ser reutilizadas como objeto decorativo após o uso do produto e embalagens feitas com papel reciclável que economiza energia e expande o valor da extração da matéria prima. Outra alternativa é o uso do plástico PLA, também chamado de poliácido láctico, feito de fontes de energia renováveis e com o ácido láctico, que degrada na natureza no período de seis meses a dois anos, incrivelmente distinto do plástico normal, que demora de 500 a 1000 anos para se degradar. 

Também temos opções distintas das convencionais, como embalagens feitas de cogumelos, sendo uma embalagem comestível, além de embalagens de bagaço de cana de açúcar e fibras de coco. Dessa forma, você deve avaliar a melhor embalagem para seu cosmético pensando no meio ambiente.

 

    5. Branding  

De acordo com o Sebrae, “Branding ou Brand Management é uma estratégia de gestão da marca que visa torná-la mais reconhecida pelo seu público e presente no mercado. A estratégia busca a admiração e desejo pelos valores que a marca cria em torno de si mesma.” Assim, podemos complementar que essa estratégia visa a boa imagem da marca pelo consumidor, criar a conexão entre o cliente e sua marca por meio de valores comuns e da identificação. 

Desse modo, suas embalagens também devem expressar os valores da sua empresa, que ao gerar conexão com o cliente, ele possa preferir consumir dos seus produtos do que de outra marca qualquer que ele não tenha criado uma conexão. Como comentado antes, estamos na era da experiência, o que proporciona grande importância à conexão do cliente com o seu negócio a fim de gerar boas vivências e sentimentos agradáveis. 

 

Quer saber mais sobre embalagem cosmética? Entre em contato com a gente!

 

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Quando mudar a fórmula de um produto?

Com a pandemia, a busca por cosméticos se tornou mais frequente, resultando em um crescimento econômico nessa área. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, o Brasil é o quarto maior consumidor desse setor no mundo, ficando atrás dos Estados Unidos, China e Japão.

A procura pela beleza, saúde e bem-estar trouxeram consigo novas tendências no mercado, como aClean Beauty, que traduzida para o português significa “beleza limpa”, e trata-se de formulações que não prejudicam a saúde da pele e que também atuam na preservação do meio ambiente.

 

Atualmente, existe uma busca constante por cosméticos naturais e uma maior atenção e procura dos consumidores por princípios ativos específicos que estão em alta, como por exemplo, o ácido hialurônico e a Vitamina C.

As tendências do mercado precisam ser levadas em conta tanto para desenvolver novos cosméticos, quanto para saber quando é preciso mudar a formulação de um produto.

Mas antes de falarmos sobre isso, vamos entender mais um pouco sobre as formulações?

FORMULAÇÕES COSMÉTICAS

A formulação cosmética é como uma “receita” para o desenvolvimento do produto. Nela contém as matérias-primas necessárias, suas quantidades (geralmente em %), funções, modo de preparo e técnicas que serão utilizadas. 

Com o intuito de facilitar o entendimento, a composição dos cosméticos podem ser classificadas em três categorias: 

  • Princípio ativo: é o responsável pela ação específica do produto e por isso costuma aparecer em destaque no rótulo. Podem ser de origem animal, mineral ou vegetal;
  • Componentes adjuvantes: possuem ação modificadora ou corretiva. Os de ação corretiva, como o próprio nome já diz, possui o intuito de corrigir a cor e o aroma através de corantes e fragrâncias, respectivamente, com o intuito de garantir que o produto seja mais bem aceito pelo consumidor. Já os componentes de ação modificadora alteram a característica da base cosmética, como umectantes, silicones, tensoativos, ceras, etc;
  • Veículos e excipientes: os veículos são líquidos e os excipientes são sólidos ou semi-sólidos responsáveis por proporcionar estabilidade aos cosméticos, completando o volume ou a massa, representando a maior porcentagem da formulação do cosmético, juntamente com os adjuvantes. 

 

ANVISA X MODIFICAÇÕES NAS FÓRMULAS

É preciso se atentar às regulamentações quanto ao processo de modificação da fórmula do produto. A Instrução Normativa-IN 69, de 1º de setembro de 2020 aborda sobre a inclusão de nova fórmula na rotulagem de cosméticos quando alterada sua composição. 

