Você conhece a indústria alimentícia? Ela é composta por produtores rurais, industriais, distribuidores e comércio. A indústria é abastecida com insumos, produtos e materiais para a produção de alimentos que têm como destino o consumidor final. Todas as etapas dessa produção devem garantir a segurança necessária para não gerar nenhum tipo de dano à saúde. Por isso, um dos papéis da indústria é manter o controle de qualidade, que eliminem ou diminuam os riscos.
Há muito tempo, a humanidade utiliza técnicas que ajudam a conservar os alimentos por mais tempo, como defumação, secagem, desidratação, fermentação, adição de açúcar em frutas ou de sal em carnes, entre outros. Com o decorrer do tempo, as técnicas se tornaram mais modernas, possibilitando que grandes indústrias fizessem diversas alterações no sabor do alimento, conservem-o por um período maior e, com isso, até consiga enviá-lo para outros estados e países. Isso só foi possível através de conservantes químicos, corantes, aromatizantes, entre outras substâncias que alteram a composição alimentícia.
O QUE SÃO OS ADITIVOS ALIMENTARES?
Segundo a Portaria SVS/MS nº 540, de 27 de outubro de 1997, aditivo alimentar é qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos produtos alimentícios, sem propósito de nutrir. Seu objetivo é modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante as etapas de produção, como: processamento, preparação, tratamento, embalagem, transporte, manipulação e armazenamento.
No Brasil, o uso de aditivos, que podem ser de origem natural ou artificial, é regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Além disso, a RDC nº 281, de 29 de abril de 2019, autoriza o uso de aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia em diversas categorias de alimentos. A medida é fruto do processo de atualização periódica da lista desses ingredientes, tema 4.19 da Agenda Regulatória 2017/2020. A aprovação do uso fica à cargo da vigilância sanitária, mas as normas estabelecidas por instituições reconhecidas como Codex Alimentarius (FAO), União Européia, Organização Mundial da Saúde (OMS), U.S Food and Drug Administration (FDA), entre outras, também são consultadas para a implementação das regras.
O JECFA, traduzido do inglês, Relatório do Comitê Conjunto de Especialistas FAO-OMS sobre Aditivos Alimentares, realiza avaliações toxicológicas para estimar a quantidade de ativo, em mg/kg de peso, que pode ser ingerida por dia sem riscos à saúde observados a longo prazo. Essa quantidade é identificada como IDA – Ingestão diária aceitável. Todos os aditivos presentes nos alimentos respeitam os limites de ingestão e, normalmente, são encontrados em quantidades bem abaixo do limite estabelecido.
MAS VOCÊ CONHECE QUAIS SÃO OS TIPOS DE ADITIVOS ALIMENTARES?
Esse conceito abrange uma categoria ampla de complementos que podem ser adicionados aos alimentos. Alguns tipos de aditivos são mais comuns e usados com mais frequência, estando presente no nosso cotidiano. Exemplos de aditivos alimentares que modificam as característica sensoriais são:
- Corantes: confere, intensifica ou restaura a cor de um alimento. Podem ser naturais, como cucumina, urucum, choconilha e antocianinas ou artificiais, como amarelo crepúsculo, vermelho allura e amaranto
- Edulcorantes: substância diferente dos açúcares que confere sabor doce ao alimento. Também podem ser naturais, como sorbitol, taumatina, xilitol ou artificiais, como aspartame, ciclamato, sacarina e sucralose.
- Aromatizantes: possui propriedades aromáticas, capazes de conferir ou reforçar o aroma e/ou sabor dos alimentos.
Também existem grupos de aditivos aplicados na conservação de alimentos, são eles:
- Antioxidantes: utilizados para retardar o aparecimento de alteração oxidativa no alimento. São exemplos de antioxidantes: ácido ascórbico, vitamina A e tocoferóis.
- Conservantes: substância que impede ou retarda a alteração dos alimentos provocada por microrganismos. É o caso do ácido benzóico, benzoato, entre outros, que evitam o crescimento de leveduras e fungos, e, em menor grau, de bactérias.
- Acidulantes: aumenta a acidez dos alimentos, controlando o crescimento microbiano, ou conferindo sabor ácido a eles.
Por fim, temos os aditivos alimentares com aplicação na tecnologia de fabricação dos alimentos, como:
- Emulsificante: torna possível a formação ou manutenção de uma mistura uniforme de duas ou mais fases imiscíveis no alimento, como água e óleo.
- Estabilizantes: possibilita a manutenção de uma dispersão uniforme de duas ou mais substâncias imiscíveis em um alimento. Entre eles, os mais comuns são caseína, goma xantana, entre outros.
DIFERENÇA ENTRE ADITIVOS ALIMENTARES SINTÉTICOS E NATURAIS
Agora que você já conhece alguns dos aditivos alimentares e sabe quais são os tipos que comumente encontramos no cotidiano, vamos conhecer sua origem. Eles podem ser divididos em aditivos naturais e aditivos sintéticos.
Os aditivos artificiais são substâncias sintéticas que não são encontradas na natureza, utilizadas para melhorar as características dos alimentos. As indústrias que produzem esses elementos, realizam pesquisas frequentemente para conferir melhorias e definir quantidades adequadas para o consumo, evitando o risco de doenças a longo prazo.
Uma das vantagens do uso de aditivos artificiais é o prolongamento da vida útil dos alimentos e a garantia da segurança. Além disso, promovem maior sabor, textura e coloração. No entanto, não podemos negar que eles podem ser prejudiciais à saúde, quando utilizados em excesso, têm a capacidade de causar algumas doenças.
Já os aditivos naturais são extraídos de fontes naturais, como óleos essenciais derivados de especiarias ou frutas como o limão. Esses aditivos estão ganhando bastante espaço no mercado em relação aos aditivos sintéticos. A população tem apresentado certa preocupação com a saúde e, mesmo com o custo maior, eles estão sendo escolhidos dentre as opções.
Algumas substâncias encontradas naturalmente em alguns alimentos são utilizadas como conservantes naturais na indústria de alimentos. O sorbato de potássio é um conservante natural que possui ação antifúngica e antibacteriana, sendo muito utilizado em pastéis, pizzas congeladas, produtos de panificação, entre outros. O ácido láctico aumenta o tempo de latência dos microrganismos e diminui sua taxa de crescimento, atuando como agente sinérgico dos antioxidantes, acidulantes e flavorizantes.
Utilizando apenas aditivos naturais, você pode, por exemplo, afirmar em seu rótulo que o consumidor tem um produto 100% natural. Essa definição costuma chamar bastante atenção no mercado por conta da preocupação com a saúde.
Bom, deu pra perceber como o uso de aditivos alimentares são essenciais para manter uma boa produção e melhorar a qualidade do produto, não é verdade? Com 16 anos de mercado, nós, da Ecofarma Jr., temos projetos como shelf life para confirmar a validade do seu produto e auxiliamos em como manter as características da sua produção por mais tempo, realizamos análise microbiológica de alimentos, rotulagem nutricional e muito mais. Entre em contato conosco para saber mais informações sobre como ter mais qualidade e segurança na sua fabricação!
Referências:
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