Vitamina D: É possível reduzir os riscos do Coronavírus?

Durante a pandemia, um levantamento realizado pela consultoria IQVIA, apontou aumento de 35,6% nas vendas de suplementos de vitamina D no Brasil. A qual é sintetizada no próprio organismo humano a partir da ingestão de alimentos ricos em proteínas animais/vegetais e pela exposição ao sol.

O enfrentamento do SARS-CoV-2 é delicado e parece não ter fim, né? Especialistas do mundo todo continuam na busca incessante por uma terapêutica efetiva para as complicações causadas por sua infecção.

É importante ressaltar que as recomendações do Ministério da Saúde em relação ao novo coronavírus seguem o que vem sendo divulgado internacionalmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que seria:

  • lavar recorrentemente e higienizar as mãos com o uso do álcool em gel 70%;
  • usar lenço descartável na higiene nasal; cobrir nariz e boca ao espirrar e tossir;
  • evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • evitar contato próximo com pessoas com infecções respiratórias agudas ou que apresentem sintomas da doença;
  • entre outros cuidados.

Qual é a importância da Vitamina D para o organismo?

A vitamina D  é um nutriente lipossolúvel mais conhecido por ser essencial no processo de retenção de cálcio e fósforo, itens essenciais para a saúde dos nossos ossos. Nos últimos anos, no entanto, os cientistas descobriram que outros órgãos do corpo humano possuem receptores para ela. Indicando que seu papel na nossa saúde vai além do esqueleto.

Estudos já mostraram, por exemplo, que a vitamina D pode reduzir o crescimento de células do câncer, pode ajudar a controlar infecções e reduzir a inflamação do corpo, mas sua ação na imunidade inata não pode e não foi esquecida por milhões de brasileiros.

Com esses conhecimentos gerais podemos questionar então:

  • “Quais seriam os benefícios da vitamina D no momento da pandemia?”
  • “Será que realmente ajuda ou é apenas mais uma fake news?”
  • “Vale a pena investir meu dinheiro em suplementação?”
  • “Como conciliar isolamento com a exposição ao sol?”

 

O que dizem os estudos sobre a Vitamina D?

Uma matéria publicada em 6 de janeiro de 2021 no Journal of the National Medical Association (JAMA) mostrou que a deficiência de vitamina D é um possível fator significativo que diferencia casos graves de hospitalização dos casos que levam à morte pela infecção por COVID-19.

O estudo de análise recolheu e examinou dados de 4962 participantes e 39,92% (1981) dos que não resistiram ao processo sofriam de hipovitaminose desse suplemento, porém, deixa claro que a ação da vitamina não está associada à criação de anticorpos.

A vitamina D nesses casos atua regulando o sistema renina-angiotensina-aldosterona, reduzindo danos severos ao pulmão. Nos casos de insuficiência desta vitamina, observaram em um estudo realizado no Hospital Universitário de Angers, nos Estados Unidos, que os danos ao pulmão eram maiores.

O mesmo estudo constatou que a utilização dessa vitamina anteriormente à hospitalização não gerou resultados significativos e, portanto, concluiu que doses desse suplemento não reduzem o risco de contaminação pela  COVID-19.

A suplementação é indicada quando trata-se de hipovitaminose D em momentos da vida, mas sem evidências médicas é contra-indicado tomar esses suplementos. Visto que o excesso dessa vitamina pode ser prejudicial ao organismo — pode levar à hipercalcemia e seguinte calcificação de ossos e tecidos moles, por exemplo. Então, tomar suplementos vitamínicos sem indicação médica, acreditando estar se prevenindo contra o coronavírus, não é uma boa ideia.

 

Mas então, de onde adquirir bons níveis dessa vitamina D para se manter saudável?

De 10% a 20% da quantidade de vitamina D que necessitamos, vem de alimentos como peixes e frutos do mar, gema de ovo, queijos e derivados do leite, cogumelos e cereais enriquecidos, mas não suprem sozinhos a necessidade do organismo, então sua ingestão deve ser associada à exposição solar, que é 80% a 90% da vitamina D que precisamos.

Como citados acima, esses alimentos são muito importantes para que possamos fazer uma complementação da vitamina D em nosso organismo, e além disso tomarmos certa de 15 minutos de sol todos os dias,  preferencialmente de manhã ou no final da tarde de 10h às 15h pois esses são os horários considerados melhores para obter os benefícios dos raios UV.

Para saber a quantidade dessa vitamina nos alimentos embalados e bebidas pode-se consultar a tabela nutricional. Mas não se assuste! As indicações vitamínicas não são obrigatórias na regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Além disso, como conciliar isolamento com a exposição ao sol?

Mesmo que ultimamente na quarentena temos tomado pouco sol devido ao fato de não sairmos muito de casa, a deficiência da vitamina D só aparece depois de um longo período de tempo.

Esse fator faz com que não precisamos correr imediatamente em busca de suplementação, a menos que tenhamos diagnosticado essa deficiência.

Por isso, a recomendamos para que se possa tomar suplementação de vitamina D depois de exames que comprovem essa deficiência.

Vale ressaltar, que mesmo assim recomendamos que se tome sol todos os dias, para que não ocorra essa deficiência em nosso organismo. Além disso, é importante também a para a manutenção da saúde mental já que a luz solar também ajuda a aumentar os níveis de serotonina no organismo.

 

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