Art. 4º Os produtos de higiene pessoal, incluindo os descartáveis, cosméticos e perfumes que sofrerem modificações de fórmula, deverão apresentar uma das frases a seguir em destaque, posicionada no painel principal da rotulagem:

I – “NOVA FÓRMULA”; ou

II – “NOVA COMPOSIÇÃO”

Além disso, neste documento estão dispostas informações quanto aos critérios gráficos que devem ser respeitados na apresentação da embalagem.

Essa Instrução Normativa entrou em vigor no dia 1º de setembro de 2021 e o não cumprimento das normas constitui como infração sanitária, estando sujeito a penalidades. 

Agora que já sabemos mais um pouco sobre formulações cosméticas e suas normas perante a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, discutiremos mais sobre quando mudá-la, bem como sua importância. 

PRINCIPAIS TENDÊNCIAS NO RAMO DE COSMÉTICOS

A pandemia e o consequente isolamento social impulsionou a adoção de novos hábitos pela população, como o de realizar compras online, inclusive de produtos para cuidados com a pele e cabelo. Existe uma maior conscientização dos consumidores em relação à procedência e formulações dos cosméticos, havendo uma maior procura por aqueles mais sustentáveis e com ingredientes naturais. Com isso, os fabricantes têm apostado em se adequar às demandas do mercado e nas modalidades de waterless beauty e clean beauty

Waterless beauty

De acordo com o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos 2021, o consumo global de água doce aumentou seis vezes durante os últimos cem anos e a indústria é responsável pelo consumo de 20% desse valor. Nesse contexto, a waterless beauty é uma modalidade de formulações sem água, dando preferência para produtos com texturas sólidas e óleos naturais, aliada nesse desafio de poupar água. 

Além da economia de recurso hídrico, essa categoria apresenta outras vantagens como: 

  • Dispensação de embalagens de plástico, optando por papéis recicláveis ou biodegradáveis; 
  • Produtos de formulações anidras (sem água) são mais suaves e com menor risco de possíveis reações alérgicas; 
  • Mais praticidade no transporte de cosméticos sólidos, uma vez que o mesmo não tem o risco de vazar; 
  • Maior durabilidade do produto.

Outros ingredientes podem substituir a água nas fórmulas como extrato de mel, óleo de jojoba, óleo de semente de camélia, óleo de caroço de damasco, e muitos outros. 

Clean beauty

Clean beauty, é traduzido como “beleza limpa” para o Português, e para um produto se encaixar nessa categoria, o mesmo não pode conter ativos que causem malefícios para a pele, como irritações cutâneas ou alterações hormonais, ou que prejudiquem o meio ambiente.

“Esse movimento também preza pela transparência das marcas ao descrever os ativos que compõem um produto. Isso não quer dizer apenas listar todos os ingredientes que fazem parte da formulação com nomes técnicos, mas também não enganar o consumidor com termos genéricos, como ‘fragrância’, para ocultar certos ingredientes ou com promessas falsas que o produto não é capaz de cumprir”, ressalta a dermatologista Dra. Claudia.

É nessa vertente de beleza limpa que surgem os denominados cosméticos naturais. Para se encaixar nessa categoria, é preciso que os ingredientes utilizados possuam ingredientes que tenham processos físicos e químicos autorizados. Além disso, existem outros requisitos que precisam ser cumpridos como embalagem reciclável e a proibição da utilização de fragrâncias e corantes sintéticos, bem como a proibição de realização de testes em animais (somente são liberados ingredientes que não geram dor ou sofrimento para a extração dos animais, como leite e mel). Nas fórmulas de cosméticos naturais é frequente encontrarmos:

  • Extratos vegetais;
  • Óleos vegetais;
  • Óleos essenciais;
  • Manteigas vegetais;
  • Corantes e pigmentos naturais.

 

QUAL É O MOMENTO DE MUDAR A FÓRMULA?

Alguns fatores são determinantes na decisão de mudar a formulação de um cosmético, são eles:

  • Quando o produto está causando irritações cutâneas como acne, ardência, vermelhidão ou coceira;
  • Quando determinado componente sofre alta no preço de mercado, é possível substituí-lo por um mais barato, sem que a qualidade do produto seja prejudicada; 
  • Necessidade de se adequar às novas tendências do mercado, sejam nas modalidades de formulações ou nos princípios ativos em alta do momento.

Dessa forma, o fabricante estará sempre atualizado sobre as demandas do mercado, aumentando suas vendas e estando a par da concorrência. Assim, é possível gerar uma maior credibilidade para o produto e fazer com que os clientes fiquem ainda mais satisfeitos. 

 

ESTÁ INTERESSADO EM MUDAR A FÓRMULA DE SEU COSMÉTICO, MAS NÃO SABE COMO?

Nós podemos te ajudar! A Ecofarma Jr. é especialista em cosméticos e fornece serviços de desenvolvimento  de formulação, realizando testes laboratoriais e prestando uma consultoria individual e personalizada. Entre em contato conosco para saber mais!

Blogs sobre a área de cosméticos que podem ser interessantes para você:

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É possível evitar testes de cosméticos em animais?

O Projeto Genoma, responsável por decifrar o código genético de diferentes organismos pelo mundo todo, apresentou a todos a notícia de que homens e ratos compartilham um número extraordinário de genes. A diferença entre ratos e homens está contida em apenas 300 genes. Nunca se pensaria que os humanos estivessem tão perto de um animal que é tratado de uma forma assustadoramente desumana na indústria de cosméticos.

A PETA – People for the Ethical Treatment of Animals – que é uma organização não governamental com a missão de lutar pelos direitos dos animais levando informação e financiando pesquisas na área, relatou que mais de 100 milhões de animais são mantidos no mundo inteiro para serem usados em algum tipo de teste ou demonstração. Certifica-se de que os animais são usados desde o século XX para esses fins.

A discussão sobre a ética de usar ou não animais para testes engloba diversas áreas, a economia, a política e a ciência principalmente. Levando em conta esses e outros pontos importantes, dois cientistas ingleses, Rex Burch e William Russell, realizaram um estudo sobre o tema em 1959. De acordo com o estudo feito, as normas estabelecidas pelos cientistas, que seriam os pilares para melhorar e um dia resolver o problema com a experiência em animais, era proposta pelos “três Rs da experimentação animal”, do inglês Replacement, Reduction and Refinement, que traduzem para Substituição, Redução e Refinamento.

A Substituição tornaria obsoleto o uso de animais porque seria criterioso para apontar outros modos para a realização dos testes. A Redução seria representada por métodos que diminuiriam a quantidade de animais necessária para fazer os experimentos, fazendo o teste em um número menor de animais ou aumentando o número de dados conseguidos por meio do uso de um grupo menor. O Refinamento é o aperfeiçoamento pensado para tornar a situação das cobaias a melhor possível, desde onde elas são criadas até os testes que serão feitos, formas de amenizar a dor e danos permanentes.

As tentativas de conscientização atuais

Em 2012, uma ativista pelos direitos dos animais chamada Jacqueline Traide, de 24 anos, foi o rosto de um protesto feito nas ruas de Londres. Jacqueline ficou exibida na vitrine de uma das lojas da Lush Cosméticos, uma das organizações parceiras no protesto, em uma das ruas mais movimentadas da cidade. Durante a exibição, que teve a duração de 10 horas, a jovem moça foi torturada de jeitos parecidos com que os animais são torturados a fim de que os experimentos sejam feitos.

O seu cabelo foi raspado, foi forçada a se alimentar com a boca imobilizada, produtos irritantes foram colocados em seus olhos e foi injetada com diversas agulhas. Essa cena chocante teve o objetivo de conscientizar as pessoas que passavam e fazer com que elas fossem obrigadas a presenciar os horrores que ficam escondidos dentro de laboratórios de cosméticos.

No início do ano de 2021, em abril, foi divulgado um curta metragem no Youtube chamado Save Ralph (Salve o Ralph, em português) no canal da The Humane Society. O curta é uma entrevista sobre a história de Ralph, um coelho que “trabalha” em um laboratório de testes, onde ele conta sobre o que ele faz e todos os seus problemas por causa dos experimentos. A repercussão do vídeo foi inesperada 

pelo mundo todo, e #SaveRalph foi usada para levar a conscientização desse problema a outras pessoas; no Brasil foi lançada uma dublagem para que mais pessoas fossem informadas.

Fonte da imagem: Cine POP

 

A Legislação Brasileira

O Brasil não conta com nenhuma lei federal que proíba por completo o teste em animais no país. Oito estados possuem leis próprias que bloqueiam os experimentos na indústria de cosméticos: Amazonas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Apesar de terem conseguido colocar um certo limite por meio dessas leis, esses estados são frequentemente atacados judicialmente por empresas do ramo tentando descredibilizar as normas e burlar a lei.

O país apresenta alguns projetos de lei com a finalidade de conscientizar a população. O Projeto de Lei 2470/2011, do deputado Ricardo Izar, pretende regulamentar que o fabricante terá o dever de informar se animais vivos foram usados no desenvolvimento de algum cosmético. Célio Studart é responsável pelo PL 948/2019, que proíbe o uso de animais para testes de produtos cosméticos, perfumes, limpeza e higiene pessoal. Este deputado também é autor do PL 2560/2019 que daria aos produtos o selo “Livre de Crueldade”.

Segundo a Forbes em 2020, o Brasil é o quarto país do mundo que mais lucra e produz na área de produtos de beleza, e esse lucro só cresce com o passar dos anos. Sabendo disso, é possível compreender a razão pela qual os produtores não escolhem, por si próprios, mudar o jeito com que fazem as coisas. Pois a moda antiga ainda funciona e a mudança não é obrigatória.

Apesar disso, existem diversos métodos alternativos ao teste em animais reconhecidos pelo Concea (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal), e aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que podem ser utilizados para registrar cosméticos no país. E caso existam dois métodos, um com animal vivo e outro sem animal, é obrigatório o uso do último.

 

Métodos substitutos 

Assim, para que seja possível evitar o teste de cosméticos em animais é necessário que esta troca esteja beneficiando todas as partes envolvidas nesse mercado gigantesco.

O primeiro ponto a ser analisado é o gasto dos dois tipos de testes, com e sem animais. Os testes com cobaias podem ser mais caros por causa de todos os custos exigidos para assegurar e manipular a cobaia.

Um outro ponto seria o fato de que os testes em animais nem sempre traduzem o que aconteceria com um humano. A aspirina, por exemplo, é tóxica para animais, porém serve para tratar diversos sintomas nos humanos, e é bem recebida pelo organismo quando usada na dose certa. Pelo contrário, a Talidomida era um medicamento utilizado nos anos 50 para tratar enjoos de gravidas, e posteriormente descobriu-se que ela causava má formação nos fetos. 

 

Na época que Burch e Russell lançaram os “três Rs da experimentação animal” os testes substitutivos eram feitos em plantas e microrganismos, mas hoje o avanço tecnológico permite que tudo vá mais longe e melhor:

  • Em 2013, Martin Karplus, Michael Levitt e Arieh Warshel receberam o Nobel de Química em razão de uma pesquisa que realizaram onde sistemas de computadores são capazes de prever reações químicas. Dessa forma, é possível antecipar a reação que alguma droga ou produto poderia dar em seres humanos;
  • Culturas de células in vitro são usadas para a manipulação de algum reagente que possa causar irritação na pele;
  • A impressão 3D é uma outra alternativa. A bioimpressão de pele artificial a partir de células e tecidos retirados em cirurgias, com o consenso do paciente. Essa nova pele é completa, com os mesmos tecidos e camadas do que a pele normal. Um exemplo de empresa que já usa esse método é o Grupo Boticário;
  • Ovos galados podem ser usados para verificar a toxicidade para os olhos de alguns produtos ao serem colocados em contato com a membrana, porque quando observa-se hemorragia significa que esse produto é tóxico. 

 

Portanto, além de ser possível evitar os experimentos de cosméticos em animais porque as inovações já foram inventadas para esse propósito, essa nova era de tecnologia e mudança faz com que os laboratórios se adaptem. Assim serão criadas novas matérias primas e novas formas de realizar testes. Então o futuro do mercado de cosméticos é ainda maior do que o que se vê hoje.

Muitos produtos possuem a logo do movimento “cruelty free” ou tem escrito “não testado em animais” para mostrar que essas empresas aderem ao movimento. A PEA, ou Projeto Esperança Animal, é um site nacional, criado por Gabriela Toledo, que agrupa uma lista de todas as empresas nacionais que não usam seus produtos em animais.

Para que todo o mercado saia da zona de conforto, é preciso que os indivíduos exijam de suas marcas preferidas um posicionamento e um plano para mudar o jeito como as coisas são feitas. O bem feito aos animais também é um bem feito para a sociedade.

 

Como a Ecofarma Jr. pode te ajudar:

Somos especialistas em auxiliar empresas do ramo de cosméticos, principalmente com o desenvolvimento de formulação onde não fazemos nenhum tipo de teste em animais. Além disso também fazemos pesquisa de mercado para terceirização, englobando especificidades de acordo com a necessidade do cliente, caso seja seu desejo tercerizar sua produção em uma empresa que não realiza testes em animais, nós conseguimos te auxiliar no processo da busca dela. Entre em contato para saber mais.

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Decifrando rótulos cosméticos

O mercado brasileiro de cosméticos vive um momento de grande expansão. Com isso, é de extrema importância que você  entenda e saiba qual  produto melhor te representa em razão das suas necessidades, seus valores, suas crenças e suas expectativas. 

Dito isso, agora eu te pergunto: você sabe reconhecer a importância dos rótulos cosméticos?  Sabe decifrá-los? 

Se a resposta for não, fique tranquilo, vamos hoje embarcar no mundo dos cosméticos para te ajudar a entender tudo que é preciso saber e observar para na hora da compra, realizá-la de maneira certeira. 

Dessa forma, responderemos no decorrer da matéria, dúvidas que poderiam surgir no seu dia a dia, visando o melhor para suas necessidades. Então, vamos conhecer um pouco mais desse assunto? 

O que são cosméticos? 

De acordo com a definição conferida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Cosméticos, Produtos de Higiene e Perfumes são preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, como a pele, sistema capilar , unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e mucosas da vidade oral. Eles possuem o objetivo exclusivo ou principal de limpar, perfumar, alterar sua aparência, corrigir odores corporais, proteger e manter em bom estado as partes do corpo humano.

 

Qual a importância da rotulagem cosmética?

A rotulagem cosmética tem como objetivo estabelecer as informações que são indispensáveis relacionadas tanto à utilização, quanto à indicação desses produtos, sendo também o meio pelo qual ocorre a comunicação entre os produtos e os consumidores. Por isso, elas reduzem a probabilidade de ocorrência de problemas relacionados a reações  alérgicas, processos inflamatórios e  intoxicações. 

Além disso, os rótulos fornecem uma maior credibilidade ao produto, pois é sabido a partir dele que a empresa segue as regulamentações da Anvisa, órgão regulamentador, gerando segurança na compra e confiabilidade na marca e/ou na empresa. 

Ademais, é necessário também citar que a rotulagem aumenta a fidelização dos consumidores e a expansão da marca e/ou empresa.  

 

O que os rótulos precisam apresentar?

Segundo a RDC 07/2015 e a RDC 432/2020 da Anvisa, as informações obrigatórias  que os rótulos cosméticos devem conter são: 

  • Nome do produto e, se necessário, seu grupo pertencente (classificação e função);
  • Marca; 
  • Número de registro do produto (número do processo que autoriza fabricação perante a ANVISA);
  • Número de lote ou partida (dia e horário da fabricação);
  • Prazo de validade;
  • Conteúdo (g/ml do produto);
  • País de origem;
  • Nome do Fabricante ou Importador ou Titular;
  • Localização do Fabricante ou Importador (endereço,  CNPJ e AFE);
  • Modo uso;
  • Restrições de uso;
  • Rotulagem Específica, caso o cosmético em questão seja grau 2 (aqueles que suas características fornecem um maior risco);
  • Ingredientes ou Composição (em ordem decrescente de concentração e de acordo com a nomenclatura INCI Name e a Denominação Comum Brasileira, isto é, a composição química brasileira).

Se atente a esses pontos na hora de escolher o seu produto, é de suma importância! 

Quais os principais selos e certificados encontrados nos cosméticos? 

Partindo das mudanças no perfil dos consumidores nos últimos tempos e o observando a tendência por produtos mais naturais, sejam por motivos de saúde ou por questões ambientais, foram criados selos e certificados por parte de algumas organizações com o objetivo de assegurar ao consumidor, na hora da compra, que o produto, de fato, apresenta características interligadas com a sustentabilidade. 

Assim sendo, trouxemos para você, querido leitor, alguns dos diversos selos e certificados possíveis de serem encontrados nas prateleiras destinadas aos cosméticos. 

Cada selo apresenta uma especificidade diferente. Por isso,  iremos classificá-los abaixo para uma melhor compreensão: 

  1. Validade após-aberto: além do prazo de validade do produto fechado, ele também tem um prazo após sua abertura. Atente-se a esse detalhe, é importante!
  2. Reciclável: selo responsável por demonstrar que a empresa em questão se preocupa com a reciclagem e o destino das embalagens produzidas;
  3. Cruelty free: significa dizer que o produto não é testado em animais; 
  4. Orgânico: significa que o cosmético possui, no mínimo, 95% de suas matérias primas orgânicas; 
  5. Vegano: indica que na composição do produto não há ingredientes de origem animal; 
  6. Selo SVB: selo da Sociedade Vegetariana Brasileira, garante que o cosmético é vegano e cruelty free;
  7. Fairtrade: indica que o cosmético tem toda a sua produção baseada nos princípios sociais, ambientais e econômicos, tornando um comércio justo e respeitoso.

Saiba mais no blog: Selos de certificação cosmética

Aplicativos que poderão te auxiliar a decifrar os rótulos: 

Devido ao avanço da tecnologia, no contexto atual, é possível utilizar aplicativos que apresentam como função auxiliar na leitura de rótulos, mais especificamente, na compreensão dos componentes dos produtos de forma rápida e clara. Nesse sentido, iremos pontuar, logo abaixo, alguns desses programas de ferramentas. 

      1) Ingred: aplicativo responsável por entregar informações sobre os componentes que estão nos rótulos dos cosméticos, com base em sites que são referência no assunto, como:

  •  Red Ecoestética;
  • Odile Fernandez;
  • Estrela da neve;
  • Ecolisma;
  • Natural sensia, entre outros.

Com ele, você tira uma foto do rótulo e ele irá fazer a pesquisa em um banco de dados, e fornecendo uma avaliação que pode ser:

  • verde, que significa dizer que os ingredientes são bons;
  • laranja, que significa dizer que os ingredientes possuem alguma probabilidade maior de gerar alergia;
  • vermelho, que significa que é alta a probabilidade do ingrediente ser tóxico e/ou nocivo.  

      2) Desrolutando: aplicativo que mostra avaliações e tabelas dos produtos em geral, facilitando o entendimento dos rótulos, inclusive dos cosméticos.

      3) Dirty-Shop Clean: aplicativo que apresenta os ingredientes potencialmente tóxicos dos cosméticos.  

Como a Ecofarma Jr. pode te ajudar?

Caro leitor, esperamos que após a leitura dessa matéria, você esteja confiante para se aventurar nas diversas possibilidades que o universo dos cosméticos nos possibilitam! Mas, caso tenha ficado alguma dúvida sobre o assunto ou se você é produtor de cosméticos e não sabe por onde começar para realizar a rotulagem de acordo com a legislação vigente, entre em contato conosco, por meio de nossas redes sociais. Nós, da Ecofarma Jr., podemos te ajudar! Estamos disponíveis para melhor te atender.